Dilma e Graça Foster
“O vazio de lideranças na coalizão demotucana
obedece a causas diversas, sendo de conhecimento público que alguns de seus
centuriões ardorosos foram destroçados nas urnas, enquanto outros andam às
voltas com as leis.
O tucano Arthur Virgílio, ex-líder do PSDB no
Senado, enquadra-se no primeiro caso; o savonarola da direita linha dura, o
demo Demóstenes Torres, sugestivamente outro ex-líder no Senado
(recém-cassado), exemplifica o destino do segundo grupo.
O dispositivo midiático conservador
exaspera-se. À falta de ventríloquos, busca-se cooptar expoentes do
outro lado, na tentativa de injetar algum gás à oposição. Indispor a
Presidenta Dilma Rousseff com Lula foi a primeira evidência e de ingenuidade
desesperada. O esférico fracasso antecipou a luta jornalística pela
sucessão em 2014: durante semanas, o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o seu partido, o PS, foram
apresentados como rivais de Dilma e do PT. Tiro no pé: Campos desautorizou
especulações e afirmou altivo: sei qual é
o meu lado, apoio a reeleição da Presidenta.
A mais recente ofensiva consistiu em usar a nova
presidente da Petrobras, Graça Foster, como aguilhão para atacar Lula, a
regulação do pré-sal e tudo o que ela enseja como estratégia soberana de
desenvolvimento.
Na 6ª feira, o ovo do chupim plantado em ninho
alheio gorou também. Com a palavra, Graça Foster: "Antes de ser nomeada, participei por quatro anos e meio da diretoria
liderada por Gabrielli (Sergio Gabrielli, presidente da estatal no governo
Lula). Sou parte responsável por tudo (...)
o que saiu de bom é óbvio que a
gente gosta de lembrar; mas tudo o que não está bom é de total responsabilidade
minha também; somos amigos e do mesmo partido. Sou filiada ao PT com o maior
orgulho. Se você abrir a minha carteira, está lá: a carteirinha do PT"
FONTE: cabeçalho
do site “Carta Maior” na 3ª feira, 17/07/2012 (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm)
[Imagem do Google adicionada por este
blog ‘democracia&política’].
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