SÉRIE “RECORTES”
Inaugurei esta série em 18 de maio com o artigo: “O que acontece quando uma potência militar dá um calote global?”
Ela começou porque encontrei uma pasta com recortes e anotações que eu fazia desde a década de 80, até há poucos anos. Ela estava perdida após uma reforma no meu apartamento. Quando lia algo interessante, recortava ou registrava um resumo e guardava sem nenhum outro objetivo em mente, a não ser algum dia relembrar. Muitas vezes, não tive a preocupação de anotar a fonte.
Em 20 de maio, escolhi outro registro: “O imperialismo da razão neoliberal”.
No dia seguinte, recuperei um texto que escrevi em 2004, com o título “Chile, o revés da “vitrine” neoliberal”.
Hoje, 24/05, achei intrigante uma pequena observação que registrei em 2004. Um alto representante da classe empresarial, Antônio Ermírio de Moraes, reconhece conseqüências funestas do longo período tucano.
A incongruência que me chamou a atenção é alguém da “elite”, ainda mais em um autêntico jornal tucano, a Folha de São Paulo, não elogiar o PSDB, o DEM-PFL ou FHC.
O contraste que também ressalta é o quadro do período então descrito pelo empresário, quando o Brasil (até 2002) era governado pela oposição, comparado com a atual situação social, já bem melhor em todo o Brasil com o governo Lula.
Reproduzo algumas palavras de Antônio Ermírio de Moraes publicadas na Folha de São Paulo de 3 de outubro de 2004:
“SÃO PAULO-Capital: TERRÍVEL DEGRADAÇÃO SOCIAL”
“Nos últimos 10 anos (1994-2004), a renda per capita encolheu 23%. O número de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza aumentou 50%. A proporção de crianças vivendo em lares pobres cresceu 62%. O montante de indigentes elevou-se em 88%. Os domicílios classificados como miseráveis aumentaram 117%!”
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