quinta-feira, 31 de maio de 2012

BOMBA ! BOMBA ! VAZOU O VÍDEO DA ‘VEJA’ SOBRE GILMAR !


Do portal “Conversa Afiada”, de Paulo Henrique Amorim

“Vazou no blog “O Cafezinho” o vídeo do encontro que deu origem à matéria da ‘Óia’ !! ['Veja']:



ou http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-wckqQ-N92s

FONTE: portal “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim (http://www.conversaafiada.com.br/video/2012/05/30/bomba-bomba-vazou-o-video-da-veja-sobre-gilmar/).

Protógenes: “DESTA VEZ, A TENTATIVA DE BLINDAR O CRIME ORGANIZADO NÃO DEU CERTO”

Daniel Dantas e Gilmar Mendes

Do Blog do Protógenes:

AO POVO BRASILEIRO:

“Como todos e todas puderam recentemente testemunhar, o ex-presidente do STF, Sr. Gilmar Mendes, fez declarações à revista ‘Veja’, ao site ‘Conjur’, aos jornais ‘Globo’ e ‘Folha de S. Paulo’ nesta semana, repercutido em diversos meios de comunicação, envolvendo o ex-presidente Lula e também o ex-ministro Nelson Jobim. Tanto foi assim que o próprio Gilmar Mendes teve que retificar tais declarações em seguida, na ‘Rede Globo’ em 29/05.

Desta vez a tentativa de blindar o crime organizado não deu certo. Felizmente, o trabalho da CPMI do Cachoeira já transcendeu o poder de obstrução dos corruptos, corruptores e do Sr. Gilmar Mendes. Não adianta mais tentar ganhar no grito ou querer dispersar o foco objetivo da CPMI por meio de mentiras.

Convém lembrar que, há pouco menos de quatro anos, em 2008, quando o mesmo Gilmar Mendes, então presidente do STF, concedeu dois habeas-corpus em 48 horas [!!!] ao banqueiro condenado Daniel Dantas, prévia e devidamente preso por desviar bilhões de reais dos cofres públicos. Inaugurou, naquela época, o “foro privilegiado” para banqueiro bandido.

Naquele momento de crise institucional no Brasil, advindo da “Operação Satiagraha”, a falta de credibilidade na justiça brasileira foi alertada, também, pelo ministro Joaquim Barbosa, ocasião em que abriu o debate na própria corte com o ex-presidente do STF Gilmar Mendes.

Os atos incomuns praticados no STF pelo ex-presidente Gilmar Mendes tinha, então, respaldo de um superpoder judicial acima da lei e da Constituição da República. Hoje ele não tem mais. As coisas mudaram no Brasil. E continuarão mudando.

As afirmações mentirosas e criminosas dirigidas por ele contra mim serão apreciadas em instrumentos próprios e no foro adequado, registrando que não há indícios e documentos que classifiquem qualquer conduta na minha atividade como policial ou parlamentar vinculados ao esquema Cachoeira.

Talvez o destempero, nervosismo e arrogância de Gilmar Mendes se explique ao longo da CPMI do Cachoeira na ampliação da coleta de dados, documentos e informações que aprofundem as investigações com o objetivo final de revelar as infiltrações nos Poderes da República, que ameaçam o Estado Democrático de Direito.

Por isso, é bom lembrar que as mudanças abrem novos caminhos para o futuro, da mesma forma em que resgatam a memória. Assim, retroativamente, podemos desimpedir a evolução de um país que permanece obstruído por um legado de corrupção ética, moral e material. Ressalto, ao final, que a instauração da Comissão da Verdade e do Acesso à Informação dá para entender que a busca pela verdade é a ordem do dia no Brasil de hoje e de amanhã.

Observação: Nota em resposta às seguintes reportagens:

1)  http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2012/05/28/em-entrevista-gilmar-confirma-pressao-de-lula/
2)  http://www.conjur.com.br/2012-mai-27/comportamento-lula-indecoroso-avaliam-ministros-supremo
3)  http://oglobo.globo.com/pais/lula-sobre-encontro-com-mendes-meu-sentimento-de-indignacao-5049209

FONTE: escrito pelo Deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e publicado no portal “Viomundo”  (http://www.viomundo.com.br/politica/protogenes-desta-vez-a-tentativa-de-blindar-o-crime-organizado-nao-deu-certo.html) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

Jogo de interesses: GILMAR E DEMÓSTENES, CACHOEIRA E VEJA: "TUDO A VER"


Por Ricardo Kotscho, no blog "Balaio do Kotscho"

“Para entender este misterioso encontro de Lula com Gilmar Mendes no apartamento de Nelson Jobim, o novo escândalo denunciado pela revista “Veja” com o único objetivo de atingir o ex-presidente da República e o PT, uma verdadeira obsessão do seu proprietário, é preciso recuar um pouco no tempo.

3 de setembro de 2008. A mesma revista denunciou que o mesmo Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, foi grampeado numa conversa com um senador da República pela Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN, então dirigida pelo delegado Paulo Lacerda.

E quem era o senador? Ninguém mais, ninguém menos do que Demóstenes Torres, que era do DEM de Goiás, promovido pela revista em suas “páginas amarelas” como caçador de corruptos, aquele mesmo que depôs terça-feira na CPI do Cachoeira, o “empresário de jogos” que é seu amigo e parceiro nos negócios, como revelou a “Operação Monte Carlo” da Polícia Federal.

Em 2008, como agora, também se criou enorme crise em Brasília, capaz de abalar os alicerces da República e ameaçar a independência entre os poderes. Gilmar chegou a marchar ao lado de outros ministros do STF até o Palácio do Planalto para “chamar o presidente Lula às falas”.

Até hoje, o áudio do grampo não apareceu. A revista “Veja” nunca mais tocou no assunto. O delegado Paulo Lacerda, da Polícia Federal, que tinha comandado a prisão de PC Farias e a investigação que levou ao impeachment de Fernando Collor, foi suspenso das suas funções e depois perdeu o cargo, sendo obrigado a se exilar como adido policial da nossa embaixada em Portugal.

Lula terminou tranquilamente seu governo, após inúmeras outras crises políticas que nasceram e morreram na imprensa, com mais de 80% de aprovação popular, o maior índice já registrado por qualquer presidente da República.

Gilmar é amigo de Demóstenes, que é amigo de Carlinhos Cachoeira, o grande contraventor que é “fonte” das reportagens de “Veja”, a ponta de lança do “Instituto Millenium”, que fornece munição para os demais veículos vindos a reboque.

Podem variar os enredos e os personagens, mas o “modus-operandi” da turma é sempre o mesmo. Conhecendo, como conhece, Gilmar Mendes e seus amigos na imprensa, que sempre darão a versão dele sobre os fatos (ou não fatos), o que não consigo entender é como Lula entrou nessa fria, aceitando um encontro secreto na casa do ex-ministro Nelson Jobim, amigo de ambos.

Só estavam os três no encontro e, até agora, não se falou em gravações de áudio ou vídeo, a especialidade da equipe de arapongas de Cachoeira comandada por Jairo Martins, cujo nome também apareceu no grampo sem áudio de 2008.

Lula e Jobim desmentiram a versão publicada pela “Veja”, segundo a qual Gilmar Mendes teria sido “constrangido” pelo ex-presidente a adiar o julgamento do mensalão, em troca de uma blindagem do ministro do STF na CPI do Cachoeira.

Outro fato bastante estranho nessa história é que Gilmar Mendes tenha levado um mês curtindo sua perplexidade antes de chamar os repórteres da “Veja”, a quem disse, depois de “decodificar” os recados: “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”.

O ex-presidente só respondeu à reportagem da revista na noite de segunda-feira, quando o assunto já havia tomado conta de todos os noticiários desde sábado.

Meu sentimento é de indignação”, reagiu Lula, que confirmou ter participado do encontro na casa de Jobim, mas qualificou de inverídica a versão publicada pela revista “Veja”.

Tem certas coisas que a gente nunca vai saber como de fato aconteceram. Melhor seria, com certeza, se não tivessem acontecido.”

FONTE: escrito por Ricardo Kotscho, no blog “Balaio do Kotscho”. Transcritto no blog “Escrivinhador”  (http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/gilmar-e-demostenes-cachoeira-e-veja-tudo-a-ver.html#more-13876). [Imagens do google adicionadas por este blog ''democracia&política']

OS PROJETOS PRIORITÁRIOS DA MARINHA

Da Revista “Adesguiano”

Por Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, Comandante da Marinha

“A Marinha do Brasil tem a missão de preparar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir para a defesa da Pátria e de atender as suas atribuições subsidiárias previstas em Lei, com ênfase naquelas relacionadas à Autoridade Marítima.

