domingo, 15 de junho de 2014

APRESENTAÇÃO DA PRESIDENTE DA PETROBRAS NA CPMI




Do Blog "Fatos e Dados", da Petrobras

Confira os principais trechos da apresentação da presidente Graça Foster na CPMI

Presidente fala sobre projeto inicial da refinaria Abreu e Lima

"Nossa presidente, Maria das Graças Silva Foster, esclareceu, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) na última quarta-feira (11/6), que o projeto preliminar da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em construção em Pernambuco, foi feito a partir de estudos que consideravam métricas de expansão da capacidade de refino (Revamp), com custo mais baixo, e não os investimentos em uma refinaria totalmente nova. "Foi um forte trabalho de especialistas da companhia. Podemos ter cometido erros, mas foi um trabalho árduo e técnico de quem fez a última refinaria na década de 80", justificou. Concebido em 2005, o projeto inicial, no valor de R$ 2,4 bilhões, não foi implementado. "Não saiu da prancheta", disse.

Segundo Graça, estudos posteriores levaram à conclusão de que seriam necessários dois trens de refino e duas unidades de destilação, já que o petróleo do campo de Marlim, na Bacia de Campos, não poderia se misturar ao petróleo da Venezuela, por possuírem propriedades físicas e químicas incompatíveis. Com essa decisão, o valor projetado para a nova refinaria, totalmente diferente do projeto anterior, ficaria em US$ 13,4 bilhões.

A presidente esclareceu, também, que para a RNEST entrar em operação foram necessários investimentos em infraestrutura no entorno, como a construção de 25 quilômetros de rodovias, expansão do Porto de Suape, criação de dois píeres, dragagem do canal de acesso, entre outros. "Construir uma refinaria no Brasil exige construir os extramuros. Em outros lugares, os investimentos necessários não vão além do coração da refinaria", afirmou. Graça Foster informou que o aporte final no projeto será de US$ 18,5 bilhões, incluídos os investimentos no entorno.

A presidente ressaltou, ainda, que as nossas contratações passam por rigoroso processo que tramita pelos gerentes executivos e diretores de Engenharia e Abastecimento. "A Petrobras tem governança e a disciplina na aplicação dos processos é meta permanente e determinante. Atendemos a todas as requisições dos órgãos de fiscalização. A pedido do Conselho de Administração, iniciamos uma comissão de avaliação interna em que acompanhamos cada contrato da RNEST", explicou a presidente.

A refinaria Abreu e Lima tem hoje 87,4% de realização física. O primeiro complexo de refino entra em operação em novembro deste ano. A refinaria terá capacidade total de processamento de 230 mil barris de petróleo por dia. “Serão 160 mil barris diários de diesel, que é o volume que nós importamos no primeiro trimestre. Quisera a RNEST estar operando hoje. Praticamente não estaríamos importando diesel neste ano de 2014", calculou a presidente.

Compra da refinaria de Pasadena teve avaliação positiva de analistas

O valor que pagamos na compra da primeira metade da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, estava em linha com outras transações similares realizadas no mesmo período, informou nossa presidente, Graça Foster. Segundo ela, a operação obteve avaliação positiva de analistas de mercado independentes, como Itaú, Credit Suisse, Deutsche Bank, e Merrill Lynch.

Graça explicou que o valor pago pela refinaria equivale a uma média de US$ 8.250 por barril de capacidade. Ela relembrou que os analistas “ressaltaram a entrada da Petrobras no mercado americano de combustíveis, destacando o preço pago por barril de capacidade, em comparação com outras aquisições, e apontaram que a atratividade final da transação dependeria dos investimentos totais na modernização”.

A presidente também destacou os investimentos de US$ 685 milhões feitos em melhorias na planta, que fica localizada em um dos mais importantes hubs de refino do mundo e em um país onde a demanda de derivados de petróleo atinge cerca de 18 milhões de barris por dia atualmente. “Os investimentos na manutenção de uma refinaria são, de fato, pesados e permanentes. No caso de Pasadena, temos uma média de 80 milhões de dólares ao ano de investimento, bastante em linha com o investimento que tem sido feito pela Petrobras em refinarias de mesmo porte”, explicou.

Nossa presidente Graça Foster abordou o histórico das refinarias adquiridas no exterior e destacou a importância dos investimentos realizados pós-aquisição. São aportes pesados e permanentes, alinhados àqueles feitos em refinarias de igual porte no Brasil, garantindo a previsibilidade do desempenho das refinarias e os bons resultados. Confira o vídeo: http://youtu.be/lb-wpTgFIr4

Graça Foster voltou a afirmar que as cláusulas Put Option e Marlim não estavam mencionadas no resumo executivo apresentado ao Conselho de Administração na ocasião da aprovação da compra dos primeiros 50%. “Não houve citação nem intenção manifestada de compra dos 50% remanescentes”, acrescentou.

Os valores pagos por Pasadena foram novamente detalhados pela nossa presidente, Graça Foster, em depoimento à CPMI da Petrobras, realizado no dia 11 de junho. Foram US$ 554 milhões pelos 100% da refinaria, US$ 341 milhões pela trading constituída e uma parcela de US$ 354 milhões relativa a demais gastos, totalizando US$ 1,249 bilhão. O valor médio da aquisição foi de US$ 8,25 mil por barril de capacidade, em linha com outras aquisições para óleo leve entre 2006 e 2008. Confira o vídeo: http://youtu.be/BhGbfixc7mY

A compra dos primeiros 50% nós consideramos um negócio potencialmente bom. Nossa avaliação está mantida. Confirmamos que hoje o negócio não é de grande atratividade, é de baixo retorno. Olhando todo esse conjunto, a Petrobras considera que não foi um bom negócio”, resumiu.

