quinta-feira, 17 de junho de 2010

EM VISITA A EUROPA, DILMA DIZ QUE MANTERÁ A POLÍTICA EXTERNA DO GOVERNO LULA

“A candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, afirmou ontem (15), em Paris, que caso seja eleita manterá a política externa de sucesso do governo Lula. Terça-feira, ela se reuniu com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e contou ao mandatário francês que tem intenção de manter a parceria estratégica entre os dois países caso seja eleita.

“Eu fui convidada aqui pelo presidente Sarkozy e a mensagem [que trazemos] é continuar com a parceira estratégica que o governo do presidente Lula manteve com a França nesses últimos anos. Desde a época do [Jacques] Chirac e se aprofundou agora com a presença do presidente Sarkozy no governo. Nós já tivemos uma parceria no submarino e daqui para frente é manter esse relacionamento. É uma reunião para manifestar justamente essa posição que nós vamos continuar, caso eu seja eleita”, disse.

Questionada sobre as dificuldades para a construção de um acordo entre o Mercosul e a União Européia, Dilma afirmou que às vezes “as coisas demoram, o que não significa que a gente não tente realizá-las”. “Se a gente falasse em 2002 que a gente ia pagar a divida externa ninguém acreditaria, e pagamos”, acrescentou. Ela lembrou que nas negociações internacionais os países sempre defendem seus interesses e isso toma mais tempo para os acordos.

Ela explicou a importância das reuniões que manterá na Europa com o presidente da França, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, o primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Zapatero, e o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates.

“[Essa viagem] estabelece claramente uma posição da minha campanha em relação ao cenário internacional. Nós vamos manter essa política externa do governo do presidente Lula que combina a diversificação de parcerias, é o caso de todo o nosso empenho em relações com a América Latina, com a África, e também com os nossos parceiros tradicionais, uma coisa não impede a outra. Muitas vezes me perguntam: ah, mas vocês têm política de privilegiar a América Latina, o Mercosul... E eu acredito que essa política de privilegiar o Mersosul tem que ser feita, afinal é a nossa região. Mas, isso não impede que haja o nosso empenho em estreitar as nossas relações com os países da Europa”, explicou.

Questionada sobre sua posição em relação ao Irã, Dilma voltou a defender a atuação do Brasil na costura de um acordo sobre enriquecimento de urânio na Turquia para ser usado em programas pacíficos. Segundo ela, essa é uma posição de afirmação pela paz. “Eleita eu vou continuar a política de paz do governo Lula”.

“Olha, nós pretenderemos sem dúvida manter uma política pró paz, até que nos provem que sanções e uma política de guerra conduz o mundo a uma situação melhor. Acho que pelo contrario, quando você deixa um país, uma pessoa, ou um grupo sem estabelecer um diálogo você leva ao isolamento ou você leva ao acirramento dos conflitos. A posição do Brasil em relação ao Irã, primeiro foi uma posição soberana e nós não achamos que a política que leva ao conflito e à guerra resultou em algum beneficio à humanidade. A guerra do Iraque é um momento triste na história da humanidade e então vemos como muito necessário evitar que isso se propague e continue”, argumentou.”

FONTE: publicado no blog “Dilma na web” (www.dilmanaweb.com.br)

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