“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse terça-feira (8) que o caso do pseudodossiê contra o pré-candidato presidencial José Serra (PSDB) é "mais uma armação que está em jogo". Lula não disse quem está por trás da armação, mas o governo avalia que o episódio foi tramado por tucanos com personagens já conhecidos do submundo de Brasília.
Muitos deles já estiveram, de uma forma ou de outra, ligados ao ex-governador de São Paulo, José Serra, quando este era ministro da Saúde no governo Fernando Henrique.
"Eu não falo disso porque a matéria que falou do dossiê é uma coisa tão absurda que se algum de vocês parasse 30 segundos para ler, vocês falariam: é mais uma armação que está em jogo", afirmou o presidente, em referência a uma reportagem da revista "Veja", que "denunciou" a suposta tentativa de montagem de um grupo de "arapongas", sob mando do jornalista Luiz Lanzetta, que trabalhava na comunicação da campanha de Dilma. Lanzetta esclareceu, dias depois da matéria ganhar repercussão, que na verdade foram ex-agentes da PF que procuraram a campanha para oferecer serviços de contraespionagem, e que a oferta foi recusada.
Em entrevista coletiva após uma série de eventos em Fortaleza (CE), Lula disse "conhecer as histórias de dossiê do PSDB", mas não entrou em detalhes. Em seguida, disse que não conhece e não está preocupado com o suposto dossiê. "Quem está nervoso, quem está irritado, quem está preocupado, que fique preocupado. Eu estou preocupado em governar o Brasil até o dia 31 de dezembro", disse.
PIMENTEL CONTINUA COORDENANDO CAMPANHA
A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse, por sua vez, em visita à sede da Embraer, em São José dos Campos (SP), que o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, permanece na coordenação de sua campanha, e que a versão de que ele deixaria o comando é uma invenção. "Factoide, é isso", disse a ex-ministra.
Pimentel teve seu nome envolvido pela imprensa [tucana] no episódio do pseudodossiê pois ele é amigo de Lanzetta.
Logo depois da afirmação de Dilma, o deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), outro coordenador da pré-campanha, corroborou a fala da pré-candidata. "O Fernando continua na campanha", afirmou, em sua única declaração no evento.
Dilma também comentou sobre o acordo em Minas Gerais que tornou Hélio Costa (PMDB) o candidato lulista no Estado. "Tanto em Minas como em São Paulo nós temos tido cuidado de levar em conta o interesse do partido nessas regiões. Acho que o PT considera que essa parceria entre o PMDB e o PT estratégica".
Sobre o pseudodossiê, Dilma disse que seria bom que os documentos, caso existam, venham à tona. "Vou reiterar. Tais documentos, se existirem, não foram elaborados pela nossa campanha. Vamos deixar isso claro. Qualquer outra ilação é uma falsidade. Seria bom que aparecessem esses documentos aos quais todo mundo se refere e ninguém demonstrou a existência", disse a ex-ministra, numa velada provocação à oposição.
Já está esclarecido que aquilo que os oposicionistas e a mídia [tucana] nomearam como "dossiê" na verdade é um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr. que revela, com base em documentos oficiais, diversos indícios de corrupção e outras irregularidades cometidas pelo tucanato durante o processo de privatizações ocorridas no governo FHC. (livro “Os porões da privataria”).”
FONTE: publicado no portal “Vermelho”.
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