[OBS deste 'democracia&política':
A SABESP, privatizada pelo PSDB, muito propalou no Brasil e nos EUA ser "a 4ª do mundo em nº de clientes". Porém, fracassou em fornecer água à cidade de São Paulo. Ela não explicou o detalhe de que tem muitos clientes, mas com torneiras secas. Com a blindagem de toda a grande mídia (tucana), ela coloca a culpa do seu fracasso exclusivamente no clima e no consumidor ("que desperdiça").
Sua propaganda sempre conta maravilhas. Foi mais intensa e dispendiosamente veiculada em todo o território nacional em 2006 e 2010, na época de eleições presidenciais, para obviamente favorecer o candidato tucano paulista.
Incoerentemente com o seu insucesso em planejar e investir para fornecer água à população crescente e nos períodos menos chuvosos, todos os anos a Sabesp distribui gordos lucros. Privatizada pelos tucanos, já distribuiu mais de R$ 4,3 bilhões em lucros para os acionistas (muito mais, pois esse valor não está corrigido monetariamente).
Somente no ano passado, a Sabesp distribuiu R$ 1,9 bilhão de lucro, em grande parte para acionistas nos EUA. Ela é muito generosa. Gentilmente, também doou R$ 500.000 para o ex-presidente tucano FHC (via o iFHC).
Contudo, apesar desse quadro de fartura de dividendos e doações, a Sabesp diz que não tem dinheiro para investir em garantia de suprimento de água. O governador tucano Alckmin pediu ao governo PT de Dilma, e conseguiu, R$ 3,5 bilhões para tentar corrigir, em distante futuro, as falhas de planejamento da Sabesp...
Vejamos a notícia abaixo, generosa com os governos paulistas e com a Sabesp, pois foi publicada no portal UOL, do grupo tucano "Folha", com informações do jornal tucano "O Estado de S. Paulo"]:
11/08/2015
TCE culpa governo do Estado por crise hídrica em SP
Para o Tribunal, "outras medidas poderiam ter sido tomadas anteriormente para que a crise não chegasse ao ponto em que se encontra atualmente".
Relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo afirma que a crise hídrica "é resultado da falta de planejamento das ações da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos" e que os alertas foram dados desde 2004. A pasta nega. De lá para cá, o Estado foi governado pelos tucanos Geraldo Alckmin, José Serra, Alberto Goldman e por Claudio Lembo (então no DEM, atualmente no PSD).
Segundo o relatório, elaborado pela diretoria que analisou as contas de Alckmin em 2014, aprovadas com ressalvas pelo TCE, "outras medidas poderiam ter sido tomadas anteriormente para que a crise não chegasse ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados".
O TCE cita como exemplos a despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, a recuperação da Billings, o combate "mais efetivo" às perdas de água, a exigência de medição individualizada nos prédios, maior proteção aos mananciais, exigência de reúso da água na indústria, comércio e condomínios, financiamento de cisternas, anulação dos contratos nos quais a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) dá tarifas vantajosas a grandes consumidores, além da construção de novos reservatórios.
O tribunal lista ainda diversos relatórios e planos elaborados pelo governo ou pelos comitês de bacias hidrográficas nos 11 anos, que traçam cenários críticos na oferta de água para a região, para afirmar que "não é de hoje que alguns atores envolvidos com a questão dos recursos hídricos alertam sobre o problema da escassez".
O relatório do TCE afirma que o governo Alckmin "deveria ter tomado também medidas efetivas para prevenção e defesa contra eventos hidrológicos extremos", como estiagens severas, e cobra "a estruturação de um plano de contingências específico para eventuais riscos de escassez hídrica".
Criado por Alckmin há seis meses, o "Comitê de Crise Hídrica" ainda não divulgou o plano de contingência, prometido pelo secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, para abril passado. Agora, segundo a pasta, o plano está pronto e será divulgado na próxima reunião do grupo, ainda sem data para ocorrer. Em julho, Alckmin chamou o plano de "papelório inútil" porque ele não será usado.
Em nota, a secretaria afirma que "não se pode afirmar que houve falta de planejamento" porque "o próprio relatório cita o Plano da Macrometrópole, documento elaborado antes desta seca, que aponta soluções para garantir o abastecimento dos grandes centros urbanos paulistas até 2035".
Medidas
Segundo a pasta, "nenhum instituto ou especialista previu a severidade da seca que atingiu a Região Sudeste do país em 2014" e o governo "tomou uma série de medidas para minimizar os impactos desta seca histórica à população", como programa de bônus, obras emergenciais, uso do volume morto, interligação de sistemas, redução da pressão e fiscalização de captações irregulares.
Ainda segundo a pasta, "a Sabesp fez investimentos bilionários para reduzir as perdas de água, e a mancha de poluição do Rio Tietê recuou 160 quilômetros após investimento do governo."
FONTE: publicado no portal UOL do grupo tucano "Folha", com informações do jornal tucano "O Estado de S. Paulo" (http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/08/11/tce-culpa-governo-do-estado-por-crise-hidrica-em-sp.htm). [Título e trechos entre colchetes em azul acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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