segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A ALEGRIA MASOQUISTA DA OPOSIÇÃO E MÍDIA




[Será que vale a pena toda a população sofrer apenas pelo prazer de contrariar e prejudicar o governo Dilma e afagar o ego de Aécio? Masoquismo]

Mercadante: se Congresso não autorizar reajuste fiscal, governo forçará superávit

Segundo o ministro, desonerações serão suspensas, investimentos serão cortados, o desemprego vai subir, e a conta será enviada aos parlamentares 

Do "Jornal GGN"

Se o Congresso não aprovar o projeto de lei que permite a derrubada do limite de descontos para o cálculo do superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública), o governo Dilma Rousseff (PT) forçará o cumprimento da meta fiscal. Desonerações serão suspensas, investimentos feitos em obras e destinados a setores da economia serão cortados, o desemprego vai crescer e a conta será enviada aos parlamentares que votarem contra o pedido do Planalto.

A projeção foi feita pelo ministro-chefe da Casa Civil Aloísio Mercadante, durante entrevista à Miriam Leitão. A jornalista questionou o petista sobre o projeto que foi enviado ao Congresso na semana passada. A imprensa divulgou a demanda como uma mensagem de que o governo não conseguirá cumprir as metas fiscais e fazer superávit este ano.

Dos 20 países mais importantes da economia mundial, só cinco têm superávit. A única economia que teve um viés de alta em 2014, a Inglaterra, está com déficit primário. Em 2009, os Estados Unidos chegaram a ter déficit primário de 13,5 % do PIB. Na hora em que a recessão bateu, eles saíram fazendo política anticíclica, elevando Keynes ao limite para evitar recessão econômica”, disse Mercadante.

Miriam tentou cortar a introdução ao assunto pedindo que o ministro não falasse do cenário externo, porque a intenção era tratar de Brasil na entrevista. Mercadante explicou à jornalista que, com a economia globalizada, é impossível traçar o cenário interno sem analisar o que se passa no mundo, principalmente após a crise de 2008. “Estou pegando as economias que são referência para que entendam a opção que o governo fez.

Segundo Mercadante, em meio à crise mundial, a gestão Dilma Rousseff optou por desonerar "a indústria, as exportações, os investimentos importantes, os setores com impacto na cadeia nacional”. “Tudo deu cerca de 76 bilhões de reais de desoneração. Se aumentarmos a carga tributária e por uma Medida Provisória retirarmos todas as desonerações da indústria e da economia, vai melhorar a economia brasileira? Não vai! Agravaria a recessão, o desemprego e a crise!”, exclamou o ministro.

Mercadante rebateu as criticas ao tamanho da máquina pública salientando que os gastos que aumentaram durante o governo Dilma não dizem respeito à folha de pagamento, mas sim a investimentos (34% de aumento) e obras do PAC (47% de aumento). “Fizemos um esforço a mais por investimentos justamente porque a economia mundial está em recessão, o comércio retraiu e isso afeta a nossa indústria”, comentou.

Para o titular, o Congresso brasileiro deverá compreender que a aprovação do projeto que permite o reajuste da meta fiscal é essencial para a economia. “O Congresso americano não entendeu, na época da crise, que era necessário arrolar a dívida pública. O Tea Party fez uma política de radicalismo e ortodoxia fiscal e não autorizou a arrolagem da dívida. O que o governo americano fez? Parou de pagar a folha de pagamento, parou o Estado e a recessão se agravou”, argumentou.

E avançou: “Nós estamos dizendo, de maneira transparente, que fizemos a opção de proteger a indústria, o chão da fábrica, o emprego e o salário, porque o mundo lá fora não nos permite crescer. O que temos é o nosso mercado interno, que é o que mantém nosso nível de economia. E o Estado tem que fazer uma política anticíclica, como todas as principais economias estão fazendo e fizeram. O que o G-20 está discutindo é exatamente fazer esse esforço concentrado [uma espécie de "PAC mundial"] para ter mais investimentos, para que todo mundo se recupere. Porque se todo mundo aumentar impostos e cortar gastos, pode ter certeza que a economia mundial vai muito mais rápido para o buraco do que já está”, frisou.

O petista disse ainda que o governo Dilma não pretende, com o projeto que enviou ao Congresso, descumprir o superávit. “Nós queremos sempre superávit maior, vamos fazer o máximo para para isso. Em 2011, fizemos 10 bilhões a mais de superávit, pois a economia estava no melhor cenário. Em 2008, criamos uma poupança extraordinária, mas não é o quadro deste ano. A discussão é pública e transparente. Se o Congresso não der autorização de superávit, nós cumpriremos o superávit”, cravou.

