A grande mídia (PIG) quer tratar do “crime” de vazamento de dados sigilosos “anti-FHC” sem mencionar o senador Álvaro Dias do PSDB. Ele praticamente confessou que passou os dados para a revista Veja e o jornal Folha de São Paulo.
Parafraseando o jornalista Paulo Henrique Amorim, é como se a imprensa cobrisse o assassinato de Isabella e não mencionasse Alexandre Nardoni. É como tentar acobertar o assassino e imputar culpa na mãe que gerou a menina para outros fins, para a vida.
Além disso, a imprensa brasileira nunca foi tão zelosa assim com dados sigilosos do governo. Essa estupefação da mídia com “tão grave crime” é inusitada, incoerente e ridícula.
Reproduzo trechos de artigo postado hoje por Paulo Henrique Amorim no seu blog “Conversa Afiada”:
“Leandro Fortes, da Carta Capital, escreveu excelente reportagem -- “O ‘dossiê’ pede socorro” -- na edição que está nas bancas.
Diz Leandro: “... até hoje não apareceu ninguém chantageado, nem muito menos um chantageador foi flagrado por aí fazendo ameaças contra opositores”.
É outro furo n’água do PiG hipócrita, tal qual o “mensalão”, que ainda está por provar-se.
De algumas coisas, realmente se sabe.
O “vazador” foi o senador do PSDB do Paraná, Álvaro Dias. Segundo o princípio do “cui prodest”, Dias vazou com o objetivo de derrubar o Presidente Lula – e, antes, desmoralizar a Ministra Dilma Rousseff.
A outra coisa que se sabe com certeza é que quem enviou o “dossiê” a Dias foi o ex-funcionário da Casa Civil, José Aparecido Nunes Dias. Funcionário, na verdade, até hoje, de José Dirceu.
O “dossiê” não é um “dossiê”. Quem é especialista em “dossiês” é o ‘presidente eleito’, José Serquércia. O que o PiG chama de “dossiê” é um banco de dados.
Outra coisa que se sabe com certeza é que dos dados que o senador tucano vazou constam os gastos de Dna. Ruth Cardoso, quando primeira dama, com tickets de teatro na Europa.
O resto é hipocrisia do PiG e da oposição, sua melhor expressão.
Neste episódio, aliás, o PiG fez um pacto secreto muito engraçado: ninguém menciona Álvaro Dias.
É como se o PiG cobrisse o assassinato de Isabella e não mencionasse Alexandre Nardoni. Ou a madrasta de Isabella.
Como se o leitor fosse bobo.
O objetivo do PiG é desmoralizar a Ministra Rousseff.”
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