O
ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (entre julho de 2005 e janeiro de
2012, nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef).
“Estudo de desempenho de alunos da 4a
a 8a série em 49 países mostrou que Letônia, Brasil e Chile foram os
três países com maior avanço no período 1995-2009.
Esses dados fazem parte do relatório
“Achievement Growth International and
U.S. State Trends in Student Performance”, dos professores Eric A.
Hanushek, Paul E. Peterson e Ludger Woessmann, das Universidades de Harvard, Stanford e da Universidade de Munique.
Pelo estudo, os EUA ficaram em 25o
lugar.
Esse relatório foi lançado pelo Programa Harvard Sobre Educação Política e
Governança < http://www.hks.harvard.edu/pepg
> (PEPG).
Os resultados são baseados em 28
testes de matemática, leitura e ciência do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) ao longo do período
1995-2009. Depois disso, os autores determinaram uma média e um desvio padrão
para cada teste, permitindo fixar as tendências.
No caso dos EUA, foram levantados
resultados de 41 estados ao longo de 1992 a 2011.
Nos Estados Unidos, o desempenho tem
melhorado anualmente a uma taxa de 1,6%. Em 14 anos, os ganhos são de 22%, ou
equivalente a um ano de aprendizado.
Já em três países - Letonia, Chile e Brasil - a melhora tem se dado a um ritmo de 4% ao ano. Em outros 8 países - Portugal, Hong Kong, Alemanha, Polónia, Liechtenstein, Eslovénia, Colômbia, Lituânia - a um ritmo duas vezes superior ao dos EUA. Nesses 11 países, os ganhos de aprendizagem correspondem a dois anos.
O estudo constata uma realidade
bastante heterogênea nos EUA. O melhor desempenho foi de Maryland,
seguido da Flórida e de Delaware. Entre os que ficaram acima da média,
Massachusetts, Louisiana, Carolina do Sul, Nova Jersey, Kentucky, Arkansas e
Virgínia.
Em comparação com os ganhos feitos
por alunos de outros países, o progresso "dentro do Estados Unidos é medíocre, não estelar", observa
Peterson, professor de Harvard.
O estudo é crítico em relação à
fixação de metas de educação nos EUA. Em muitos estados fixam-se metas “muitas vezes utópicas e não realistas”.
Até algum tempo atrás eram comuns
promessas como “tornar os EUA o primeiro
do mundo em matemática e ciências até o ano 2000”. Agora, caiu-se na real.
As metas, muitas vezes, são as de, em um prazo de 15 a 20 anos, “trazer os EUA para o nível dos países
líderes em melhoria”.
Em muitos estados, há em andamento
medidas de reforma da educação. Não se encontrou nenhuma correlação
significativa entre aumento dos gastos com educação e ganhos de pontuação no
teste.
Em alguns estados, como Maryland,
Massachusetts, e New Jersey, o aumento de gastos se refletiu na melhoria de
desempenho. Mas o mesmo não ocorreu em Nova York, Wyoming, Virgínia Ocidental.
O estudo separa países que partiram
de bases baixas (como o Brasil) e países já com boa pontuação. E tenta
identificar onde se dá o chamado "catch-up" - processo de recuperar o
tempo perdido. Identificou-se o catch-up na Letônia, Chile e Brasil. Mas também ocorreu em
países já avançados, como Hong Kong e Alemanha.
De qualquer forma, é o
reconhecimento de que o grande esforço das últimas décadas está frutificando.”
FONTE:
portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/reconhecimento-internacional-para-a-educacao-brasileira)
[Imagem do Google adicionada por este
blog ‘democracia&política’]
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