Para cumprir essas tarefas, a Força vem se empenhando em defender e monitorar as fronteiras marítimas e fluviais do Brasil e em manter a segurança da navegação. Para tal, deve atuar na “Amazônia Azul”, que engloba litoral de 8.500 km, com cerca de 40 portos, e dimensões da ordem de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, além de extensa malha hidroviária, com 40.000 km de rios navegáveis, dos quais 20.000 km na Bacia Amazônica; bem como imensa área de busca e salvamento marítimo, que corresponde a uma vez e meia o nosso território.

Portanto, as responsabilidades são imensas, que incluem a vigilância dessas águas, a segurança da navegação e a segurança da vida humana no mar.

Para dar continuidade a essas ações, estão sendo desenvolvidos os projetos prioritários, abaixo elencados, que permitirão que a Marinha disponha de meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais que assegurem a indispensável proteção das porções marítima e fluvial de interesse para o País:

- O Programa Nuclear da Marinha (PNM) e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) serão abordados em artigos separados, atendendo à solicitação da editoria da revista;

- Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER) - contempla a obtenção de cinco navios escolta, cinco navios-patrulha de 1800 toneladas e um navio de apoio logístico, que deverão ser construídos no Brasil por meio de associação entre estaleiro projetista internacional com um ou mais estaleiros brasileiros, em contratos comerciais amparados por Acordos Governamentais, nos quais se estima que sejam gerados empregos diretos e indiretos, além da capacitação dos estaleiros nacionais e da transferência de tecnologia;

- Programa de Obtenção de Navios-Patrulha - abrange a construção de quatro navios-patrulha de 200 toneladas que terão capacidade de operar na área marítima e nos rios da Amazônia; de quarenta e seis navios-patrulha de 500 toneladas para o apoio às atividades de Inspeção Naval e de fiscalização no Mar Territorial, Zona Contígua e Zona Econômica Exclusiva, em conformidade com a legislação brasileira; e de doze navios-patrulha oceânicos de 1800 toneladas, que são navios de maior porte e de maior capacidade de permanência no limite das Águas de Jurisdição Brasileiras, que inclui a zona de explotação de petróleo da camada do “Pré-Sal”.

Desse modo, a Força poderá dispor de meios apropriados em apoio aproximado à segurança de grandes eventos internacionais, que serão sediados em nosso País, destacando-se: a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (RIO + 20), este ano; a Jornada Mundial da Juventude Católica, em 2013; a Copa do Mundo de Futebol, em 2014; e os Jogos Olímpicos Mundiais, em 2016, uma vez que os navios terão capacidade de receber um helicóptero de médio porte e duas lanchas rápidas para interceptação de embarcações;

- Sistema de Gerenciamento da “Amazônia Azul” (SisGAAz) - para o monitoramento e o controle de nossas águas jurisdicionais e a realização de operações de Socorro e Salvamento, a Marinha está desenvolvendo o “Sistema de Gerenciamento da ‘Amazônia Azul’” (SisGAAz), que será integrador de vários sistemas, proporcionando modernização da atual estrutura de Comando e Controle e provendo complexa e abrangente vigilância, proteção e defesa, composto por meios operacionais e por diversos tipos de sensores que integrarão as redes de informação e de apoio à decisão.

Todos os dados reunidos nos vários níveis de atuação contribuirão para a obtenção de acurada compilação situacional da área marítima coberta por esse sistema. Isso possibilitará à Força rápida reação a eventuais ameaças detectadas e identificadas, contribuindo para a proteção e a defesa dessa nossa imensa área marítima; -

- Projeto “Amazônia Segura” - o incremento do Poder Marítimo observado nos últimos anos, decorrente do desenvolvimento do comércio exterior brasileiro, das atividades de pesquisa e exploração de petróleo e gás, do turismo náutico e da pesca gera, na mesma proporção, a ampliação dos serviços exigidos das Organizações Militares componentes do “Sistema de Segurança do Tráfego Aquaviário” (SSTA), isto é, as Capitanias, Delegacias e Agências. Para fazer frente a esse aumento, foi desenvolvido o Projeto “Amazônia Segura”, que consistirá em ampliação das atividades nas regiões Amazônica e Centro-Oeste, adensando a presença nas fronteiras e nas grandes bacias fluviais dos rios Amazonas e Paraguai-Paraná, empregando, para isso, navios-patrulha e navios-transporte, ambos com capacidade de operação com helicópteros e adaptados ao regime das águas, priorizando a mobilidade e a logística nessas singulares regiões.

Desse modo, serão necessárias a criação e a elevação de categoria de Capitanias, Delegacias e Agências Fluviais; a construção de navios apropriados; e a criação de batalhões de operações ribeirinhas;

2ª Esquadra e a 2ª Força de Fuzileiros da Esquadra - não só por razões históricas, a nossa Esquadra foi instalada no Rio de Janeiro, mas também, em face à concentração do poder econômico do País junto ao litoral das regiões Sudeste e Sul, bem como em razão da proximidade com as maiores bacias petrolíferas marítimas.

Com a ampliação dos meios e a crescente importância estratégica das regiões Norte e Nordeste, foi visualizada a necessidade da Força possuir uma 2ª Esquadra e uma 2ª Força de Fuzileiros da Esquadra que serão responsáveis pela proteção da foz do rio Amazonas.

A implantação desse Projeto necessitará de apoio dos setores governamentais Federal, Estadual e Municipal, por se tratar de objetivo de magnitude estratégica, com a necessidade de se obter, também, a parceria de empresas privadas que permitam alavancar recursos para implantação das obras civis no prazo de 10 anos.

Com isso, a Força estará contribuindo, também, para a geração de empregos e o aumento da arrecadação; o desenvolvimento da construção civil; e o desenvolvimento da indústria e do setor do comércio.

Ao abordar esses projetos considerados prioritários, é possível constatar que a Marinha está buscando atingir metas ambiciosas, tendo sido tomadas medidas com vistas à consolidação de Força equilibrada e balanceada, à altura de suas atribuições constitucionais e da crescente relevância político-estratégica do Brasil no cenário internacional.”

FONTE: escrito pelo Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, Comandante da Marinha, na Revista “Adesguiano”. Artigo transcrito no site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/naval/noticia/6215/Os-projetos-prioritarios-da-Marinha).

TELEBRAS E EMBRAER CONSTITUEM EMPRESA PARA CONSTRUÇÃO DO 1º SATÉLITE GEOESTACIONÁRIO BRASILEIRO


“A Telebras e a Embraer assinaram terça-feira (29) acordo de acionistas para constituição da “Visiona Tecnologia Espacial S.A.”, empresa que será responsável pela construção do primeiro satélite geoestacionário brasileiro. O equipamento servirá para o setor de telecomunicações e para a defesa nacional. A Embraer será acionista majoritária do projeto, com 51% do capital social, e 49% serão da Telebras.

O satélite deverá atender às necessidades de comunicação via satélite do governo federal, incluindo o “Programa Nacional de Banda Larga”, além de transmissões estratégicas de defesa. A empresa “Visiona” terá sede no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), onde também assumirá o papel de líder do “Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Espaciais”.

O projeto de construção do satélite tem custo estimado em R$ 716 milhões, e a expectativa do governo é colocar o satélite em órbita em 2014.”

FONTE: reportagem de Sabrina Craide, repórter da Agência Brasil (edição de Lana Cristina)  (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-05-29/telebras-e-embraer-constituem-empresa-para-construcao-do-primeiro-satelite-geoestacionario-brasileiro) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

EUA INTRODUZEM CONTROLE TOTAL DA INTERNET


Da “Voz da Rússia”

“Mesmo se você tem paranóia, tal não significa que ninguém lhe espia, pelo menos na Internet. E, mesmo se tem saúde absoluta, pelo visto, é espiado de qualquer modo.

Se tiver dúvida, basta conhecer a lista de palavras utilizadas pelo Ministério de Segurança Nacional (MSN) dos Estados Unidos (The Department of Homeland Security) para monitorar sites e redes sociais na Internet.

No sábado passado, o jornal britânico “The Daily Mail” publicou essa lista, comunicando que o MSN foi obrigado a divulgar esse documento após exigência da organização de interesse público “Electronic Privacy Information Center” (centro informativo de proteção da privacidade na rede).

A lista composta por centenas de palavras e frases feitas é impressionante. É difícil supor que o emprego de tais palavras como “México” ou “China” por particulares no Facebook seja captado por programas especiais. A lista inclui praticamente todo o Oriente Próximo – Iraque, Irã, Afeganistão, Paquistão, Iémen -, assim como a Coreia do Norte, Colômbia e Somália.

