quarta-feira, 29 de julho de 2015

PROGRAMA DE SUBMARINOS DA MARINHA É O NOVO ALVO DA "LAVA JATO"




[OBS deste blog 'democracia&política:

POR ORDENS E APLAUSOS DOS EUA E DA MÍDIA TUCANA, "LAVA JATO" INVESTE CONTRA O SUBMARINO NUCLEAR NACIONAL.

Além dos submarinos, a Lava Jato agora tem também o objetivo de atacar a Eletronuclear e se estender pelo setor elétrico. Como Dilma Rousseff foi Ministra de Minas e Energia, a direita tem esperança de que ao menos um respingo atinja a presidente.

Contudo, certamente, a hidrelétrica de Furnas será tratada por Moro, pela Justiça, PF e mídia com uma tarja preta, pois é assunto sensível, que atinge Aécio Neves (delatado na Lava Jato como tendo recebido propina da empresa) e assim deve continuar a ser conduzido (ou engavetado) com o máximo de sigilo e cuidado.

Essa nova fase da "Lava Jato" é incoerente com a desculpa dada pelo Juiz Moro para não investigar Aécio.  Segundo o "Jornal GGN", "Moro agora diz que é competente para julgar alvos fora da Petrobras em “decorrência da conexão e continência dos demais casos da Operação Lava Jato”. Entretanto, o juiz não avaliou que existia a mesma “conexão e continência” no caso de Furnas, que envolve o senador tucano e candidato derrotado nas urnas, Aécio Neves, que foi delatado pelo doleiro Alberto Youssef na Lava Jato como beneficiário de um esquema de propinas na estatal. Na inovadora interpretação da Justiça de Moro, os desvios de dinheiro em Furnas "não tinham relação com o esquema de corrupção da Petrobras e, por isso, não deveriam ser objeto de investigação".

Muito interessante e criativa essa desculpa, porém totalmente discrepante com nova fase da Lava Jato].
      
PF INVESTIGA PROGRAMA DE SUBMARINOS DA MARINHA

"Na busca e apreensão da 'Operação Radioatividade', da 'Lava Jato', foram procurados documentos que comprovem suspeitas de irregularidades na execução do programa de submarinos da Marinha. O contrato, assinado em 2009 pelos então presidentes Lula e Nicolas Sarkozy, faz parte de um acordo militar Brasil-França, de € 6,7 bilhões. O programa envolve a Odebrecht, que é responsável pelas obras do estaleiro e da base naval em Itaguaí (RJ).

Do "Brasil 247"


Um dos alvos da "Operação Radioatividade" da "Lava Jato", de terça-feira, foi o programa de submarinos da Marinha. Nas buscas e apreensões, a Polícia Federal procurou documentos que comprovem suspeitas de irregularidades na execução do projeto que prevê colocar no mar um modelo de propulsão nuclear por volta de 2025.

O contrato, assinado em 2009, faz parte de um acordo militar Brasil-França, de € 6,7 bilhões, entre os então presidentes Lula e Nicolas Sarkozy. O programa envolve a Odebrecht, que é responsável pelas obras do estaleiro e da base naval em Itaguaí (RJ).

A empreiteira foi subcontratada pelo estaleiro DCNS francês para assumir as obras da nova base por € 1,7 bilhão, sem licitação.

Leia aqui [ou a seguir] a reportagem de Natuza Nery, [da tucana "Folha"], sobre o assunto:

Polícia investiga programa de submarinos

Por NATUZA NERY e IGOR GIELOW (c
olaborou GABRIEL MASCARENHAS)


Os ex-presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva em desfile do Sete de Setembro

"Em sua busca e a apreensão de terça-feira (28), a Polícia Federal procurou documentos para embasar suspeitas de que houve irregularidades na execução do programa de submarinos da Marinha, que visa colocar no mar um modelo de propulsão nuclear por volta de 2025.

As suspeitas surgiram em etapas anteriores da Lava Jato, segundo a "Folha" apurou, em que a Odebrecht foi alvo de investigações.

A empreiteira é a maior parceira nacional do projeto, sendo responsável pelas obras do estaleiro e da base naval em Itaguaí (RJ).

Assinado em 2009 como parte do acordo militar Brasil-França, o maior da história do país, o contrato dos submarinos é um negócio gigantesco: € 6,7 bilhões (algo como R$ 18 bilhões quando foi assinado); hoje [com a correção cambial], R$ 25 bilhões [cerca de um vigésimo do que os brasileiros sonegam a cada ano da Receita Federal].

O acordo foi uma das estrelas do segundo mandato de Lula. Seus termos preveem que os franceses fornecerão tecnologia para a construção de quatro submarinos convencionais, movidos por motores diesel-elétricos, e um nuclear –a menina dos olhos dos almirantes, já que apenas seis países operam esse tipo de armamento hoje.

A fabricação já está em curso, com seções do primeiro modelo convencional sendo integradas no Rio.

A Odebrecht foi subcontratada pelo estaleiro DCNS francês para assumir as obras da nova base por € 1,7 bilhão. Não houve licitação, o que provocou críticas veladas de suas concorrentes à época.

Como se trata de um negócio envolvendo a segurança nacional, tudo é sigiloso e fora das regras da Lei de Licitações. Isso é praxe em praticamente todo o mundo e deverá dificultar apurações da PF.

O acordo sofreu críticas por ter feito o Brasil adquirir uma família diferente de submarinos, a classe Scorpène francesa, vista por especialistas como inferior aos novos modelos alemães – o Brasil já utilizava submarinos de desenho germânico, numa parceria que remonta a 1983.

Não ajuda muito o fato de a DCNS ter longo currículo de acusações de pagamentos de propina e outras suspeitas em negócios com os mesmo submarinos na Índia e Malásia.

Os franceses sempre negaram irregularidades. A Odebrecht nega acusações contra ela no âmbito da Lava Jato."


FONTE: reportagem de NATUZA NERY e IGOR GIELOW (colaborou GABRIEL MASCARENHAS) no jornal e portal tucanos Folha e UOL (http://app.folha.uol.com.br/#noticia/577999). Transcrita e comentada no portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/190747/PF-investiga-programa-de-submarinos-da-Marinha.htm).[Título, subtítulo e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política']

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