A grande imprensa sempre escondeu quando o assunto tem alguma interface com Aécio Neves, pois isso poderia prejudicar a volta da direita ao pleno poder
Aécio e a cocaína no "Roda Viva" [na TV Cultura]
Por Paulo Nogueira, no blog "Diário do Centro do Mundo":
"Aécio tem um problema.
Mesmo num ambiente superprotegido como foi o "Roda Viva" segunda-feira, a questão da cocaína o assombrou.
O editor da "Piauí", Fernando Barros e Silva, fez a pergunta fatal. O desconforto jorrou em golfadas de Aécio.
Me ocorreu a reação histórica de FHC quando, como candidato a prefeito de São Paulo, ouviu de Boris Casoy num debate pela tevê o seguinte: “O senhor acredita em Deus?”
Naquela época, FHC não acreditava.
“Mas Boris: nós tínhamos combinado antes que você não faria essa pergunta”, respondeu ele.
Fernando Barros – o único dos entrevistadores que fez segunda-feira algo parecido com jornalismo – perguntou.
A resposta de Aécio – disse, perturbado e irritado, que nunca usou cocaína – não foi a mais convincente que ele deu na vida, com certeza.
Aécio, numa demonstração de que Minas não o acostumou a lidar com perguntas embaraçosas de jornalistas, acusou Fernando Barros de já ter candidato.
Depois, ele confiou na desinformação das pessoas. Afirmou que os elos que o unem à cocaína são fruto do “submundo” da internet.
Temos aí uma visão ampla do “submundo da internet”, então. Incluí o Mineirão lotado. Em 2008, num amistoso da seleção contra a Argentina, a torcida gritou: “Ei Maradona, vai se fxxx, o Aécio cheira mais do que você.”
Pausa para rir.
Bem, o editor da "Piauí" fez menção ao coro do Mineirão.
Serra também teria que ser incluído no “submundo da internet”. Um jornalista ligado a Serra publicou no "Estadão", quando este e Aécio disputavam a indicação do PSDB para a eleição presidencial de 2010, um artigo cujo título era: “Pó pará, governador.” (Aécio era governador de Minas.)[Ver imagem acima].
Serra, pelas costas de Aécio, sempre trouxe a cocaína à cena para boicotá-lo em disputas internas tucanas.
Barros lembrou um artigo de Serra que, do nada, quando mais uma vez se avizinhava uma competição entre ele e Aécio pela nomeação à eleição presidencial, anunciava logo na primeira frase que o “consumo de cocaína” seria debatido no Brasil.
Aécio claramente não está preparado para discutir a cocaína. Ele parece não ter feito nenhum treinamento com especialistas para se safar desse tipo de pergunta. Ou, se fez, o treinamento foi inútil, pelo menos a julgar por segunda-feira.
Aécio e a cocaína no "Roda Viva" [na TV Cultura]
Por Paulo Nogueira, no blog "Diário do Centro do Mundo":
"Aécio tem um problema.
Mesmo num ambiente superprotegido como foi o "Roda Viva" segunda-feira, a questão da cocaína o assombrou.
O editor da "Piauí", Fernando Barros e Silva, fez a pergunta fatal. O desconforto jorrou em golfadas de Aécio.
Me ocorreu a reação histórica de FHC quando, como candidato a prefeito de São Paulo, ouviu de Boris Casoy num debate pela tevê o seguinte: “O senhor acredita em Deus?”
Naquela época, FHC não acreditava.
“Mas Boris: nós tínhamos combinado antes que você não faria essa pergunta”, respondeu ele.
Fernando Barros – o único dos entrevistadores que fez segunda-feira algo parecido com jornalismo – perguntou.
A resposta de Aécio – disse, perturbado e irritado, que nunca usou cocaína – não foi a mais convincente que ele deu na vida, com certeza.
Aécio, numa demonstração de que Minas não o acostumou a lidar com perguntas embaraçosas de jornalistas, acusou Fernando Barros de já ter candidato.
Depois, ele confiou na desinformação das pessoas. Afirmou que os elos que o unem à cocaína são fruto do “submundo” da internet.
Temos aí uma visão ampla do “submundo da internet”, então. Incluí o Mineirão lotado. Em 2008, num amistoso da seleção contra a Argentina, a torcida gritou: “Ei Maradona, vai se fxxx, o Aécio cheira mais do que você.”
Pausa para rir.
Bem, o editor da "Piauí" fez menção ao coro do Mineirão.
Serra também teria que ser incluído no “submundo da internet”. Um jornalista ligado a Serra publicou no "Estadão", quando este e Aécio disputavam a indicação do PSDB para a eleição presidencial de 2010, um artigo cujo título era: “Pó pará, governador.” (Aécio era governador de Minas.)[Ver imagem acima].
Serra, pelas costas de Aécio, sempre trouxe a cocaína à cena para boicotá-lo em disputas internas tucanas.
Barros lembrou um artigo de Serra que, do nada, quando mais uma vez se avizinhava uma competição entre ele e Aécio pela nomeação à eleição presidencial, anunciava logo na primeira frase que o “consumo de cocaína” seria debatido no Brasil.
Aécio claramente não está preparado para discutir a cocaína. Ele parece não ter feito nenhum treinamento com especialistas para se safar desse tipo de pergunta. Ou, se fez, o treinamento foi inútil, pelo menos a julgar por segunda-feira.
Houve momentos cômicos no "Roda Viva". Num deles, Aécio falou, como um Catão, do “aparelhamento do Estado” pelo PT. Isso numa emissora pública, bancada pelo contribuinte paulista e completamente aparelhada pelo PSDB de Aécio. Até um tuiteiro recrutado segunda-feira pelo "Roda Viva" para cobrir a entrevista no Twitter era, conforme alguém descobriu na internet, militante tucano.
Aécio, desde o início, era uma candidatura de alto risco para o PSDB pela fama de festeiro inveterado. Ou o partido subestimou o risco, ou simplesmente não tinha alternativa. Podia terminar em Serra, mais uma vez.
Para Aécio se livrar do assunto, a única solução é ele fazer um exame toxicológico. Mas, pelo menos até aqui, ele não mostrou nenhuma disposição para fazer isso".
FONTE: escrito por Paulo Nogueira, no blog "Diário do Centro do Mundo". Postado pelo jornalista Altamiro Borges em seu "blog do Miro" (http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/06/aecio-e-cocaina-no-roda-viva.html).[Imagens obtidas no blog "Rede Brasil Atual":(http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/06/aecio-sofre-fogo-amigo-com-perguntas-desgastantes-sobre-drogas-em-tv-ligada-a-alckmin-7232.html).
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