Super Tucanos A-29
Do Correio de Corumbá
A “Operação Ágata 7” será a maior ação militar
voltada à segurança pública realizada no governo Dilma Rousseff em número de
participantes, equipamentos e abrangência.
As dimensões da ação também superam todas as operações
do gênero realizadas desde a criação, em 2009, do “Estado Maior Conjunto das
Forças Armadas” - o órgão tem a missão de
integrar e coordenar as ações do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Serão cobertos 16.886 quilômetros de fronteira com
dez países, segundo o brigadeiro Ricardo Machado Vieira, chefe de operações
conjuntas do Ministério da Defesa. "Será
a maior operação que já fizemos", afirmou. Operações do gênero
realizadas no passado foram capazes de cobrir apenas pedaços da fronteira.
Sua realização foi anunciada na terça-feira (14) pela
presidente Dilma. Será a primeira vez que os comandos militares da Amazônia, do
Oeste e do Sul trabalharão integrados em uma mesma operação.
"Mas não
vamos ter um homem a cada 100 metros. Já identificamos posições que sabemos que
são mais críticas", disse Vieira.
Isso significa que as tropas serão espalhadas em
pontos da fronteira que já vêm sendo investigados há cerca de um mês por cem
militares dos setores de inteligência das Forças Armadas.
Os locais específicos não foram revelados, mas as
maiores concentrações de tropas devem acontecer nas regiões de Tabatinga (AM),
Assis Brasil (AC), Ponta Porã, Corumbá (MS) e Foz do Iguaçu (PR), entre outras.
Centenas de aeronaves e veículos devem ser usados.
Os principais meios de transporte das tropas e agentes ligados a diversos
ministérios para as regiões mais remotas devem ser helicópteros Black Hawk,
Pantera, Cougar e Esquilo. Caças Super Tucano da Aeronáutica serão usados para
interceptar aviões suspeitos, e drones (aviões não tripulados) farão vigilância
aérea.
Embarcações de patrulha da Marinha devem interditar
os principais rios que cruzam a fronteira e blindados do Exército ocuparão as
estradas que dão acesso ao país. Todos os militares envolvidos levarão
armamento letal e terão poder de polícia.
COMBATE AO CRIME
O objetivo da ação será combater diversos tipos de
atividades criminosas. Alguns exemplos são os garimpos irregulares na fronteira
com as Guianas, pistas de pouso irregulares e tráfico de drogas na região
amazônica, contrabando de armas e mercadorias ilícitas no oeste e sul da
fronteira e a entrada de explosivos pelo sul, entre outras.
Segundo Vieira, não há foco específico em
determinado tipo de atividade criminosa. A ideia do governo é combater os
diversos tipos de crime na fronteira para beneficiar o país como um todo - combatendo, por exemplo, a entrada de
drogas, armas e mercadorias irregulares nas capitais.
A estratégia do governo em operações semelhantes
realizadas no passado foi interromper e sufocar atividades de traficantes e
contrabandistas na fronteira, para prejudicar suas finanças. Quando os
militares saíram da região, operações específicas da Polícia Federal e da
Receita Federal tentaram capturar criminosos que voltaram à região para tentar
se recuperar do "prejuízo" dos dias de bloqueio.
A data específica de início da ação é tratada como
informação sigilosa. Foi anunciado apenas que a operação deve começar em maio e
durar cerca de três semanas - terminando
antes da Copa das Confederações da FIFA. O torneio ocorrerá entre os dias
15 e 30 de junho e reunirá equipes de oito países.
Essa será a sétima edição da “operação Ágata”, um
esforço militar iniciado em 2011 para patrulhar a fronteira brasileira com
ações militares massivas. As operações anteriores aconteceram em regiões
específicas do país. A última levou mais de 12 mil militares para os Estados de
Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre, no fim do ano passado.
Nas seis edições anteriores, foram apreendidos mais
de 750 veículos e embarcações e 12 toneladas de drogas. Os militares aproveitam
a presença na região para oferecer tratamento médico e odontológico em povoados
e cidades isoladas. Cerca de 63 mil pessoas foram atendidas.”
FONTE: Agência Força Aérea (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?page=notimp).
COMPLEMENTAÇÃO
ÁGATA 7 - CONHEÇA AS
AERONAVES DA FAB EMPREGADAS NA OPERAÇÃO
“Conheça as aeronaves da Força Aérea Brasileira
empregadas na ‘operação Ágata 7’, que mobiliza os militares das Forças Armadas
no reforço da vigilância e monitoramento de 16,8 mil Km de fronteira seca.
Cerca de 50 aeronaves, como os A-29 Super Tucano, caças de alta performance
F-5, aviões radar, aeronaves remotamente pilotadas (ARP), aeronaves de
transporte e helicópteros serão empregadas.
FONTE: Agência Força Aérea (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=14973&ÁGATA 7).
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