E explicou como será forçado o cumprimento da meta nos moldes estabelecidos hoje na LDO 2014: “[Será preciso que] Suspendam as desonerações, cortem os investimentos, parem as obras, pare a economia, e vamos ter mais desemprego e isso ficará na responsabilidade de quem [o congressista] tiver essa atitude [de rejeitar o pedido do Planalto]. Não tem outra opção. As pessoas começam a fazer política muito cedo e faltam na aula de matemática. É simples: superávit significa mais impostos e menos investimentos”, concluiu.

A entrevista está disponível aqui.

Mercadante: 'Se o Congresso não der autorização, cumpriremos o superávit'


Miriam Leitão entrevistou o ministro-chefe da Casa Civil em Brasília sobre a expectativa do novo governo para enfrentar as crises econômica e política.



Miriam Leitão foi ao Palácio do Planalto, em Brasília, entrevistar o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Um dos coordenadores da campanha vitoriosa para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, Mercadante falou sobre a expectativa do novo governo para enfrentar as crises econômica e política que devem abalar o cenário nacional em 2015.

O controle da inflação, a manutenção do baixo nível de desemprego e a recuperação da indústria estão entre os principais desafios do segundo governo Dilma, o quarto consecutivo do Partido dos Trabalhadores (PT), e também entre os assuntos abordados na entrevista, assim como a saída da Marta Suplicy do Ministério da Cultura e a demissão de outros ministros, que colocaram seu cargo à disposição da presidente reeleita essa semana.

Confira alguns destaques da entrevista:

Proposta do governo de não cumprir a meta fiscal

Dos 20 países mais importantes da economia mundial, só cinco têm superávit. Se o Congresso não der autorização de superávit, nós cumpriremos o superávit. É simples. Suspende as desonerações, corta os investimentos, para as obras e para uma parte da economia. Nós vamos ter mais desemprego e ficará na responsabilidade de quem tiver essa atitude.

Saída de Marta Suplicy do Ministério da Cultura e críticas fortes em carta

É legítimo que ela tenha a opinião dela. Faz parte do processo democrático. Eu não tenho essa avaliação. Acho que olhando para o cenário internacional, o Brasil teve um excelente desempenho ao longo dessa crise de 2008 sob qualquer indicador relevante.

Crescimento zero

Depende do ponto de vista que você olha. Vamos pegar a China que é o motor da economia mundial. A economia está globalizada, não adianta a gente pensar o Brasil fora do cenário internacional. A China está com a pior taxa de crescimento dos últimos 25 anos.

Vamos ter uma nova equipe, vamos fazer mais reformas, vamos fazer mais parcerias público-privadas, Vamos dar mais atenção aos investimentos e uma pauta na competitividade sistêmica da economia.

Aumento de taxa de juros depois da eleição

Nunca houve um alinhamento entre taxa de juros e calendário eleitoral nesse governo. O BC sempre teve autonomia operacional. O presidente do BC tem liberdade para montar sua equipe, o Copom decide o que ele quer, quando ele quer e a meta dele é a inflação.

Reformatação do seguro-desemprego

O seguro-desemprego é uma proteção fundamental aos trabalhadores, mas não pode virar uma indústria em alguns setores. Com esse nível de emprego, não é razoável o volume de seguro-desemprego que você paga. Tem gente recebendo seguro-desemprego e acumulando com uma função num emprego. Precisamos ter mais rigor na fiscalização e na avaliação do seguro-desemprego.

Conflitos entre PMDB e PT no Congresso

Um terço do Senado é renovado. Nós temos o trabalho de construção de uma maioria. Há uma expectativa em relação ao novo governo. O que preocupa realmente o país e o governo [neste momento] é [o Congresso] não votar medidas fiscais, [votar] mais despesas públicas que deteriorem a situação fiscal, que exigem mais atenção. O governo tem que tomar cuidado, orientar, discutir, mas respeitar a decisão que as duas casas vão ter para que a gente tenha uma boa direção dos trabalhos".

FONTE: d
o "Jornal GGN"   (http://jornalggn.com.br/noticia/mercadante-se-congresso-nao-autorizar-reajuste-fiscal-governo-forcara-superavit) e do portal G1 da "Globo" (http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/11/mercadante-se-o-congresso-nao-der-autorizacao-cumpriremos-o-superavit.html).

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