IPEA DIVULGA: QUEDA
DE 12% DO DÉFICIT HABITACIONAL EM CINCO ANOS
Do “Correio do Brasil”
“O déficit habitacional no país caiu 12%
em cinco anos, de acordo com a “Nota
Técnica Estimativas do DéficitHabitacional Brasileiro por Municípios”,
do “Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada” (IPEA). A partir de dados da “Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios” (Pnad/IBGE), os pesquisadores concluíram que a deficiência de 5,6
milhões de habitações, registrada em 2007, caiu para 5,4 milhões, em 2011 [inclusive
com o crescimento da população ocorrido no período].
A redução do problema foi
identificada em quase todas as regiões do país. Apenas na Região Centro-Oeste o
déficit habitacional aumentou. A região, assim como o Norte do país, é uma das
responsáveis pelo forte crescimento populacional dos últimos dez anos. No
Norte, apesar de o índice cair, o número absoluto de domicílios em situação
caracterizada de déficit foi de quase 600 mil domicílios.
A maior queda do problema foi
registrada no Nordeste que, apesar da redução, ainda mantém números
expressivos. Quando os pesquisadores avaliaram as situações de casas onde mais
de três pessoas dividem o mesmo quarto, municípios do Maranhão apareceram
destacados. O estado concentra mais de 30% dos seus domicílios incluídos no
déficit habitacional por esse item. Amazonas e Pará também aparecem com mais de
20% dos domicílios em situação de déficit, considerando o mesmo tipo de
análise.
Na lista geral, que considera todos
os quesitos responsáveis pela deficiência habitacional do país, apenas as
capitais aparecem no topo do ranking dos dez municípios com maiores déficits.
São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador ocupam as quatro primeiras
posições. A escala muda quando a análise é sobre o número de domicílios
precários. Nesse caso, São Paulo se mantém na liderança negativa, mas Manaus
aparece como o segundo pior município neste quesito.
São Paulo
O levantamento, que ainda incluiu
dados do Censo de 2010, considerou situações de domicílios precários,
coabitação – famílias que moram
temporariamente na mesma residência -, famílias que comprometem mais de 30%
da renda no pagamento de aluguel e, casas onde mais de três pessoas dividem o
mesmo quarto.
O ônus excessivo com aluguel foi
identificado, principalmente, entre moradores de São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Bahia, como o principal problema. De acordo com os
pesquisadores, o comprometimento de uma parcela maior da renda para o pagamento
de aluguel passou a ser a causa mais importante no levantamento sobre a
deficiência habitacional do país, atingindo 3,5% dos domicílios pesquisados, ou
seja, mais de 2,1 milhões de famílias gastam mais de 30% de sua renda com
aluguel.
Nas últimas análises, a coabitação
era a componente que mais influenciava o índice. “A coabitação – que representava o componente mais relevante em 2007 –
foi também a que mais caiu com redução de cerca de um ponto percentual, ou
perto de 500 mil domicílios em quatro anos”, destacaram os pesquisadores,
que dizem que essa queda foi “compensada” pelo aumento proporcional dos casos
em que as famílias gastam uma porcentagem considerada excessiva com o pagamento
de aluguel.
O estudo do IPEA ainda aponta que,
apesar da redução geral do déficit registrada em todo o país, a estrutura do
déficit nos domicílios com renda domiciliar de até três salários mínimos ficou
mantida nos mesmos patamares. Essa parcela da população concentra quase 70% dos
domicílios com déficit. Pelo levantamento, a redução da deficiência
habitacional entre 2007 e 2011 foi mais intensa nas áreas rurais, com redução
de 125 mil domicílios na taxa negativa. Nas áreas urbanas, a redução do déficit
foi de menos de 60 mil domicílios.
O déficit habitacional brasileiro é
majoritariamente urbano (81%). Proporcionalmente, entretanto, o déficit compõe
mais de 15% dos domicílios rurais, contra pouco mais de 10% nos domicílios
urbanos – destacaram os pesquisadores.
Apesar de a situação rural ter melhorado, essas regiões ainda são
caracterizadas pela precariedade das residências que impactam 75% do déficit
total rural.”
FONTE: publicado no “Correio do Brasil” com redação do portal “Vermelho”.
Transcrito no portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/ipea-queda-de-12-do-deficit-habitacional-em-cinco-anos). [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
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