O princípio de seleção é compreensível: a lista é dividida em tais categorias como “segurança interna”, “segurança nuclear”, “saúde e gripe aviária”, “segurança infraestrutural”, “terrorismo” e outras. Compreende, também, a presença de expressões e palavras-chave, tais como “bomba suja”, “reféns”, “sarin”, “jihad”, “Al-Qaeda”. Mas, ao lado, encontram-se palavras do léxico habitual de qualquer usuário pacífico da Internet – “nuvem”, “neve”, “carne de porco”, “químico”, “ponte”, “vírus”…

Pode ficar sob vigilância o autor do post sobre o Smart, carro popular na Europa, ou aquele que faça mencionar a história sobre Caim e Abel. Destaque-se que se monitora o próprio termo de “rede social”, ligado, praticamente, a tudo que se utilize pela rede mundial.

Os peritos do “Electronic Privacy Information Center” consideram que a lista inclui muitas palavras que tenham sentidos diferentes, o que ameaça as garantias concedidas pela Primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos, que proclama a liberdade de expressão.

O Ministério de Segurança Nacional aceita, em certo grau, essas críticas. Segundo o secretário de imprensa do departamento, Matthew Chandler, é necessário considerar os algoritmos de programas de pesquisa. Ao mesmo tempo, em entrevista à edição eletrônica “Huffington Post”, Chandler declarou que a atividade do monitoramento da Internet se encontra na etapa inicial, sendo voltada para "prevenir o terrorismo" e "controlar cataclismos naturais". Por outro lado, o responsável rejeitou quase automaticamente as suspeitas de o ministério ter utilizado as suas potencialidades para controlar a dissidência. Contudo, a julgar pela atividade do “Electronic Privacy Information Center”, não todos concordam com ele.

Ao mesmo tempo, o monitoramento da Internet e das redes sociais seria muito difícil sem a interação com líderes das tecnologias informativas. A “Forbes” escrevia, nesse contexto, que, pelo visto, o Ministério de Segurança Nacional tem certos acordos com tais companhias como Google, Facebook, Twitter e outras, que permitem obter acesso a alguns programas de computador e controlar a Internet em regime próximo de tempo real.

Entretanto, as maiores companhias dispõem de informações gigantescas sobre usuários da sua produção. No ano passado, tornou-se pública uma investigação do “Wall Street Journal”, conforme a qual o Google e a Apple recolhem, como se verificou, a informação sobre o paradeiro de seus clientes, não apenas através de “gadgets” portáteis, mas também com a ajuda de PC. Segundo a edição, a Apple guarda os dados sobre deslocamentos de seus usuários através de seus computadores Macintosh ligados à rede Wi-Fi. O Google faz o mesmo através de PC cujos proprietários entrem na Internet através do browser Google Chrome. Como destaca o jornal, as duas companhias declaram que a conservação desses dados é estritamente confidencial e que elas “não têm quaisquer intenções secretas”.

MAS TAL SIGNIFICA QUE, DE QUALQUER MODO, VOCÊ É ESPIADO.

Pergunte-se, contudo, quão amplas são, geograficamente, as potencialidades do “Big Brother”, descritas ainda em 1949 no romance de George Orwell “1984”.

Na semana passada, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, declarou que especialistas quebraram com êxito o sítio da Al-Qaeda no Iêmen e lá instalaram sua informação. Essa declaração foi qualificada como o primeiro reconhecimento de que os Estados Unidos efetuam operações cibernéticas. Mas é importante, também, a envergadura global da atividade que não reconhece fronteiras e barreiras linguísticas.”

FONTE: publicado pelo “Voz da Rússia”. Transcrito no site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/cyberwar/noticia/6225/EUA-introduzem-controle-total-da-Internet).

RÚSSIA E CHINA REAFIRMAM OPOSIÇÃO À INTERVENÇÃO MILITAR NA SÍRIA


RÚSSIA REITERA QUE VETARÁ INTERVENÇÕES MILITARES NA SÍRIA

A Rússia vetará qualquer iniciativa destinada a uma intervenção militar estrangeira na Síria que seja levada ao Conselho de Segurança da ONU", assegurou ontem, quarta-feira, o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Gennady Gatilov.

"Sempre dissemos que estamos categoricamente contra qualquer ingerência no conflito sírio, porque isso só agravaria a situação e teria consequências imprevisíveis, tanto para a Síria como para toda a região", declarou Gatilov.

O diplomata russo respondeu assim ao novo presidente francês, François Hollande, que não exclui a possibilidade de intervenção armada na Síria para pôr fim à repressão do regime de Bashar al-Assad.

Gatilov também apontou que seria precipitado convocar reunião do Conselho de Segurança para adotar novas sanções contra o regime de Assad, tal qual propôs o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle.

"A aprovação de novas medidas de pressão seria precipitada neste momento. É preciso dar oportunidade à realização do plano de paz de Kofi Annan e é importante que todos os jogadores externos, incluídos nossos parceiros ocidentais, exerçam influência de maneira oportuna sobre a oposição (síria)", manifestou Gatilov.

Moscou acredita na declaração para a imprensa aprovada pela sessão urgente do Conselho de Segurança, que se reuniu após o massacre na localidade de Al Houla, na última sexta-feira, no qual foram assassinados mais de 100 civis.

"A declaração para a imprensa do presidente do Conselho de Segurança sobre os trágicos fatos de Al Houla foi sinal suficientemente forte para as partes sírias e é uma reação suficiente do Conselho aos últimos eventos nesse país", indicou Gatilov.

O vice-ministro da Chancelaria russa manifestou que a comunidade internacional deve estudar a aplicação de novos mecanismos de controle para garantir o cumprimento do plano de regulação do conflito do enviado especial da ONU para a Síria, Kofi Annan, em vigor desde 12 de abril.

"É possível que seja necessário analisar, mais uma vez, como colaboram os observadores da ONU e pensar em mecanismo adicional para implementar o plano de Annan", disse Gatilov.

CHINA REAFIRMA OPOSIÇÃO À INTERVENÇÃO MILITAR NA SÍRIA

A China reiterou ontem, quarta-feira, sua oposição a uma intervenção militar na Síria e deu novamente apoio à mediação do enviado internacional Kofi Annan, em meio à indignação global pelo massacre de 108 pessoas, incluindo dezenas de crianças, numa cidade síria.

"A China se opõe à intervenção militar e não apoia mudança forçada de regime", disse Liu Weimin, porta-voz da chancelaria chinesa. "A rota fundamental para resolver (a crise) ainda é que todos os lados apoiem totalmente os esforços de mediação feitos por Annan." Sobre o massacre, Liu disse que "a China acredita que deveria haver minucioso inquérito, e que os assassinos sejam levados à Justiça".

O chefe dos observadores da ONU na Síria disse que o massacre na localidade de Hula "parece" ter sido cometido por milícias pró-governo, [opinião pretexto] que aumentou a pressão sobre os governos ocidentais por uma intervenção. Governos árabes e ocidentais contrários ao regime de Bashar al-Assad atribuíram as mortes integralmente ao governo, que rejeitou a acusação e apontou militantes islâmicos como responsáveis pelo massacre, um dos piores incidentes em 14 meses de rebelião contra Assad.

Na terça-feira, o presidente da França, François Hollande, disse que intervenção militar não poderia ser descartada se tiver o apoio do Conselho de Segurança da ONU. A China e a Rússia, porém, já vetaram duas resoluções do Conselho que imporiam medidas duras contra Assad.

O vice-chanceler russo, Gennady Gatilov, disse ontem, quarta-feira, à agência de notícias “Interfax” que seria prematuro considerar novas medidas no âmbito do Conselho.

A China tem, repetidamente, expressado a tese de que intervenção internacional agravaria a situação síria. O popular tablóide “Global Times”, publicado pelo Partido Comunista, disse em editorial que "metade da população síria permanece leal a Assad, e erradicar esse apoio será causar dor inenarrável ao povo sírio".

"O Ocidente não deve esperar a cooperação da China e da Rússia se insistir em ditar seus próprios valores e padrões ao mundo de qualquer maneira. Ao invés disso, irá encontrar a China e a Rússia no seu caminho", disse o editorial.”

FONTE: site “DefesaNet” com informações das agências de notícias EFE (espanhola) e “Reuters” (norte-americana)  (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/6221/Russia-e-China-reafirmam-oposicao-a-intervencao-militar-na-Siria) [Mapa do Google e trecho entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

quarta-feira, 30 de maio de 2012

POR QUE GILMAR MENDES, DO STF, NÃO MOVEU AÇÃO CONTRA LULA?

