Em visita ao Rio, vice dos EUA
diz que brasileiros já se desenvolveram e fala em 'nova era' nas relações
bilaterais
Para
número 2 da Casa Branca, o Brasil provou não ser preciso escolher entre política
social e economia de mercado
Por Denise
Luna e Fábio Seixas, na “Folha”
O primeiro dia da visita de Joe Biden ao Brasil foi de exaltação à liderança regional do país e de sugestões para atuação ainda mais global--embora reconheça a ascensão internacional brasileira.
Além disso, o vice norte-americano
defendeu o estreitamento das relações comerciais e acenou para a facilitação de
vistos de entrada nos EUA.
"O Brasil não é mais um país emergente. O Brasil emergiu, o mundo todo
já notou", disse o vice, em pronunciamento para cerca de 500 pessoas
no Píer Mauá (zona portuária do Rio). Foi seu primeiro evento público no país.
Disse que Barack Obama e ele creem
no início de "uma nova era" nas relações dos EUA com as Américas
Central e do Sul. "E nenhum parceiro
é mais significativo nessa iniciativa do que o Brasil."
Por isso, argumentou, a presidente
Dilma Rousseff foi convidada para se reunir com Obama em outubro: "Será a única visita de Estado a Washington
em todo o ano".
Biden elogiou programas como “Fome
Zero” e “Bolsa Família”, afirmando que o mundo vê o Brasil com inveja. "Vocês mostraram que não há a necessidade de
escolher entre democracia e desenvolvimento, entre economia de mercado e
política social."
E citou quatro pontos em que Brasil
e EUA deveriam trabalhar mais próximos.
Começou com as relações econômicas,
mencionando as colaborações entre Boeing e Embraer. "Os negócios entre os dois países ultrapassam US$ 100 bilhões por ano.
Não há razão para que não cheguem a US$ 400 bilhões ou US$ 500 bilhões",
declarou.
Falou ainda sobre a questão da
energia. "Vocês são líderes mundiais
em biocombustíveis, e estamos aprendendo com vocês", afirmou.
Elogiou a liderança do país na
América do Sul, mas sugeriu que o Brasil participe mais de questões mundiais.
Por fim, tocou na questão dos
vistos, destacando os esforços dos EUA para tornar mais rápidas as emissões das
permissões de entrada para turismo, negócios e estudos.
À tarde, Biden também teve encontro
fechado com a presidente da Petrobras, Graça Foster, e depois com empresários
brasileiros, como Jorge Gerdau e Eunice Carvalho (CHEVRON), entre outros.
Ele reforçou o interesse dos EUA em
intensificar parcerias entre empresas brasileiras e americanas em todas as
áreas da economia, "além da energia
e do aço", mas não tratou de nenhum tema específico.
"Podemos ir muito além na nossa cooperação. O Brasil é uma das nações
mais poderosas do mundo, na frente de Índia, na frente da Rússia",
disse Biden após a reunião.
[Quinta-feira], ele se reuniu com
autoridades do setor de segurança e, ao lado da mulher, Jill Biden, foi ao
morro Dona Marta. À noite, embarcou para Brasília, onde terá encontro com Dilma
[hoje].”
FONTE: reportagem de Denise Luna e Fábio
Seixas na “Folha de São Paulo”. Transcrita no portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/vice-dos-eua-diz-que-brasil-nao-e-mais-um-pais-emergente).
[Imagem do Google adicionada por este
blog ‘democracia&política’].
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