“Ao anunciar mais um contrato do programa Minha Casa, Minha Vida – desta vez para a construção de 3.511 unidades habitacionais em Manaus (AM) -, o presidente Lula afirmou que o Brasil está passando por um momento de provação. “Nós estamos diante de uma coisa quase revolucionária que é testar a nossa capacidade de fazer as coisas bem-feitas neste País”, afirmou em seu discurso. As residências anunciadas para Manaus (3.072 apartamentos e 439 casas) atenderão pessoas que recebem até três salários mínimos, num investimento total de R$ 149,2 milhões.
Lula lembrou que a Caixa Econômica Federal (CEF) investiu R$ 47 bilhões em habitação em 2009 e pretende investir até R$ 55 bilhões este ano. Os números impressionam principalmente quando comparados com o que havia para se investir no setor em 2003, quando o presidente assumiu o governo: apenas R$ 5 bilhões. E esse bom momento se reflete também em outros setores, como o rodoviário. O Ministério dos Transportes só tinha R$ 1 bilhão em 2003 para investir em todo o Brasil. No início da semana, Lula esteve na região de Uberlândia (MG) e lá inaugurou e deu ordem de serviços para obras no valor quase três vezes maior: R$ 2,7 bilhões.
O presidente fez durante seu discurso uma pequena retrospectiva da montagem do programa Minha Casa, Minha Vida, de quando chamou a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e pediu pra ela chamar um grupo de empresários para discutir a possibilidade de se lançar no País um grande programa habitacional.
Para minha surpresa, os empresários disseram à Dilma que só tinham condições de fazer investimentos, de fazer um programa de 200 mil casas. Eu disse: ‘diga aos empresários que 200 mil casas não é programa, é fazer o que eles já fazem hoje’. O que eu queria saber é se teríamos estrutura para mudar de patamar, para fazer um milhão de casas.
Os empresários revelaram estar preocupados com a falta de estrutura para atingir tamanha meta, e por isso o Ministério da Fazenda e a Caixa Econômica Federal (CEF) se reuniram para montar tal estrutura. Uma vez montada, chegou o momento de construir o projeto artigo por artigo, desmontando ‘armadilhas’ antigas, retirando obstáculos e garantindo o subsídio do governo. “Esse projeto de 1 milhão de casas tem certamente um forte subsídio do governo brasileiro, do Tesouro Nacional. Se não tivesse o subsídio, a gente não conseguiria fazer essa quantidade de casas”, disse.
O País foi então mapeado para se determinar a quantidade de casas para cada estado, tendo sempre em mente que era preciso “privilegiar a parte da sociedade que mais dificuldade tinha de ter acesso à casa própria”.
Lula admitiu que o programa levou tempo até engrenar, mas que agora ele está de vento em popa. Alguns estados já estão concluindo suas casas e já pensando nas obras do PAC 2. O presidente chegou a anunciar que pretende premiar os estados que melhor elaboram seus projetos e propostas. Pediu ainda mais atenção à qualidade dos empreendimentos, para dar um mínimo de dignidade às residências entregues à população.
Nos conjuntos habitacionais, tem que ter escolas suficientes para as crianças, arborização para as crianças, tem que ter saneamento básico, posto de saúde, área de lazer, se não cuidar disso, senão a gente pode criar uma favela de tijolo.”
FONTE: publicado no “Blog do Planalto” (http://blog.planalto.gov.br/estamos-provando-que-somos-capazes-de-fazer-as-coisas-bem-feitas/#more-13680).
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