O estranhíssimo Gilmar Mendes



“Estranhíssimo que um ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente do mesmo STF vaze conversa reservada com um ex-presidente da República. Muito mais estranho: se a conversa teve tal gravidade, por que Gilmar Mendes não reuniu o tribunal no dia seguinte e não denunciou o fato? Por que não fez uma representação contra Lula? Era o seu dever. Por que esperou um mês para se dizer “indignado”?

É digno de um ministro, ex-presidente do Supremo, vazar através da imprensa informações desse teor? Se é que são verdadeiras. Se era para revelar, por que ele mesmo não revelou? Por que esperou a “Veja” fazer o trabalho para, só então, numa tabelinha, dizer o que disse?

Nelson Jobim, também ex-presidente do Supremo, em entrevista ao jornal “Zero Hora”, negou que o “Mensalão” tenha sido tema da conversa. Contou Jobim: "Foi uma conversa institucional. Não teve nada nos termos em que a ‘Veja’ está falando".

Perguntado sobre a hipótese de Lula e Gilmar terem conversado reservadamente, Jobim negou: "Não, não, não".

E por que a revista “Veja”? O que já produziu para a história o quarteto “Veja”, Gilmar, Jobim… e Lula? Em 3 de setembro de 2008, acompanhado de outros ministros do Supremo, Gilmar Mendes foi ao Palácio. Para, como disse então, "chamar às falas o presidente" Lula.

Isso porque a mesma “Veja” havia publicado capa sobre grampos. E informado que Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres tinham sido grampeados.

O grampo nunca existiu. Mas a cobrança de Gilmar, nisso auxiliado pelo mesmo Jobim, então ministro da Defesa, levou à queda de Paulo Lacerda e diretores da ABIN. Mais grave: reverberado por colunas amestradas, o grampo que nunca existiu foi a arma usada para atacar a “Operação Satiagraha”. Aquela que prendeu Daniel Dantas.

O campo para os ataques foi a CPI dos Grampos. CPI presidida pelo deputado Marcelo Itagiba. Itagiba, que teve ajuda do presidente do banco de Daniel Dantas para sua campanha. Tudo sempre muito estranho. Ou, muito claro...

Estranho, por exemplo, que Demóstenes Torres, o mesmo da CPI do Cachoeira, tenha empregado em seu gabinete uma enteada de… Gilmar Mendes.

Aliás, depois disso tudo, o ministro Gilmar Mendes ainda se considera habilitado para votar no caso Mensalão? Esse gesto do ministro se torna, obviamente, uma declaração de voto antecipada.

Mais um fato estranho: por que Lula, tão experiente, tão rodado, põe-se outra vez numa conversa do gênero com Jobim e Gilmar Mendes? A assessoria de Lula negou o que Gilmar Mendes diz que ele disse. Se disse, ou tivesse dito, isso seria um desastre.

De qualquer forma, o ex-presidente Lula cometeu, ao menos, um erro político. Não bastaram o “grampo que não existiu” e a atuação anterior desse triunvirato Gilmar Mendes, Jobim e Demóstenes Torres?

O que Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal, foi fazer no escritório de um advogado, Jobim, e com um ex-presidente da República?

E por que, ainda e mais uma vez, Lula confiou em… Gilmar Mendes?”

FONTE: Por Bob Fernandes, que foi redator-chefe de “CartaCapital”. Trabalhou em “IstoÉ” (BSB e EUA) e “Veja”. Repórter da “Folha de S.Paulo” e “JB”, fez "São Paulo, Brasil" no “GNT/TV Cultura”. Comentarista da “TV Gazeta” e “Rádio Metrópole” (BA). Postado no portal “Terra Magazine”   (http://terramagazine.terra.com.br/bobfernandes/blog/2012/05/29/por-que-gilmar-mendes-do-stf-nao-moveu-acao-contra-lula/).

Maierovitch: GILMAR MENDES PODE TER COMETIDO CRIME CONTRA A HONRA DE LULA

Gilmar Mendes e Lula

Por Wálter Maierovitch, na revista “CartaCapital”

Jurista e professor Wálter Maierovitch
“Lula negou o teor da conversa informada pela revista ‘Veja’ e ‘confirmada’ pelo ministro Gilmar Mendes. Ou, como fazia Cachoeira, ‘plantada’ por Gilmar Mendes junto à revista ‘Veja’.

Essa negativa de Lula, que se diz indignado, foi apoiada pelo ex-ministro Nelson Jobim, em entrevista à mídia gaúcha.

O gaúcho Jobim sustenta ter dito à revista “Veja” que não ocorreu nenhuma conversa sobre adiamento do julgamento do Mensalão e nem sobre chantagem atribuída a Lula com promessa de blindagem de Mendes junto à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Blindagem em face do fato, sustentado [perguntado] por Lula, de o ministro Mendes ter estado em Berlim na companhia do senador Demóstenes Torres, seu amigo, e com despesas pagas por Cachoeira.

O certo é que, no dia 26 de abril deste ano, na parte da manhã e no escritório de advocacia de Nelson Jobim, houve encontro entre Lula, Gilmar Mendes e o referido Jobim. Por evidente, ocorreu uma motivação para esse encontro e ela não está clara, pois, até agora, só existe o relato de Gilmar Mendes.

Não foi coincidência, ou melhor, de repente ter aparecido Lula, sem que Jobim e Gilmar Mendes soubessem. Como ensinou o psicalista Carl Gustav Jung, coincidências não existem. Em outras palavras, houve um encontro agendado. E Mendes se disse surpreso ao perceber que o objetivo era convencê-lo sobre o adiamento do julgamento do Mensalão, com chantagem de quebra.

Como o encontro não foi gravado pelo pessoal do Cachoeira, fica a palavra isolada de Gilmar Mendes.

Na coluna do jornalista Bastos Moreno, no jornal “O Globo”, está dito que Gilmar Mendes, ao sair do escritório de Jobim, foi, enfurecido, a uma reunião com a cúpula dos Democratas. Talvez, entre os Democratas, o ministro Mendes possa buscar testemunhos e isso caso tenha confidenciado a razão da fúria mencionada na matéria do colunista do jornal “O Globo”.

À época, da cúpula dos Democratas participava Demóstenes Torres, já pego em mentira perpetrada em dupla com Gilmar Mendes, no grotesco episódio do “grampo sem áudio” e que resultou, por pressão de Gilmar e contentamento do banqueiro Daniel Dantas, na queda do delegado Paulo Lacerda da direção da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

A propósito, Mendes diz que “chamaria às falas Lula”, e Jobim, em socorro ao seu então pupilo Mendes, inventou a história, desmentida pelas Forças Armadas, de empréstimo de equipamento de interceptação telefônica à Agência Brasileira de Inteligência.

Como magistrados estão proibidos de exercitar política partidária, representando a desobediência grave infração aos deveres impostos na “Lei Orgânica da Magistratura Nacional’, a presença de Gilmar Mendes na reunião dos Democratas mostra mais uma das suas pantagruélicas atrapalhadas.

Lamentavelmente, o STF se acha acima do “Conselho Nacional de Justiça” e, nesse episódio, só de um “impeachment” se pode cogitar. Mas, aí, mais uma vez, virá a caneta salvadora do presidente José Sarney que, apesar de amizade notória com Mendes, não se dará por impedido e determinará o arquivamento do pedido de “impeachment”, como já ocorreu uma vez.

Necessário esclarecer que a proibição de participação de magistrados em atividades político-partidárias não se resume à inscrição em quadros. É proibida toda e qualquer participação política-partidária.

A propósito, convém lembrar que, em plena campanha presidencial, foi flagrada uma ligação telefônica do candidato Serra a Mendes, que teria por objeto, depois de chamado por Serra de “meu presidente”, um pedido de orientação com finalidade eleitoral pouco elevada.

Sobre atividades de Gilmar Mendes em Diamantino, sua cidade natal e em apoio ao irmão que é prefeito da cidade, matéria publicada na revista “Carta Capital” mostra, da sua parte, a inobservância à proibição prevista na “Lei Orgânica da Magistratura”.

Como os fatos atribuídos a Lula foram negados por ele e, também, pela testemunha única do episódio [Jobim], poderá sobrar para Gilmar uma ação de iniciativa privada por crime contra a honra.

No caso, Gilmar ofendeu a honra de Lula atribuindo-lhe fatos ofensivos à honra subjetiva e objetiva. Fosse Lula presidente, a ação seria pública condicionada à representação do ministro da Justiça. Como não é mais, a ação é de iniciativa privada.

Para arrematar, o decano dos ministros do STF, ministro Celso de Mello, saiu, com base em presunções e conjecturas, em defesa de Gilmar Mendes e a censurar Lula. Interessante ter partido da [suposição de] veracidade do informado por Gilmar Mendes. Na hipótese de linha inversa, de Gilmar Mendes ter faltado com a verdade, Celso de Mello chegaria a conclusões terríveis e, ainda, com a agravante de o seu colega Mendes já ter sido apanhado em mentira, com trânsito em julgado.

