Blindados de artilheria da OTAN na Europa
OTAN precisa de uma nova Guerra Fria
"A OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] pretende colocar tropas na fronteira com a Rússia. Segundo o jornal 'The Sunday Times', esses planos foram em maio objeto de discussão numa reunião dos ministros da Defesa da Aliança.
Países da OTAN
OTAN precisa de uma nova Guerra Fria
"A OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] pretende colocar tropas na fronteira com a Rússia. Segundo o jornal 'The Sunday Times', esses planos foram em maio objeto de discussão numa reunião dos ministros da Defesa da Aliança.
Países da OTAN
Na sede da OTAN, já estão dizendo que o “ato de cooperação” assinado com Moscou perdeu sua validade. Na opinião de analistas, nos últimos 17 anos a Aliança perseguiu um único objetivo: expulsar definitivamente a Rússia do espaço pós-soviético.
Os países integrantes da OTAN estão desenvolvendo planos de colocar tropas em países do antigo bloco soviético. Isso efetivamente irá pôr fim ao acordo com a Rússia, assinado após o fim da Guerra Fria, escreve o "The Sunday Times".
A OTAN e a Rússia assinaram o chamado “Ato fundamental sobre relações mútuas, cooperação e segurança” em 1997. Bruxelas e Moscou concordaram em que os países ocidentais não iriam colocar forças militares consideráveis a leste do Elba. Agora, os funcionários da OTAN estão afirmando que o acordo era válido enquanto a situação se mantinha a mesma e ambas as partes respeitavam os seus termos. Mas, desde que a Rússia, em suas palavras, “anexou” a Crimeia, tudo mudou.
Só que a situação mudou não em março deste ano, quando o povo da Crimeia se pronunciou num referendo em favor da reunificação com a Rússia. Ainda na década de 1990, após o colapso da União Soviética, surgiu a questão da existência da Aliança do Atlântico Norte. Bruxelas, na altura, prometeu não expandir a influência da Aliança para Leste mas, dentro de poucos anos, quase todos os países do antigo bloco soviético se juntaram à OTAN, nota o vice-diretor do "Instituto dos EUA e do Canadá" Pavel Zolotarev:
“Então, ficou claro que é pouco provável que essa organização se dissolva a si própria. Porque ela é o principal instrumento de influência dos EUA na Europa. A Rússia acreditou que, já que não somos inimigos, podemo-nos aproximar. E o Ocidente, em sua política real, apesar da retórica sobre a necessidade de cooperação, usou isso para expandir a sua área de influência para o Leste. Aceitando novos membros na OTAN, primeiro de ex-países socialistas, e depois até de alguma repúblicas que fizeram parte da União Soviética”.
Segundo o perito, o objetivo principal que se propõe a Aliança do Atlântico Norte é expulsar a Rússia do espaço pós-soviético. Já durante muitos anos a OTAN está encaixando a Geórgia em seus padrões, e agora se ocuparam ativamente da Ucrânia. Esta última se tornou um obstáculo nas relações entre Moscou e Bruxelas por altura do 17º aniversário da assinatura do acordo de cooperação, nota o especialista do "Instituto dos países da CEI" Valeri Yevseev:
“No momento, as relações entre a Rússia e a Aliança do Atlântico Norte estão extremamente difíceis. Os países da OTAN estão aumentando a sua presença perto das fronteiras da Federação Russa. E isso não pode deixar de preocupar a Rússia. Desse ponto de vista, dado o extremo agravamento das relações entre Moscou e Bruxelas por causa da crise ucraniana, há que tomar algumas medidas para reduzir as tensões. Do lado russo, tal decisão foi tomada. A ela é devida a retirada das tropas russas da fronteira com a Ucrânia”.
Segundo o especialista, a principal finalidade da colocação de tropas da OTAN na fronteira com a Rússia é o desejo de justificar a sua existência. Isso requer um inimigo externo. E encontraram-no em Moscou. Essa é a única maneira para Washington de provar a seus aliados que precisam da OTAN.
Ora, provar está se tornando cada vez mais difícil. Por exemplo, Berlim se recusa a aumentar os gastos em defesa, deixando sem resultados as inúmeras tentativas de Bruxelas. O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble se opõe ao aumento do orçamento militar da Alemanha em resposta à crise na Ucrânia. Segundo ele, na situação atual, tal medida não seria política muito sábia. Além disso, o ministro falou contra a colocação de tropas da OTAN em estados da Europa do Leste. Schaeuble tem certeza de que isso só irá agravar a situação.
O presidente russo, há dias, lembrou aos seus parceiros ocidentais: Rússia e a OTAN realmente poderiam colaborar frutuosamente. Segundo Vladimir Putin, existem áreas onde esforços conjuntos podem ser aplicados: a segurança comum, a defesa contra o terrorismo, a luta contra o tráfico de drogas. Para resolver todos esses problemas, é necessário consolidar os esforços. E não provar quem é o dono do mundo, como a 'Aliança do Atlântico Norte' está fazendo."
FONTE: do "Voz da Rússia". Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/242951-9).
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