sábado, 26 de junho de 2010

O BNDES E A “DEBILIDADE INOVADORA DO SETOR PRIVADO”

LUCIANO COUTINHO (BNDES) CRITICA DÉFICIT EM CONTA CORRENTE

"Em simpósio comemorativo dos 58 anos de criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da instituição, Luciano Coutinho, criticou quinta-feira (24) a expansão do déficit de conta corrente e a exposição ao financiamento externo.

“Temos um desafio enorme pela frente, que é saber como construir uma sustentabilidade para o desenvolvimento brasileiro diante do risco de um déficit em conta corrente de grande escala, que possa desfazer o custeio cambial do país e nos expor novamente ao mercado de capitais ou ao mercado de crédito internacional”, alertou o presidente do BNDES.

Coutinho destacou a importância de aumentar a poupança doméstica — o que, segundo ele, “implicará em uma fonte de financiamento interna, numa agenda fiscal, previdenciária e de poupança relevante para o futuro do país”.

Já o professor Carlos Henrique Brito, ex-reitor da Universidade de Campinas (Unicamp), destacou que a participação do setor privado em pesquisas e a internacionalização das empresas brasileiras poderiam romper com o isolamento. “No Brasil quem investe em novas tecnologias é o governo, como no caso do programa do etanol”, afirmou.

Segundo ele, “no resto do mundo cerca de 70% a 80% das empresas investem em pesquisas, diferentemente do Brasil, onde a descoberta de novas tecnologias é feita nas universidades com financiamento público. Nos últimos dez anos, o próprio BNDES tem feito esse papel”.

Coutinho também criticou o que chamou de “debilidade inovadora do setor privado”, mas fez ponderações. “O sistema empresarial privado no Brasil nunca desenvolveu estratégias tecnológicas ousadas e criativas, porque é caro empenhar recursos numa conjuntura de alta instabilidade”, disse, referindo-se ao histórico de inflação e planos econômicos frustrados da economia brasileira.

FONTE: publicado no portal “Vermelho”, com informações da Agência Brasil [título colocado por este blog].

Um comentário:

iurikorolev disse...

Maria Tereza

O Brasil só se tornará uma grande nação quando sair de sua sina lusitana de vendedor de commodities.
Nemhum país em toda história da humanidade se tornou potência assim.
Isso só se resolve com a equação : educação do povo + empreendedorismo privado de alto nível.
Em especial o último.