Sobre o acontecido, o placar aponta para vitória de Lula por 2×1.

Nelson Jobim

Como Jobim é inconfiável, não haverá surpresa se voltar atrás. Certa vez, depois de ter confessado, em livro laudatório e autopromocional, a colocação de artigos na Constituição sem consulta aos demais deputados constituintes, Jobim recuou. Aí, e como Ulisses Guimarães estava morto, o ex-ministro Jobim falou que estava autorizado por ele.

Pano rápido. Lula deve explicações. E deveria propor uma ação penal de iniciativa privada, por crimes contra a honra, contra Gilmar Mendes. Até para, desse episódio de ‘bas-found’ parisiense de quinta categoria, ficasse a verdade processual como registro.”

FONTE: escrito por Wálter Maierovitch, na revista “CartaCapital”. O autor é jurista e professor; foi desembargador no TJ-SP. Artigo transcrito no portal “Viomundo”  (http://www.viomundo.com.br/denuncias/maierovitch-gilmar-mendes-pode-ter-cometido-crime-contra-a-honra-de-lula.html). [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].

Santayana: QUIS GILMAR EVITAR UM INCÊNDIO ?


“O portal ‘Conversa Afiada’ reproduz artigo de Mauro Santayana, extraído do ‘JB online’:

UM ENCONTRO COMUM E A FALSA CRISE

Por Mauro Santayana

“Tentemos examinar os fatos – como eles estão sendo narrados. Admitamos, como certo, por ser possível, ainda que pouco provável, o divulgado diálogo de Lula com o Ministro Gilmar Mendes, no escritório do advogado Nelson Jobim, amigo de ambos – mesmo que Jobim o tenha desmentido e de forma definitiva. A versão de Gilmar é a de que Lula lhe falou na necessidade de adiar-se o julgamento, pelo STF, do processo de que são réus, entre muitos outros, alguns membros do PT, e que tenha lembrado a Gilmar a ainda não esclarecida viagem do Ministro e do Senador Demóstenes Torres a Berlim.

Até aqui, tudo no terreno do possível, nada há de estranho, nem qualquer deslize da parte de Lula. Sendo negócio de homens, e não de anjos, a política, desde que o mundo existe, é conversa, que admite pressões e contrapressões. E o ato político se faz, para o bem e para o mal, mediante pactos. Nada se pactua sem conversa prévia, mesmo que isso desagrade a muitos cidadãos. Não houvesse pactos políticos sigilosos, a História seria sempre um rio fétido de sangue.

Nós temos, na crônica quase recente do país, o processo de redemocratização como exemplo dos pactos sigilosos. Foi necessário que, de um e de outro lado, os moderados se movessem e conversassem, quase sempre à sombra do segredo e da confiança dos interlocutores, para que se dessem os passos na direção da retomada do estado de direito. Os extremados, de um lado e do outro do espectro político, condenaram esses esforços de pacificação nacional, crendo que, se não os houvesse, a facção a que pertencem teria obtido a vitória final e construído o estado que pretendiam perfeito. Sem a ação de Tancredo e outros, por quantos anos mais teríamos que esperar pela liberdade de imprensa, pela liberdade partidária e pelo direito do voto direto para os cargos executivos?

Não façamos de Lula um congregado mariano. Os homens são o que deles fazem a sua experiência. Lula foi obrigado, desde menino, a negociar a sobrevivência, e nisso se baseou para construir sua biografia política. Nesse caso particular, se fez o que lhe é atribuído, agiu, em nosso juízo, de forma equivocada, de maneira a lhe trazer, como está trazendo, mais custos do que benefícios. Gilmar não era o melhor interlocutor no STF, entre outras razões por ser uma figura controvertida na opinião pública e entre os seus pares.

Queiramos ou não queiram os puristas, é assim que se faz política.

Há, e deve ser registrada, uma diferença de personalidades, entre Gilmar e Jobim, que deve ser lembrada: Jobim conhece algumas regras de convívio político e humano, das quais o controvertido ministro do Supremo parece jejuno. Não sendo provável que Lula tenha confidenciado a alguém o encontro com Gilmar e Jobim - e tampouco que Jobim haja descurado de seus deveres de anfitrião para narrar o diálogo, ainda mais porque o negou – que fonte abasteceu a revista que o reproduziu? Não podemos cair na sedução fácil de admitir que Carlos Cachoeira tenha mandado um de seus agentes dissimular-se em poltrona, ou colocar um microfone oculto no escritório de Jobim. Ele e seu homem de confiança para tais assuntos, o famoso Dadá, já se encontravam presos. Segundo as versões correntes, Gilmar revelou a alegada conversa com Lula ao Procurador Geral da República e a outras autoridades, antes que a revista semanal a divulgasse.

Nelson Jobim desmente, de forma irrestrita, o diálogo revelado pelo Ministro Gilmar Mendes. Mais do que o desmentido, Jobim abre uma fímbria do manto que cobre as razões do Ministro do Supremo para apregoar o encontro, ao fazer a observação singela, em entrevista ontem divulgada pelo jornal “Zero Hora”, de Porto Alegre:

- “É estranho que o encontro tenha acontecido há um mês e só agora Gilmar venha se dizer indignado com o que ouviu de Lula. O encontro foi cordial. Lula queria agradecer a colaboração de Gilmar com o seu governo”.

Excluindo-se a possibilidade de que tudo não tenha passado de uma trama entre Gilmar e Nelson Jobim, o que faria deles dois patifes – o que não são – a quem interessou a divulgação do encontro, um mês depois? O terreno das hipóteses é movediço, mas instigante. Uma delas, que está circulando pelas esquinas excitadas da internet, é a de que Gilmar (diante de versões correntes e que o comprometem mais além de viagens à antiga capital da Prússia, e que podem surgir durante a CPI), esteja, com sua experiência rural, fazendo um aceiro, para evitar que o incêndio da CPI atinja os seus pastos. E se Gilmar se considerava grande amigo de Lula –a ponto de as duas famílias se encontrarem com freqüência, como se noticia– por que revelar uma conversa íntima, pessoal, que compromete o ex-presidente como um interessado em que o STF adie um julgamento?

Há quem veja, nas razões de Lula – a ter como verdade o que se noticia – propósito político explicável: coincidindo a realização da CPI com o julgamento do STF, todo o interesse dos meios de comunicação estaria concentrado no mensalão, desviando para um segundo plano as investigações mais amplas do sistema de corrupção do Estado, que envolve os três poderes republicanos. É uma tese. O que o Brasil espera é que, tanto em um caso como no outro, tanto no processo que o STF julgará, como na CPI que se instaurou, a verdade seja conhecida.

Há o propósito de transformar o episódio do encontro em crise política que atinja o governo – e não há crise alguma. O conhecimento público do episódio não altera o quadro político, não muda seu desenvolvimento, que vai depender das revelações a vir. O novelo é denso, e seu tamanho exato só será conhecido quando toda a trama for desfeita. É necessário que os homens de bem estejam preparados, a fim de impor o bom-senso e encontrar a salvação do Estado, depois das revelações temidas e imaginadas.”

FONTE: escrito pelo jornalista Mauro Santayana no “Jornal do Brasil Online” e transcrito no portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/05/29/santayana-quis-gilmar-evitar-um-incendio/).

A RETALIAÇÃO DE “VEJA” A NELSON JOBIM JÁ COMEÇOU


Por Luis Nassif, em seu blog

“Os fins de ciclo costumam ser profundamente didáticos. O final da hegemonia expõe gradativamente os vícios do modelo anterior, as práticas condenáveis, movidas pelo desespero, típicas de períodos de decadência.

Em 2008, na série “O Caso de Veja”, mostrei como se processa esse modelo de criação e destruição de reputações. Montam-se jogadas, artimanhas, estratégias. Quem não se enquadra ao comando da publicação imediatamente é alvo de represália.

Hoje em dia, com a revista em pleno foco, com suas práticas sendo acompanhadas com lupa por toda a opinião pública – devido às ligações com a organização criminosa de Carlinhos Cachoeira – iniciam-se as represálias contra Nelson Jobim. Unicamente porque não endossou a reportagem e expôs a mentira da revista.

Não há sutileza, visão estratégica, análise de crise. Há apenas a truculência, a falta de sofisticação nas ações, o prendo-e-arrebento midiático.

