Brizola Neto
“Atenção funcionários e engenheiros da Petrobras, todo cuidado é pouco. Alguém pode estar “plantando” informações mundo afora de que os nossos poços de petróleo marítimos são inseguros e alimentando um zum-zum-zum de que, eventualmente, estaríamos sujeitos a ter de interromper o ritmo de perfuração e de expansão de nosso petróleo.
Eu não maldei, quando na segunda-feira, um repórter da Agência Bloomberg veio me fazer perguntas sobre isso. Devo, aliás, registrar que ele foi absolutamente correto ao registrar o que disse.
Hoje, a mesma Boomberg publica outra matéria, dizendo que a Petrobras é a empresa mais sujeita a riscos de acidentes como o ocorrido com a plataforma da British Petroleum no Golfo do México, cujas dimensões quase todo dia são reavaliadas para pior. O argumento, algo simplório, é o de que a Petrobras responde por 20% de toda a extração de óleo em águas produndas, sendo a líder mundial neste segmento. Por tirar mais, seu risco seria maior.
Acontece que isso não se mede assim, mas pelas práticas de segurança de cada empresa. E a própria imprensa americana reconhece que o Brasil - e a Noruega – são muito mais exigentes nesta matéria que os Estados Unidos.
Não há, repito, nada de errado com o trabalho de reportagem feito pela Bloomberg, do qual tenho muito boa impressão.
Mas é bom ficarmos ligados, porque vem aí a capitalização da Petrobras, um jogo financeiro pesado, que vai envolver perto de US$ 60 bilhões e que, se tudo der ceto, vai permitir à União retormar uma parte do capital da empresa, criminosamente vendido por Fernando Henrique Cardoso.
E isso está deixando muitos interesses contrariados.”
FONTE: escrito por Brizola Neto e publicado em seu blog “Tijolaço”.
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