O jornal norte-americano The New York Times publicou hoje um bom artigo de Thomas Friedman sobre a complexa e explosiva situação no Oriente Médio. O texto foi traduzido e postado no portal UOL Mídia Global.
No site Wikipedia, obtive as seguintes informações sobre o autor: “Thomas L. Friedman (nascido em 20 de julho de 1953) é um jornalista norte-americano, atualmente editorialista do jornal The New York Times. Suas colunas, concentradas principalmente no tema relações internacionais, são publicadas nas quartas e sextas. Defende um compromisso de paz entre Israel e a Palestina, a modernização do mundo árabe, a globalização e a ecologia. Friedman já ganhou o prêmio Pulitzer em três ocasiões (1983, 1988 e 2002). Os livros de Friedman têm tido um sucesso considerável. O seu último livro, O Mundo é Plano, foi um bestseller nos EUA”.
Reproduzo alguns trechos do artigo do NYT:
“FRIEDMAN: A NOVA GUERRA FRIA"
”O próximo presidente norte-americano herdará vários desafios na área de política externa, mas certamente um dos maiores será a Guerra Fria. Sim, o próximo presidente será um presidente da Guerra Fria - mas esta Guerra Fria é com o Irã.
Esta é a verdadeira história que permeia atualmente o Oriente Médio - a disputa por influência na região, tendo ao lado os Estados Unidos e os seus aliados sunitas árabes (e Israel) e do outro o Irã, a Síria e os seus aliados não governamentais, o Hamas e o Hizbollah". Conforme dizia o editorial de 11 de maio do jornal iraniano "Kayhan": "Na luta por poder no Oriente Médio só existem dois lados: Irã e Estados Unidos".
Por hora, a Equipe América está perdendo em quase todas as frentes. Por quê? A resposta curta é que o Irã é inteligente e brutal, os Estados Unidos são estúpidos e fracos, e o mundo árabe sunita é indiferente e dividido. Alguma outra pergunta?
(...) "Sintetizando, Teerã criou uma situação na qual qualquer um que deseje atacar as suas instalações atômicas terá que levar em conta que isto gerará uma batalha cruenta nas frentes libanesa, palestina, iraquiana e do Golfo Pérsico. Esta é uma estratégia sofisticada de dissuasão", afirmou Yaari.
Já a Equipe Bush conseguiu em oito anos colocar os Estados Unidos em uma posição única no Oriente Médio: "O país não é apreciado, não é temido e não é respeitado", escreveu Aaron David Miller, um ex-negociador para o Oriente Médio em governos republicanos e democratas, no seu novo e provocante livro sobre o processo de paz, intitulado "The Much Too Promissed Land" (algo como, "A Terra Demasiadamente Prometida").
"Nós tropeçamos durante oito anos no governo de Bill Clinton, tentando descobrir como fazer a paz no Oriente Médio, e depois tropeçamos outros oito anos sob George Bush, procurando determinar de que maneira fazer a guerra na região", disse Miller. "O resultado foi uma América aprisionada em uma região que ela não pode consertar e nem abandonar".
Vejam os últimos meses, disse ele: o presidente Bush foi ao Oriente Médio em janeiro, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, foi para lá novamente nesta semana. Afinal, o preço do petróleo está mais alto do que nunca, e as perspectivas de paz nunca estiveram mais remotas. Conforme diz Miller, atualmente os Estados Unidos são "incapazes de derrotar, cooptar ou conter" qualquer dos grandes protagonistas na região.”
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