quinta-feira, 22 de maio de 2008

CNBB DIZ: COBIÇA INTERNACIONAL SOBRE A AMAZÔNIA É INEGÁVEL

O Jornal do Brasil de hoje publica uma surpreendente notícia. Causou espanto porque a CNBB sempre se posicionava ao lado das grandes potências quando o assunto era Amazônia. Vejamos o texto do JB:

"Cobiça internacional é inegável, afirma secretário da CNBB"

"Embora considere inegável a cobiça internacional sobre o vasto patrimônio representado pela biodiversidade e recursos naturais do subsolo, o secretário-geral da Conferência Nacional do Bispos do Brasil, dom Dimas Lara Barbosa, acha que a prioridade para a Amazônia é a definição de um projeto que englobe o desenvolvimento sustentável e as necessidades sociais da população.

– A Amazônia necessita da presença do Estado com projetos ouvindo os amazônicos e as soluções que eles vêem para o desenvolvimento da região – afirma.

– Concordo inteiramente com o ministro Mangabeira (Roberto Mangabeira Unger, de Assuntos Estratégicos). O Brasil precisa acordar: a Amazônia é estratégica para o país – acrescenta o bispo.

O secretário-geral da CNBB tem acompanhado com certa apreensão os debates que colocam em lados opostos a soberania nacional sobre a região e a propalada internacionalização, mas observa que a face mais perceptível dos problemas podem ser traduzidos na exploração ilegal da madeira, o narcotráfico e o tráfico de pessoas, segundo ele, mais nocivos neste momento para a população da região do que uma eventual ameaça de invasão estrangeira. Por conta de denúncias sobre essas mazelas, segundo ele, três bispos da região e líderes de movimentos sociais têm sido ameaçados de morte.

– Um clima de insegurança impera na região – diz o secretário-geral da CNBB.

INTERESSES EXTERNOS

Dom Dimas alerta, no entanto, que as pretensões internacionais sobre a região não se explicam apenas pela constatação de que a Amazônia é o pulmão do mundo.

– A região tem uma biodiversidade única no planeta, minério e grandes reservas de água, produto que no futuro valerá mais que o petróleo. Alí é preciso um planejamento estratégico – afirma."

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