Vejamos o texto da “Veja”:

Por Lauro Jardim, em “Radar on-line”, com Robson Bonin, Thiago Prado e Severino Motta

LONGE DO JOBIM


REUNIÃO CANCELADA


“Nelson Jobim já andava queimado no PMDB por causa das críticas que fez ao partido no último dia 17 deste mês, durante o 2º Fórum Nacional – o PMDB e as eleições municipais 2012. Na presença dos principais caciques peemedebistas, Jobim tratou o PMDB como uma sigla “sem opinião, sem cara e sem voz”, um partido sem projeto nacional, simples “homologador” do PT.


Agora, depois de emprestar o escritório para o polêmico encontro de Lula com Gilmar Mendes, Jobim virou uma espécie de leproso. Nenhum cacique quer chegar perto de Jobim neste momento. Tanto que a bancada peemedebista do Senado cancelou hoje a reunião que teria na quarta-feira com Jobim para discutir o pacto federativo.”

FONTE: escrito por Luis Nassif, em seu blog, e transcrito no portal “Viomundo”  (http://www.viomundo.com.br/denuncias/nassif-a-retaliacao-de-veja-a-jobim.html). [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

GOVERNO INVESTE PARA CONSOLIDAR O BRASIL COMO UM DOS PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS, diz Dilma


“A presidenta Dilma Rousseff afirmou ontem (29) que o governo tem investido na divulgação do Brasil no exterior assim como na infraestrutura e na capacitação dos profissionais do turismo para consolidar o Brasil como um dos principais destinos turísticos do mundo.

Na coluna “Conversa com a Presidenta”, Dilma respondeu ao comerciante Ramon Santos, morador de Macaé (RJ), sobre os investimentos do governo brasileiro para atrair turistas estrangeiros.

Em 2011, investimos R$ 180 milhões em ações de divulgação do Brasil no exterior e R$ 26 milhões para estimular o turismo interno. Os resultados mostram que estamos no caminho certo, pois no ano passado tivemos recordes em todos os indicadores, com 79 milhões de desembarques domésticos, 9 milhões de desembarques internacionais e US$ 6,55 bilhões gastos por turistas estrangeiros”, expôs a presidenta.

BANCO DE LEITE HUMANO

Na coluna, Dilma falou ainda sobre o banco de leite humano mantido pelo governo brasileiro. À dona de casa Ana Maria Pereira, de Belém (PA), a presidenta explicou o funcionamento da “Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano” (Rede BLH-SUS), da Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao Ministério da Saúde. Com 208 “Bancos de Leite Humano” e 109 “Postos de Coleta” em funcionamento, a rede brasileira é a maior do mundo. A presidenta esclareceu que é possível acessar a relação de bancos e postos de coleta na página  http://www.redeblh.fiocruz.br/.

De 2007 a 2011, a Rede distribuiu 616,5 mil litros de leite humano pasteurizado de 744,2 mil doadoras. Nesse período, foram atendidos 793,2 mil bebês, o que é importantíssimo porque o leite materno é o mais completo para a criança até o sexto mês de vida e possui imunizantes naturais contra várias doenças. Nossa experiência já foi exportada para toda a América Latina, África e até para países europeus, como Portugal e Espanha”.

DUPLICAÇÃO DA BR-101

A presidenta também respondeu questionamento de Suzana Schlickmann, designer em São Ludgero (SC), sobre o prazo para ser concluída a duplicação da BR-101, no sul de Santa Catarina. Segundo Dilma, 222 km dos 238 km totais da obra já estão concluídos. A presidenta esclareceu que esteve no estado, na semana passada, anunciando duas obras necessárias para a finalização da duplicação da BR 101, que são: a nova ponte sobre a Lagoa do Imaruí e a construção do túnel sob o Morro dos Cavalos.

Todas as obras viárias que estamos realizando em Santa Catarina somam mais de R$ 3 bilhões e vão dar mais fluidez ao fluxo de pessoas e mercadorias pelo sul do país e para o Mercosul”.

FONTE: blog do Planalto  (http://blog.planalto.gov.br/governo-investe-para-consolidar-o-brasil-como-um-dos-principais-destinos-turisticos-do-mundo-diz-dilma/#more-47542)

1964: GOLPE MILITAR A SERVIÇO DO GOLPE DE CLASSE





Por Leonardo Boff


Leonardo Boff

“O objeto da Comissão da Verdade deve, sim, tratar dos crimes e dos desaparecimentos perpetrados pelos agentes do Estado ditatorial. É sua tarefa precípua e estatutária. Mas não pode se reduzir a estes fatos. Há o risco de os juízos serem pontuais. Precisa-se analisar o contexto maior, que permite entender a lógica da violência estatal e que explica a sistemática produção de vítimas. Mais ainda, deixa claro o trauma nacional que significou viver sob suspeitas, denúncias, espionagem e medo paralisador.

Nesse sentido, vítimas não foram apenas os que sentiram em seus corpos e nas suas mentes a truculência dos agentes do Estado. Vítimas foram todos os cidadãos. Foi toda a nação brasileira. Para que a missão da Comissão da Verdade seja completa e satisfatória, caberia a ela fazer um juízo ético-político sobre todo o período do regime militar.

Importa assinalar claramente que o assalto ao poder foi um crime contra a Constituição. Configurou uma ocupação violenta de todos os aparelhos de Estado para, a partir deles, montar uma ordem regida por atos institucionais, pela repressão e pelo estado de terror. Bastava a suspeita de alguém ser subversivo para ser tratado como tal. Mesmo detidos e sequestrados por engano, como inocentes camponeses, para logo serem seviciados e torturados. Muitos não resistiram, e sua morte equivale a um assassinato. Não devemos deixar passar ao largo os esquecidos dos esquecidos, que foram os 246 camponeses mortos ou desaparecidos entre 1964-1979.

O que os militares cometeram foi um crime lesa-pátria. Alegam que se tratava de uma guerra civil, um lado querendo impor o comunismo e o outro defendendo a ordem democrática. Essa alegação não se sustenta. O comunismo nunca representou entre nós ameaça real. Na histeria do tempo da Guerra Fria, todos os que queriam reformas na perspectiva dos historicamente condenados e ofendidos – as grandes maiorias operárias e camponesas – eram logo acusados de comunistas e de marxistas, mesmo que fossem bispos, como o insuspeito dom Hélder Câmara. Contra eles, não cabia apenas a vigilância, mas para muitos a perseguição, a prisão, o interrogatório aviltante, o pau de arara feroz, os afogamentos desesperadores. Os alegados “suicídios” camuflavam apenas o puro e simples assassinato. Em nome do combate ao perigo comunista, se assumiu a prática comunista-estalinista da brutalização dos detidos. Em alguns casos, se incorporou o método nazista de incinerar cadáveres como admitiu Cláudio Guerra, ex-agente do DOPS de São Paulo.

O grande perigo para o Brasil sempre foi o capitalismo selvagem. Usando palavras de Capistrano de Abreu, nosso historiador mulato, “capou e recapou, sangrou e ressangrou” as grandes maiorias de nosso povo.

O Estado ditatorial militar, por mais obras que tenha realizado, fez regredir política e culturalmente o Brasil. Expulsou ou obrigou ao exílio nossas inteligências e nossos artistas mais brilhantes. Afogou lideranças políticas e ensejou o surgimento de súcubos que, oportunistas e destituídos de ética e de brasilidade, se venderam ao poder ditatorial em troca de benesses, que vão de estações de rádio a canais de televisão.

Os que deram o golpe de Estado devem ser responsabilizados moralmente por esse crime coletivo contra o povo brasileiro.

Os militares já fora do poder garantiram sua impunidade e intangibilidade graças à forjada anistia geral e irrestrita para ambos os lados. Em nome desse status, resistem e fazem ameaças, como se tivessem algum poder de intervenção, que, na verdade, é inexistente e vazio. A melhor resposta é o silêncio e o desdém nacional para a vergonha internacional deles. Os militares que deram o golpe se imaginam que foram eles os principais protagonistas dessa façanha nada gloriosa. Na sua indigência analítica, mal suspeitam que foram, de fato, usados por forças muito maiores que as deles.

René Armand Dreifuss escreveu, em 1980, sua tese de doutorado na Universidade de Glasgow com o título “1964: A conquista do Estado, ação política, poder e golpe de classe” (Ed. Vozes, 1981). Trata-se de livro com 814 páginas, das quais 326 de documentos originais. Por esses documentos, fica demonstrado: o que houve no Brasil não foi um golpe militar, mas um golpe de classe com uso da força militar.

