“SANÇÕES
O site do "New York Times" deu as sanções na manchete, mas dizendo ser "mais uma tentativa". Avaliou como "ampliação modesta" em relação às três rodadas anteriores, aprovadas por unanimidade. Destacou a recusa de apoio por Turquia e Brasil, citando a embaixadora Maria Luiza Viotti. Para o jornal, "de fato, estudos do governo americano questionam sua eficácia", mas, "para além das sanções, a votação abre caminho para medidas mais fortes dos EUA".
O "Washington Post" [WP], sem manchete, deu sublinhando o "dividido Conselho de Segurança". Avaliou não ser "vitória clara" para os EUA e que até Bush obteve mais "unidade internacional". Citou ponto a ponto "O que o Irã ganhou com as sanções". Diz serem "fracas" por permitirem, por exemplo, que a China siga desenvolvendo prospecção e até refinaria no Irã e que a Rússia complete uma usina nuclear no país. E que o apoio de Turquia e Brasil reduziu o isolamento iraniano, em vez de ampliar - e que "China e Rússia estão longe de perdidas" para o Irã.
NEGOCIADORES
Como o "WP", o "Financial Times" não deu manchete para as sanções, noticiando com o destaque "Turquia e Brasil votam contra". Em editorial adiantado ontem, avalia que elas não devem mover o Irã e "ainda é preciso achar a saída", sugerindo "alguma variante do acordo de transferência de combustível". E registra que, "ao votarem contra as sanções, turcos e brasileiros se apresentaram como negociadores confiáveis".
FESTEJANDO
Ainda Festejando "vitória", na declaração enfatizada pela AP [Associated Press], a secretária de Estado dos EUA concedeu que, "no atual esforço diplomático com o Irã, Turquia e Brasil vão continuar tendo papel importante". Manchete do G1, "Brasil ainda tem papel, afirma Hillary".
PIRRO
Na manchete da Folha.com no fim do dia, "Sanções foram aprovadas por birra, diz Lula". Ele falou também que, "como diria o saudoso Leonel Brizola, foi uma vitória de Pirro". No UOL, "Para Lula, sanções são equívoco e enfraquecem Conselho de Segurança".
NO CENÁRIO
Na reportagem "Para analistas, Brasil se firma no cenário mesmo com sanções", a BBC Brasil ouviu de Michael Shifter, do Inter-American Dialogue, que "há reconhecimento generalizado, mesmo dos que dizem que pode ter sido ingênuo, que o Brasil estará envolvido nas grandes questões internacionais" depois do Irã, "questão mais sensível, que envolve segurança". Antes o país se restringia a G20, aquecimento etc.”
FONTE: publicado na coluna “Toda Mídia”, de Nelson de Sá, na Folha de São Paulo [título colocado por este blog].
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