quinta-feira, 24 de junho de 2010

BRASIL É PRÓXIMA POTÊNCIA MUNDIAL, AFIRMA BILIONÁRIO DOS EUA


O bilionário americano Sam Zell, do Equity International, que está no Brasil até amanhã

“O americano Sam Zell, do grupo Equity International, está no país até amanhã em busca de novos negócios

"Prefiro investir em um país quente", diz Zell, que já tem participações em brasileiras como Gafisa e BR Malls

O bilionário americano Sam Zell, 68, está no Brasil, hoje e amanhã (23 e 24/06), para expandir os investimentos do grupo Equity International no país que considera a próxima "potência mundial".

"O quanto vamos investir depende das oportunidades. Até hoje, nenhuma foi maior do que o nosso apetite por capital", afirmou Zell à Folha, por telefone, de Chicago.

O grupo de private equity já tem participações em cinco empresas brasileiras, entre elas a Gafisa e a BR Malls, que tem atualmente 35 shoppings em seu portfólio.

Entusiasta do Brasil, Zell atribui ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o reconhecimento do país como "uma das oportunidades mais atraentes do mundo".

O empresário americano minimiza o risco de superaquecimento da economia brasileira. "O país vai muito bem. Prefiro investir em um país quente demais a investir em um país frio", diz.

"Começamos a estudar o Brasil há quase 12 anos. Desde então, houve o reconhecimento [no exterior] da estabilidade fiscal do país", elogia.

"O Brasil elevou as taxas de juros antes de outros países, evitando a hiperinflação que o infestou no passado."

Para o americano, "o Brasil sempre foi reconhecido como tendo enormes recursos e oportunidades, mas, no passado, não soube tirar vantagem disso".

"Nos últimos oito, nove anos, tem havido um novo nível de disciplina, fazendo dele uma das oportunidades mais atraentes no mundo. O presidente Lula focou no crescimento enquanto manteve a disciplina fiscal, para evitar a hiperinflação."

Zell diz achar que, hoje, "há menos obstáculos para investir no país". "O Brasil está se transformando de um país em desenvolvimento em um país desenvolvido."

A eleição tampouco o preocupa - os dois principais candidatos à Presidência, diz, manterão a política econômica atual.

CONSELHOS

Ele dá dois conselhos para que o país continue no caminho para se tornar uma potência com liderança mundial: "Manter a disciplina fiscal e continuar a desenvolver os seus recursos e a construir infraestrutura, facilitando os investimentos".

Apesar de o principal foco da sua empresa ser no setor imobiliário, Zell afirma não descartar nenhuma área. Mas, ao final da entrevista, o empresário responde com um rápido "não" quando questionado se investiria na mídia brasileira.

Uma das grandes polêmicas que assombram sua carreira é a aquisição da Tribune Company, em 2007. No ano seguinte, o grupo, que publica o "Los Angeles Times" e o "Chicago Tribune", entre outros veículos, pediu falência.

Com o processo ainda em andamento, Zell recusa-se a comentar o assunto. Questionado se se arrepende de ter investido em mídia nos EUA, diz apenas: "Não tenho arrependimento nenhum".

FONTE: reportagem de Cristina Fibe, de Nova York, publicada na Folha de São Paulo.

2 comentários:

iurikorolev disse...

Billionaire Sam Zell, known for his real estate and media investments, went on record as saying that Brazil is his choice for new investment. At the Milken Institute Global Conference in Los Angeles, Zell said that Brazil will be the next China, according to several news reports including one from Reuters.

"I'd buy Brazil," Zell told his audience at the Conference. "It has the chance 30 years from now of being a bigger economic power than China."

Unknown disse...

Iurikorolev,
Boa lembrança. Sobre exatamente essas palavras de Sam Zell, há dois anos já postei artigo intitulado "BILIONÁRIO DOS EUA DIZ QUE BRASIL SERÁ MAIOR QUE A CHINA" (quarta-feira, 30 de abril de 2008).
Maria Tereza