A partir dos anos 60 do século passado, se formou o complexo IPES/IBAD/GLC. Explico: o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) e o Grupo de Levantamento de Conjuntura (GLC). Compunham uma rede nacional que disseminava ideias golpistas, composta por grandes empresários multinacionais, nacionais, alguns generais, banqueiros, órgãos de imprensa, jornalistas, intelectuais, a maioria listados no livro de Dreifuss. O que os unificava, diz o autor, “eram suas relações econômicas multinacionais e associadas, o seu posicionamento anticomunista e a sua ambição de readequar e reformular o Estado” (pág. 163) para que fosse funcional a seus interesses corporativos. O inspirador desse grupo era o general Golbery de Couto e Silva, que já em “em 1962 preparava um trabalho estratégico sobre o assalto ao poder” (pág. 186).

A conspiração, pois, estava em marcha, há bastante tempo. Aproveitando-se da confusão política criada ao redor do presidente João Goulart, tido como o portador do projeto comunista, esse grupo viu a ocasião apropriada para realizar seu projeto. Chamou os militares para darem o golpe e tomarem de assalto o Estado. Foi, portanto, um golpe da classe dominante, nacional e multinacional, usando o poder militar.

Conclui Dreifuss: “O ocorrido em 31 de março de 1964 não foi um mero golpe militar; foi um movimento civil-militar; o complexo IPES/IBAD e oficiais da ESG (Escola Superior de Guerra) organizaram a tomada do poder do aparelho de Estado” (pág. 397). Especificamente, afirma: ”A história do bloco de poder multinacional e associados começou a 1º de abril de 1964, quando os novos interesses realmente tornaram-se Estado, readequando o regime e o sistema político e reformulando a economia a serviço de seus objetivos” (pág. 489). Todo o aparato de controle e repressão era acionado em nome da Segurança Nacional que, na verdade, significava a Segurança do Capital.

Os militares inteligentes e nacionalistas de hoje deveriam dar-se conta de como foram usados por aquelas elites oligárquicas, que não buscavam realizar os interesses gerais do Brasil, mas, sim, alimentar sua voracidade particular de acumulação, sob a proteção do regime autoritário dos militares.

A Comissão da Verdade prestaria esclarecedor serviço ao país se trouxesse à luz essa trama. Ela simplesmente cumpriria sua missão de ser Comissão da Verdade. Não apenas da verdade de fatos individualizados, mas da verdade do fato maior da dominação de uma classe poderosa, nacional, associada à multinacional, para, sob a égide do poder discricionário dos militares, tranquilamente, realizar seus objetivos corporativos. Isso nos custou 21 anos de privação da liberdade, muitos mortos e desaparecidos, e de muito padecimento coletivo.”

FONTE: publicado no “Jornal do Brasil”. O autor, Leonardo Boff, pseudônimo de Genézio Darci Boff, nasceu em Concórdia-SC em 14/12/1938. É teólogo, escritor e professor universitário, expoente da Teologia da Libertação. Foi membro da Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos. Artigo transcrito no portal da FAB  (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=27/05/2012&page=mostra_notimpol) [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].

TONY BLAIR É CHAMADO DE CRIMINOSO DE GUERRA

Tony Blair feliz com a invasão e destruição do Iraque a pedido do banco “JP Morgan”

TONY BLAIR NEGA LOBBY DE MURDOCH E É CHAMADO DE CRIMINOSO DE GUERRA

“Durante depoimento na ‘Comissão Leveson’, que investiga a relação entre os meios de comunicação e o mundo político britânico, o ex-primeiro ministro Tony Blair foi acusado por um documentarista de ser "criminoso de guerra".

Em uma semana de depoimentos importantes, conflitiva relação entre os meios de comunicação e o mundo político ficou em evidência com revelações sobre a pressão dos conservadores sobre a BBC.

Por Marcelo Justo, de Londres

A invasão do Iraque em 2003 o perseguirá até o fim de seus dias. Em meio ao seu depoimento na “Comissão Leveson”, que investiga a relação entre os meios de comunicação e o mundo político britânico, um homem irrompeu por trás do magistrado encarregado da sessão e acusou o ex-primeiro ministro Tony Blair de ser um criminoso de guerra. “Este homem deveria ser preso por crimes de guerra. O “JP Morgan” pagou a ele para fazer a guerra no Iraque. Três meses depois, invadimos o Iraque. Depois, ficou com o Banco do Iraque por 20 milhões. O“JP Morgan” pagou a ele 6 milhões de libras por ano depois que deixou de ser primeiro ministro”, gritou David Lawley-Wakelin, um documentarista de 49 anos, antes que o prendessem.

O primeiro ministro negou categoricamente a acusação. O juiz Leveson disse que ele não precisava responder, ao que Blair, rapidíssimo no reflexo, respondeu que estava de acordo, mas que esse era o problema dos meios de comunicação hoje em dia. “Parte do problema da política moderna – e isso não é uma crítica da mídia – é que pode haver mil pessoas em uma sala, mas se alguém se levanta e grita algo, essa pessoa é notícia. Os outros 999 poderiam ter ficado em casa e não aconteceria nada”, assinalou Blair.

A irrupção do cineasta efetivamente marcou o momento mais memorável do depoimento de Blair que se movimentou com extremo cuidado, sem dar um passo em falso. Em 1995, Blair, então líder da oposição trabalhista, cruzou meio planeta para apresentar-se na conferência anual da “News International”, a corporação de Murdoch. O grupo havia se oposto com ferocidade ao trabalhismo desde que colocou os pés no Reino Unidos, nos anos 70. A viagem de Blair era uma tentativa de superar esse obstáculo. A viagem foi um êxito. O “The Sun” abriu apoio ao “Novo Trabalhismo” que ganhou comodamente as eleições de 1997. Na “Comissão Leveson”, Blair ouviu a pergunta óbvia: em troca do quê o grupo Murdoch mudou de posição?

Blair disse que não houve nenhum tipo de acordo ou favor. O ex-primeiro ministro assinalou que Murdoch “nunca fez lobby sobre temas midiáticos”, mas reconheceu que ele era ciente da “posição da empresa”. Blair deu seis exemplos de medidas que adotou que iam contra os desejos de Murdoch, como a rejeição da tentativa da “BskyB” de adquirir o clube “Manchester United” e a decisão de aumentar quase o dobro o financiamento da BBC, corporação pública que tem sido a “besta negra” do grupo por décadas.

Em testemunho prévio, ex-membro da equipe de imprensa de Blair, Lance Price, indicou que Murdoch era o “membro nº 24 do gabinete” do ex-primeiro ministro e que Blair jamais mudaria de política na Europa sem consultá-lo. Blair esquivou-se com habilidade da pergunta. “É absurdo dizer que não iria adotar uma política sem sua permissão. Mas é certo que, se decidíssemos adotar uma política que importasse muito a um grupo em particular, trataríamos antes de prepará-lo para a mudança. Parece-me que não há nada de incorreto nisso”, disse Blair. O ex-primeiro ministro reconheceu que havia evitado confrontação com os poderosos magnatas midiáticos pelo risco de ser objeto de ataques constantes todos os dias. “Os proprietários e editores usam algumas publicações como instrumentos de poder, nas quais não fica claro o que é notícia e o que é comentário”, assinalou Blair.

Em uma semana de depoimentos chave na “Comissão Leveson”, que verá desfilar vários membros do gabinete, incluindo o atribulado ministro da Cultura Jeremy Hunt, a conflitiva relação entre os meios de comunicação e o mundo político ficou em evidência com revelações sobre a pressão dos conservadores sobre a BBC. Um vídeo de cinco minutos mostrou Craig Oliver, diretor de comunicação do primeiro ministro David Cameron, atacando e ameaçando Norman Smith, correspondente político da BBC pela “parcialidade de suas reportagens” e pelo modo que estavam cobrindo a situação de Hunt. Na gravação, feita sem que Oliver se desse conta, o diretor de comunicação do governo diz que havia se queixado para os executivos da BBC que teriam se comprometido a ser “menos imparciais”.

Em outro episódio que revela a desconfiança atávica dos conservadores em relação à televisão pública, o ex-chefe de imprensa do prefeito de Londres, Boris Johnson, Guto Harri, ameaçou a BBC de iniciar uma “gigantesca briga pública” com a ajuda de seus “bons amigos em 10 Downing Street” (a sede do governo britânico). Em um sinal dos vasos comunicantes que há entre os meios de comunicação e o governo, Harri é um ex-correspondente da BBC que anunciou na semana passada que deixaria de ser o encarregado da imprensa de Johnson para ser o diretor de comunicação da “News International”, a organização do grupo Murdoch. Pouco depois de ser eleito, o próprio Johnson escreveu uma coluna no “Daily Telegraph” atacando a BBC a quem acusou de ser um “antro de esquerdistas”.

O problema hoje para os conservadores é que a BBC segue tendo sólida reputação pública para os britânicos que a batizaram carinhosamente como “a titia” (auntie BBC) enquanto que as ações de Murdoch caíram e ameaçam afundar devido ao escândalo das escutas telefônicas.”

