“A proposta iraniana, promovida pelo Brasil e pela Turquia, de trocar combustível nuclear iraniano com as grandes potências em território turco, continua vigente, afirmou o presidente Mahmud Ahmadinejad, citado nesta terça-feira pela televisão estatal.
"A declaração de Teerã continua tendo validade", afirmou Ahmadinejad ao receber o presidente do Parlamento turco, Mehmet Ali Shahin. Essa proposta constitui "um novo modelo de gestão dos assuntos mundiais, baseado na justiça e na lógica", acrescentou.
Na declaração de Teerã, assinada em 17 de maio com o Brasil e a Turquia, a República Islâmica aceitou trocar, em território turco, 1.200 kg de urânio levemente enriquecido (a 3,5%) por 120 kg de combustível enriquecido a 20%, para alimentar seu reator de pesquisa médica de Teerã.
Mas depois de assinar o documento, o Irã anunciou que continuará enriquecendo urânio a 20% por conta própria [esse enriquecimento, contudo, não pode ser formalmente contestado ou proibido para os países ‘atomicamente’ desarmados, como o Irã, pois é considerado dentro do limite normal para fins pacíficos (medicinais etc)].
As grandes potências [ávidas por repetir a fórmula de escalada da crise que usaram com sucesso para a invasão do Iraque e controle da produção e exportação de petróleo daquele país] acolheram com ceticismo a iniciativa por “achar que as autoridades iranianas estavam apenas ganhando tempo”.
E, em 9 de junho, o Conselho de Segurança da ONU [sob forte pressão dos EUA e Israel e com voto contra do Brasil e Turquia] votou uma resolução impondo novas sanções ao Irã por sua política nuclear.”
FONTE: divulgado pela agência francesa de notícias France Presse (AFP), em Teerã, e postado no portal UOL [trechos entre colchetes colocados por este blog].
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