quarta-feira, 26 de novembro de 2014

“TRENSALÃO” E “PETROLÃO”: DUAS IDÊNTICAS HISTÓRIAS SUÍÇAS



“TRENSALÃO” E “PETROLÃO”: DUAS HISTÓRIAS SUÍÇAS

"Um ano atrás, cansadas de esperar pela colaboração de procuradores brasileiros, autoridades suíças decidiram arquivar o caso Alstom, sobre propinas pagas a funcionários públicos e políticos do PSDB pela multinacional francesa Alstom. Caso, que envolvia o tucano Andrea Matarazzo, ficou dois anos engavetado na mesa do procurador Rodrigo de Grandis. Agora, o Ministério Público quer a colaboração da Suíça para desvendar as contas ligadas a operadores do setor petroleiro. Será que a Suíça descobrirá que a Justiça brasileira tem lado?

Do "Brasil 247"


As autoridades financeiras e judiciais da Suíça estão prestes a descobrir que o Ministério Público brasileiro (ou, pelo menos, parte dele) tem lado [partidário].

Um ano atrás, cansados de esperar pela colaboração do Ministério Público, os suíços decidiram arquivar parte do caso Alstom, que apurava um esquema de propinas pagas pela multinacional francesa a funcionários públicos e políticos do PSDB (relembre aqui).

Era um caso bastante semelhante ao hoje investigado na Operação Lava Jato. Havia lobistas, como João Amaro Pinto Ramos, servidores públicos, como João Roberto Zaniboni, e arrecadadores de campanha, como o grão-tucano Andrea Matarazzo. A Alstom era acusada de comandar um cartel na venda de equipamentos ferroviários e do setor elétrico.

A investigação sobre o chamado "trensalão tucano", no entanto, parou no tempo porque o procurador Rodrigo de Grandis engavetou, durante dois anos, o pedido de cooperação formulado pelas autoridades suíças, atribuindo a demora a uma "falha administrativa".

Operação Apocalipse

Um ano depois, a situação se inverte. Agora, são dois procuradores brasileiros que irão à Suíça, mais precisamente a Berna, para desvendar a origem dos depósitos nas contas de Paulo Roberto Costa.

Como o próprio ex-diretor da Petrobras já declarou ter sido pago pela Odebrecht e se dispôs a devolver os recursos, o caso será relativamente simples (leia mais aqui).

No entanto, chama a atenção a diferença de abordagem do Ministério Público nos dois casos. Quando o alvo era o PSDB, a Suíça cobrou providências do Brasil, que engavetou o caso. Agora, quando o PT está na mira, o MP cumpre seu papel, faz a coisa certa e pede cooperação internacional."


FONTE: do jornal digital "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/161598/%E2%80%9CTrensal%C3%A3o%E2%80%9D-e-%E2%80%9Cpetrol%C3%A3o%E2%80%9D-duas-hist%C3%B3rias-su%C3%AD%C3%A7as.htm).

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