quinta-feira, 10 de junho de 2010

ONU: BRASIL SE ISOLA POR TER HONESTIDADE DE PROPÓSITO DE PAZ


BRASIL SE ISOLA POR ACREDITAR NO DIÁLOGO DIPLOMÁTICO, NÃO EM SANÇÕES, AMEAÇAS E GUERRAS

POTÊNCIAS ATÔMICAS, SOB AMEAÇA DE ATAQUE DE ISRAEL (atômico?) AO IRÃ (ver artigo “Elo israelense pesa no bastidor da decisão” na 'Folha' de hoje; este blog o reproduzirá mais tarde), APROVARAM RESOLUÇÃO PRÉVIA PARA A GUERRA (mesma fórmula utilizada na preparação da invasão ao Iraque, em busca do controle da produção de petróleo daquele país)

O GLOBO:

“Brasil vota a favor do Irã e se isola dentro da ONU

O Brasil e a Turquia ficaram isolados no Conselho de Segurança da ONU [CS] ao votar contra as sanções ao Irã, aprovadas por 12 dos 15 de seus membros, com abstenção do Líbano.

A nova resolução representa uma derrota para a diplomacia brasileira, que lutou [brilhantemente pelo diálogo, entendimento e paz] até o último momento para adiar a votação.

A medida dificilmente deterá o programa nuclear iraniano [até agora constatadamente limitado a usos pacíficos], mas abre caminho “legal” para que sanções unilaterais mais duras sejam adotadas por EUA e países da EU [assim fizeram contra o Iraque, usando mentirosas “provas” da CIA e de satélites espiões dos EUA de que o Iraque possuía muitas bombas atômicas...].

O presidente iraniano manteve a retórica desafiadora: "Essas resoluções não têm valor. São como um lenço usado, que deve ser jogado na lixeira”. [Há muitos precedentes dessa atitude na região. Israel também ignorou e ignora todas as resoluções da ONU que impedem suas letais invasões e apropriações das terras palestinas](...)

VOTO CONTRA ROMPE TRADIÇÃO

[Brasil rompeu a tradição de humilhante submissão dos membros rotativos às vontades dos EUA e das demais grandes potências atômicas, membros permanentes do CS, predominantemente favoráveis a interesses guerreiros e econômicos norte-americanos e israelenses]

Pela primeira vez, em dez mandatos como membro temporário do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil votou contra uma resolução aprovada pelo grupo de 15. Segundo analistas, a rejeição às sanções aplicadas contra o Irã aumentaria, para o Brasil, a dificuldade de obter assento permanente no órgão [Celso Amorim já externou que a pré-condição de sempre dizer ‘amém’ e ser “simpático” aos EUA para ser membro do CS não interessa ao Brasil].

FONTE: publicado hoje (10/06) no jornal “O Globo” [título, subtítulos, imagem e entre colchetes colocados por este blog]

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