Presidente detalha processo de afretamento de plataformas

A presidente Graça Foster contextualizou nossa importância no mundo em termos de exploração e produção de petróleo em alto-mar, ao falar sobre a relação comercial com a empresa "SBM Offshore", em apresentação na quarta-feira (11/6). Ela ressaltou que possuímos 125 plataformas em operação. Dessas, 29 são do tipo FPSO. “É um número muito grande em nível mundial”, dimensionou. FPSO é uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo (em inglês Floating Production Storage and Offloading).

A presidente explicou que trabalhamos com unidades próprias e unidades afretadas. As unidades próprias são plataformas que construimos e operamos. “Nós temos empresas com as quais trabalhamos e, assim, projetamos, especificamos, contratamos, acompanhamos essa construção e habitamos essas plataformas com pessoal da Petrobras”, explicou Graça ao tratar das unidades próprias. No segundo caso, as unidades são construídas e operadas pelos afretadores e pagamos aluguel e pelos serviços de operação para essas empresas. “Existe um mercado competitivo em que disputam SBM, Modec, BW Offshore e outras”, exemplificou.

A presidente ressaltou que o afretamento de plataformas é interessante economicamente. “No caso de plataformas afretadas, o pagamento às afretadoras só começa a ser feito quando a plataforma produz o primeiro óleo. Não desembolsamos recursos durante o processo de construção (das plataformas)”, explicou. Foster ressaltou que em todos os casos há exigência de conteúdo local para a construção das plataformas e que essa atividade emprega milhares de brasileiros.

Atualmente, lembrou, a frota mundial de plataformas do tipo FPSO para operar em profundidade de água acima de 300 metros é de 96 unidades em todo o mundo. Destas, 43 são afretadas e 53 são próprias. Das 96 totais, 68 estão em operação e 28 em construção. Dezenove dessas 28 unidades estão sendo construídas para a Petrobras. E dessas dezenove, 13 são próprias e seis são afretadas. “Isso mostra o quanto somos grandes nesse segmento”, disse.

A presidente traçou o histórico de relação comercial entre a Petrobras e a SBM, que começou em 1996, com a primeira plataforma afretada. Desde então, foram assinados contratos para afretamento de nove FPSOs e construção de uma unidade. Em junho de 2001, lembrou, foi afretada da SBM a FPSO Brasil, a fim de substituir a plataforma P-36, que afundara naquele mesmo ano. Na época, a unidade foi contratada por inexigibilidade de licitação. De 2003 em diante, houve aumento no número de contratações, chegando a sete FPSOs contratados. As contratações obedeceram a processos competitivos e aos critérios de melhor preço. Confira o vídeo: http://youtu.be/b1o2hIy93wg

Por fim, a presidente lembrou que as informações acerca da "SBM Offshore" estão sendo encaminhadas aos órgãos de controle, tais como Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU).

Plataformas passam por rígidos controles de segurança antes de sair dos estaleiros

A presidente esclareceu que as nossas plataformas passam por vistorias e necessitam da anuência de diversos órgãos de controle antes de sair do estaleiro. “Não existe a menor possibilidade de que a Petrobras saia do estaleiro, após concluída uma unidade de produção, sem as devidas autorizações. São várias inspeções realizadas durante quase que a totalidade da construção da unidade de produção”, disse Graça.

Segundo a presidente, são homologadoras da operacionalidade dos sistemas das plataformas entidades como a Sociedade Classificadora, a Receita Federal, a Anvisa, a Marinha, a Polícia Federal, a ANP e o Ministério do Trabalho. Graça explicou que, para a embarcação ter autorização para operar, são observados os seguintes sistemas: salvatagem, correspondente a equipamentos como baleeiras, balsas de resgate e sinalizadores, dentre outros; suporte à vida, referente aos sistemas de geração de energia, água potável, ar condicionado, comunicação e acomodações; detecção e combate a incêndio; lastro e deslastro; ancoragem; homologação do heliponto; e sinalização da embarcação.

A presidente lembrou que a plataforma P-62 não saiu do estaleiro incompleta. Do contrário, não teria a certificação emitida pelos vários órgãos de controle. Segundo ela, obtivemos a documentação de liberação da embarcação em 17 de dezembro de 2013 e a saída do estaleiro ocorreu no dia 30 do mesmo mês. Posteriormente, a plataforma passou de novo por diversas autorizações, com objetivo de liberá-la a produzir o primeiro óleo.

Existe toda uma equipe dos mesmos órgãos que faz essas mesmas checagens com outro objetivo, no caso agora do primeiro óleo. Depois de todas as autorizações, no dia 12 de maio de 2014 tivemos a produção do primeiro óleo, e é uma data muito importante para a Petrobras”.

Graça Foster informou ainda que a P-62, instalada no campo de Roncador, na Bacia de Campos, é uma das nove plataformas que colocamos no mar em 2013. Juntas, elas têm capacidade de processar 1 milhão de barris de petróleo por dia."

FONTE: do blog "Fatos e Dados", da Petrobras  (http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/confira-os-principais-trechos-da-apresentacao-da-presidente-graca-foster-na-cpmi.htm).

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