domingo, 12 de julho de 2015

TUCANA "FOLHA" (Jânio) VÊ AÉCIO COMO "PERTURBADO CÔMICO"





JÂNIO ["Folha"] VÊ AÉCIO EM 'CÔMICA ALIENAÇÃO': É 'PERTURBADO'


"O jornalista Jânio de Freitas analisa em seu artigo deste domingo (12) para a [tucana] "Folha" a acusação do senador Aécio Neves (PSDB) contra a presidente Dilma Rousseff, por conta do depoimento do empresário Ricardo Pessoa. Para o colunista, a posição do tucano "fornece uma prova cômica da alienação que aciona o ataque incessante do senador à sua vencedora adversária eleitoral". "A fonte e a espécie de dinheiro que favoreceram a campanha de Dilma foram as mesmas, no dizer do delator premiado, que favoreceram as campanhas de Aécio Neves à Presidência e de Aloysio Nunes Ferreira ao Senado. Se Dilma perdesse o mandato por consequência da afirmação de Ricardo Pessoa, no mesmo dia poderia dar entrada em um pedido de cassação dos mandatos dos senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes, para efeitos judiciais idênticos em fatos iguais", diz.

Do "Brasil 247"

O jornalista Jânio de Freitas analisa em seu artigo deste domingo (12) para a "Folha" a mais recente acusação do senador Aécio Neves (PSDB) contra a presidente Dilma Rousseff, segundo a qual ela estaria pressionando o Tribunal Superior Eleitoral, por conta do depoimento do empresário Ricardo Pessoa. Para o colunista, tal posição do tucano "tem sequer indício de realidade, mas fornece uma prova cômica da alienação que aciona o ataque incessante do senador à sua vencedora adversária eleitoral".

"As boas almas podem entender que Aécio Neves é ingrato. Pode-se achar que são outras as carências que o levaram à ação na Justiça Eleitoral. O certo é que, a haver pressão de Dilma contra a aceitação de Ricardo Pessoa como declarante veraz, Aécio Neves deveria ser o primeiro a manifestar gratidão à presidente. A fonte e a espécie de dinheiro que favoreceram a campanha de Dilma foram as mesmas, no dizer do delator premiado, que favoreceram as campanhas de Aécio Neves à Presidência e de Aloysio Nunes Ferreira ao Senado

Na perturbação das ideias, Aécio e suas forças imitam os militares americanos, craques no que chamam, para abrandar ao menos nas palavras, de "fogo amigo". No caso de Aécio e do PSDB, porém, o fogo é ainda mais consequente: é fogo suicida. Aécio Neves não se deu conta de que, se Dilma perdesse o mandato por consequência da afirmação de Ricardo Pessoa, no mesmo dia poderia dar entrada em um pedido de cassação dos mandatos dos senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira, para obter a sentença de efeitos judiciais idênticos em fatos iguais", avalia.

Neste link [ou a seguir] o texto da "Folha" na íntegra:

"Fogo amigo" e outros fogos

"A mais recente acusação de Aécio Neves a Dilma Rousseff, segundo a qual a presidente estaria pressionando o Tribunal Superior Eleitoral, tem sequer indício de realidade, mas fornece uma prova cômica da alienação que aciona o ataque incessante do senador à sua vencedora adversária eleitoral.

O TSE deverá ouvir Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC/Constran. Conforme um dos vazamentos da delação premiada que está sob alegado "segredo de Justiça" [sic], o empreiteiro afirmou que a campanha de Dilma recebeu doação proveniente da corrupção na Petrobras. Não deu comprovação, mas os oposicionistas consideraram a afirmação suficiente para pedir ao TSE a cassação do mandato de Dilma.

As boas almas podem entender que Aécio Neves é ingrato. Pode-se achar que são outras as carências que o levaram à ação na Justiça Eleitoral. O certo é que, a haver pressão de Dilma contra a aceitação de Ricardo Pessoa como declarante veraz, Aécio Neves deveria ser o primeiro a manifestar gratidão à presidente.

A fonte e a espécie de dinheiro que favoreceram a campanha de Dilma foram as mesmas, no dizer do delator premiado, que favoreceram as campanhas de Aécio Neves à Presidência e de Aloysio Nunes Ferreira ao Senado. Na perturbação das ideias, Aécio e suas forças imitam os militares americanos, craques no que chamam, para abrandar ao menos nas palavras, de "fogo amigo".

No caso de Aécio e do PSDB, porém, o fogo é ainda mais consequente: é fogo suicida. Aécio Neves não se deu conta de que, se Dilma perdesse o mandato por consequência da afirmação de Ricardo Pessoa, no mesmo dia poderia dar entrada em um pedido de cassação dos mandatos dos senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira, para obter a sentença de efeitos judiciais idênticos em fatos iguais.

Também na política, e sobretudo na democracia, não se deve brincar com fogo.

A CPI da Petrobras faz o mesmo. Criada com o fim óbvio de gerar embaraços para Dilma, para o governo e para a empresa, a CPI vai ouvir o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, sobre uma escuta ilegal dentro da Polícia Federal em Curitiba. Ocorre que o grampo na cela de Alberto Youssef, ainda no início da Lava Jato, foi posto e já confessado por agentes da polícia. Sob ordem, disseram, do principal delegado que integra o grupo da Lava Jato.

A PF está mal nessa história. Mas não está sozinha, nem na pior situação. Há notícia de que foram identificados sinais do uso, em inquirições, de falas captadas pelo grampo. Se a escuta ilegal já era um procedimento inadmissível, o seu uso em interrogatório compromete o inquérito. E refuta as acusações dos procuradores aos advogados que apontam práticas ilícitas na Lava Jato.

A CPI de apoio à Lava Jato resulta em puro "fogo amigo".

FMI É "FOGO INIMIGO"

O que nos acena com a salvação, sob os fogos que se cruzam, é a "sabedoria" [sic] do FMI. Dessa vez, expressa por seu economista-chefe, Olivier Blanchard, que, apesar do nome apropriado para enriquecer no Brasil com enfeites em umas comidas mínimas e bobas, ganha do mesmo jeito em outra área. Este ano vai ser "duro" para os brasileiros, adivinha ele no relatório do FMI, mas a política correta fará a economia voltar a crescer já no ano que vem.

Quase no mesmo dia, a economista Laura Carvalho estreou coluna na "Folha". Um aperitivo: "No jogo das projeções econômicas, achar erros ficou fácil demais. Basta dar uma olhadinha, por exemplo, no crescimento projetado pelos relatórios do FMI para a economia grega desde 2008". Gentil, a professora os diz "excessivamente otimistas". Estavam mesmo era arrogantemente errados, apregoando êxito nas imposições do FMI que levaram a Grécia ao naufrágio. O FMI é "fogo inimigo".

Laura Carvalho faz uma pergunta: "Mas por que os economistas erram tanto as suas projeções?". Essa pergunta é fogo. É melhor lembrar de velho bordão: cala-te, boca." 

FONTE: publicado no portal "Brasil 247" com base no texto da "Folha de São Paulo"  (https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/188561/J%C3%A2nio-v%C3%AA-A%C3%A9cio-em-'c%C3%B4mica-aliena%C3%A7%C3%A3o'-e-'pertubado'.htm)  e  (http://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2015/07/1654555-fogo-amigo-e-outros-fogos.shtml). [Título e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

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