segunda-feira, 26 de março de 2012

POLÍCIA INVESTIGA LIGAÇÃO DA “VEJA” COM O MUNDO DO CRIME

“Veja” (Páginas Amarelas) enaltece o senador [parceiro (30%) do bicheiro, segundo a polícia]

Veja” destaca entre os “éticos” [!] o parceiro “30%” do bicheiro (coloca mais alto na foto o baixinho Demóstenes)

Por Luis Nassif

“Não haverá mais como impedir a abertura das comportas: a ‘Operação Monte Carlo’ da Polícia Federal, sobre as atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, chegou até a revista ‘Veja’.

As gravações efetuadas mostram sinais incontestes de associação criminosa da revista com o bicheiro. São mais de 200 telefonemas trocados entre ele e o diretor da sucursal de Brasília Policarpo Jr.

Cada publicação costuma ter alguns repórteres incumbidos do trabalho sujo. Policarpo é mais que isso.

Depois da associação com Cachoeira, tornou-se diretor da sucursal da revista e, mais recentemente, passou a integrar a cúpula da publicação, indicado pelo diretor Eurípedes Alcântara. Foi um dos participantes da entrevista feita com a presidente Dilma Rousseff.

Nos telefonemas, Policarpo informa Cachoeira sobre as matérias publicadas, trocam informações, recebe elogios.

Há indícios de que Cachoeira foi sócio da revista na maioria dos escândalos dos últimos anos.”

FONTE: escrito pelo jornalista Luis Nassif em seu portal  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/operacao-monte-carlo-chegou-na-veja#more) [Título e imagens do Google acrescentados por este blog ‘democracia&política’] [Postagem sugerida pelo leitor Probus].

4 comentários:

Probus disse...

Guga????

O Procurador Geral, o Senador e o bicheiro

Por Luis Nassif

A revelação das ligações do senador Demóstenes Torres com o bicheiro Carlinhos Cachoeira lança uma sombra de suspeita sobre o procurador geral Roberto Gurgel.

Demóstenes foi elemento central na recondução de Gurgel ao cargo de Procurador Geral, desempenhando papel bastante conhecido em assembléias de acionistas.

Nessas assembléias há um estratagema corporativo que consiste em canalizar as insatisfações dos minoritários para um deles. O sujeito esbraveja, fala alto e torna-se o líder da resistência contra os controladores. Depois, à medida em que a AGE avança, ele cede rapidamente aos argumentos dos controladores, esvaziando a reação dos demais.

Demóstenes desempenhou esse papel no processo de recondução de Gurgel ao cargo de Procurador Geral.

Primeiro esbravejou, exigindo de Gurgel a abertura de processo contra Antonio Palocci, ameaçando não votar a favor da sua recondução ao cargo. Depois, recuou, disse que, infelizmente, as alegações de Gurgel - de que não havia nenhum elemento que comprovasse origem ilícita dos recursos de Palocci - eram corretas e só lhe restava acatar a lei.

Independentemente do mérito dos argumentos de Gurgel, os movimentos iniciais de Demóstenes lhe conferiram o papel de líder dos minoritários; e seu convencimento final matou toda a reação contra a indicação do Procurador Geral.

Poderia ser apenas um caso de um Senador procurador reconhecendo o mérito da alegação de outro, não fosse a circunstância de que Gurgel há dois anos estava sentado em cima de um inquérito que denunciava as ligações espúrias de Demóstenes com Cachoeira.

Demóstenes só chegou a essa posição de destaque no Senado, a ponto de ser figura chave na aprovação do Procurador Geral, graças à cobertura que recebia da revista Veja - que, por sua vez, se associou ao bicheiro Carlinhos Cachoeira em diversas denúncias. E foi graças a essa posição de destaque que Demóstenes tornou-se suspeito da mais grave armação contra as instituições desde o Plano Cohen: a farsa do grampo sem áudio.

É importante entender que essa promiscuidade mídia-político-criminoso - que não é generalizada na velha mídia, mas específica da revista Veja - não é apenas um caso de exorbitância jornalística: é algo que ameaça a própria normalidade institucional do país, abrindo espaço inédito para que o crime organizado ascenda aos mais altos escalões da República, constrangendo autoridades diversas. No caso Daniel Dantas, a revista fuzilou reputação de Ministro do STJ que havia confirmado uma liminar contra o banqueiro.

Até agora, apenas alguns blogs, isoladamente, têm atuado como contrapeso a esse poder avassalador de um jornalismo sem limites. Mas somos vítimas de uma judicialização da discussão - com torrentes de ações desabando sobre nós. Em nome de uma visão equivocada sobre os limites da liberdade de imprensa, o Judiciário é condescendente. Quando age, sempre é com enorme atraso, devido aos problemas processuais conhecidos. Os demais veículos se calam antes os abusos da Veja.

Gurgel terá que provar, daqui para diante, sua independência - e não propriamente em relação ao Executivo. E os poderes públicos - especialmente o Judiciário - terão que acordar para a realidade de que, hoje em dia, são reféns da escandalização praticada pelo mau jornalismo. E que a melhor maneira de defender a liberdade de imprensa é expurgar as práticas criminosas que se escondem debaixo do seu manto.

Unknown disse...

Probus,
Obrigada. Excelente artigo esse do Luis Nassif. Essa promiscuidade mídia-político-criminoso- é revoltante. Há muito tempo, já tenho preconceito contra o procurador Roberto Gurgel. Surgiu quando ele começou a ser exageradamente bajulado e destacado pela mídia. Passei a desconfiar de capciosidades.
Maria Tereza

Probus disse...

E há cada dia a história cheira pior...

Veja, Demóstenes e o caso Francisco Escórcio

Por Luis Nassif

No momento em que o senador Demóstenes Torres pede aos seus pares - e a Renan Calheiros - para não ser julgado politicamente, um dos capítulos de sua parceria com a revista Veja: o caso Francisco Escórcio. Revela bem os métodos utilizados, posteriormente, no caso do grampo sem áudio.

Coube a Demóstenes, em combinação com a revista, deflagrar a manipulação, ao dizer que tinha sido informado - por telefonema de Pedrinho Abrão - sobre as intenções de Escórcio de filmar Torres e Marconi Perillo no hangar.

Nas investigações posteriores, Abrão negou peremptoriamente e informou que a razão do telefonema foi outra. De nada adiantou: mais um falso escândalo havia sido gestado na usina de Demóstenes e Veja.

Capítulo 1: cria-se a história de que assessor de Renan teria ido a Goiania espionar Demóstenes.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/veja-demostenes-e-o-caso-francisco-escorcio

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CPI para o brindeiro Gurgel

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/03/27/cpi-para-o-brindeiro-gurgel/

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PT, PSB e PDT
chamam brindeiro às falas

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/03/27/pt-psb-e-pdt-chamam-brindeiro-as-falas/

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Lula quer as duas CPIs.
E o PT ?

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/03/27/lula-quer-as-duas-cpis-e-o-pt/

Unknown disse...

Probus,
Boas indicações.
Amanhã (6ª) farei postagens sobre o assunto.
Obrigada
Maria Tereza