FONTE: reportagem de Marcelo Justo, de Londres, com tradução de Marco Aurélio Weissheimer. Publicada no site “Carta Maior”  (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20231). [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

terça-feira, 29 de maio de 2012

A “VACINA” DO DOUTOR GILMAR


Por Eduardo Guimarães

“Fiquei sabendo da última da dupla Veja/Gilmar Mendes na tarde de sábado, durante o ‘3º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas’, que ocorreu no fim de semana em Salvador. O assunto foi muito discutido pelos blogueiros. E caso alguém esteja chegando agora de Marte e não saiba do que se trata, aí vai um breve relato.

“Veja” publicou mais uma daquelas “denúncias” baseadas em grampos sem áudio e declarações sem provas. Parece até surpreendente pela ousadia, mas não é. Para falar a verdade, é tudo até bem banal.

Segundo a revista, Gilmar Mendes teria encontrado Lula “casualmente” no escritório de Nelson Jobim e, então, o ex-presidente teria tentado chantagear o ministro do STF para que “aliviasse” para os envolvidos no inquérito do mensalão, que será julgado proximamente. Teria ameaçado o magistrado com os indícios de envolvimento seu com Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira.

O colunista de “O Globo” Jorge Moreno, no mesmo sábado da chegada de “Veja” às bancas, fez contato com Jobim, que negou tudo. E, claro, esse colunista que vive pedindo desculpas públicas aos chefes por matérias que os desagradam conclui o relato do desmentido de Jobim bem ao estilo de “O Globo”, insinuando que “sentiu”, pela voz do entrevistado, que ele mentiu para encobrir Lula.

Em conversas com outros blogueiros em Salvador, especulamos muito sobre o que pode ter levado “Veja” a publicar matéria tão fraca, apesar do suposto endosso de Mendes à acusação da revista. Particularmente, fiquei com a pulga atrás da orelha. Seria “Veja” tão idiota? Estaria tão “desesperada”, como muitos acham que está? Desespero algum. “Veja” faz essas coisas como se estivesse escovando os dentes.

Primeiro, não nos esqueçamos de uma coisa: a história do grampo sem áudio, protagonizada por Mendes e Demóstenes Torres, derrubou Paulo Lacerda, um dos policiais mais respeitados do país. Ou seja: uma história sem pé nem cabeça, que jamais foi provada, produziu uma das maiores injustiças da era Lula e uma longa investigação (inútil, porque não encontrou nada) da Polícia Federal.

Diante de fatos assim, percebemos que uma empresa de comunicação conseguiu manipular a República sem maior esforço. E por quê? Simplesmente porque tinha uma autoridade do porte de um ministro do Supremo a respaldá-la. Assim, a investigação mostrou que jamais existiu grampo algum e tudo ficou por isso mesmo.

Ou seja: não chega a ser surpreendente o que acaba de acontecer.

Diante do desabamento iminente da história de Mendes/Veja, decorrente do desmentido de Jobim, as forças que a produziram saíram logo com um boato que estão fazendo circular na internet, de que o ministro do STF teria gravado a suposta tentativa de Lula de chantageá-lo.

Se existisse isso, teríamos que concluir que Lula enlouqueceu com o tratamento contra o câncer. Com tantos ministros do STF que nomeou, por que iria se preocupar em cometer um crime chantageando um adversário? Estamos falando de Lula, do homem que nomeou procuradores-gerais da República que atacaram seu grupo político sem dó nem piedade.

Então vamos lá: o que direi agora não é uma opinião, mas um fato que logo irá se comprovar. As gravações da Polícia Federal que geraram a CPI do Cachoeira envolvem Mendes até o pescoço. E não só a ele. Envolvem “Veja”, envolvem “Globo” (como mostra reportagem de Leandro Fortes na “Carta Capital” do último fim de semana) e outros grandes veículos. E junho será o mês dessas revelações.

Para que se tenha uma idéia, há dezenas de gigabites de gravações, vídeos e áudios da PF que ainda não foram transcritos, que estão em estado bruto, e que agora chegam à CPI. Fontes fidedignas garantem que o que existe ali é dinamite pura. Tanto que a “Globo”, segundo a “Carta Capital”, teria procurado Michel Temer para mandar um recado a Dilma: a mídia não pode ser investigada. Senão…

Senão o quê? O que a mídia poderia fazer além do que fez em 2005 e 2006, durante o escândalo do mensalão? Forjaria uma gravação que, após periciada e considerada falsa pelos peritos, a mídia diria não poder endossar ou negar, como fez com a ficha policial falsa de Dilma que a “Folha de São Paulo” publicou na primeira página? Faria, sim.

O que vem agora, pois, é que é apenas opinião do blogueiro: a iniciativa da mídia e de Gilmar Mendes foi tentativa de criar uma vacina contra o que virá à tona, para que possam dizer que tudo decorre de “vingança” de Lula pela denúncia do ministro do STF e da revista contra si.

Veja a manipulação, leitor: o site “Consultor Jurídico” pediu ao ministro Celso de Melo, do STF, que analisasse a hipótese de Lula ter realmente feito o que “Veja” e Mendes dizem que fez. O que se esperaria que ele dissesse, que não haveria nada demais? Claro que não. Diria que, sendo verdade, seria um crime. E o que faz a mídia? Divulga a entrevista como se Melo estivesse condenando Lula, apesar de só estar falando sobre mera hipótese.

Manipulação pura e simples dos fatos pela mídia não é novidade para ninguém. E essa de agora é só mais uma, que servirá como estratégia diversionista, ou seja, para tirar o foco da CPI e intimidar seus membros.

Todavia, podem escrever aí: essa jogada só tornará inevitável a convocação de Policarpo Júnior ou até de Roberto Civita pela CPI. E mais: irá quebrar resistências da base governista, notadamente no PMDB, que, agora, foi diretamente atacado com a tentativa de colocarem Jobim e Lula no mesmo balaio.

A matéria da “Veja” enterrou de vez uma possibilidade que jamais existiu, de ser produzido um arreglo entre governo e oposição para a CPI terminar em pizza. E essa matéria é a prova definitiva de que a mídia e Mendes concluíram que o PT e aliados estavam dispostos a levar o processo até o fim. Por isso fizeram ataque desse porte.”

FONTE: escrito por Eduardo Guimarães em seu blog “Cidadania.com”  (http://www.blogdacidadania.com.br/2012/05/a-vacina-do-doutor-gilmar/).

"PINOQUIOLÂNDIA": MENDES+MÍDIA+CACHOEIRA TENTAM ATINGIR LULA e EXPLODIR CPI - JOBIM VIRA TESTEMUNHA-CHAVE

foto 'Carta Capital': ministro Gilmar Mendes
Por Wálter Fanganiello Maierovitch

Wálter Maierovitch

“O ministro Gilmar Mendes já foi pego na mentira. Isto quando sustentou o “grampeamento” de conversas telefônicas com o senador Demóstenes Torres, seu grande amigo. Para a Polícia Federal, por meio de perícias, não houve interceptações e gravações de conversas. Na perícia realizada, não atuaram os célebres peritos [adorados pela oposição] Ricardo Molina nem Badan Palhares.

À época, Gilmar Mendes, que estava na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu atirando pela mídia. Disse que "chamaria o presidente Lula às falas". Por suspeitar da “Agência Brasileira de Inteligência” (ABIN), Gilmar Mendes exigiu a saída imediata do seu diretor-geral, que era o íntegro delegado Paulo Lacerda, de relevantes serviços ao país, em especial quando dirigiu a Polícia Federal. A propósito, Lula, vergonhosamente, entregou a cabeça de Lacerda e ofereceu um exílio na embaixada do Brasil em Lisboa.

Para dar sustentação à afirmação de Gilmar Mendes, entraram em cena (1) Demóstenes Torres, que confirmou o diálogo com Gilmar Mendes e o teor de uma gravação transcrita pela revista “Veja”, e (2) Nelson Jobim, aquele que confessou, em livro laudatório e promocional, ter colocado na Constituição da República artigos desconhecidos e não aprovados por seus pares (deputados) constituintes. Sobre isso, colocou, quando o escândalo veio a furo, a culpa em Ulysses Guimarães, que, por estar morto, não poderia responder. Atenção: no livro laudatório, Jobim não mencionou Ulysses Guimarães e o escândalo foi revelado porque, pasmem !!!, algum ingênuo entendeu em ler o escrito por Jobim.

Segundo Jobim, então ministro da Defesa, e para apoiar Gilmar Mendes, "as Forças Armadas tinham emprestado um aparelho", cujas especificações mostrou aos jornalistas, para “grampeamentos telefônicos” à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

As Forças Armadas desmentiram o ministro Jobim ao revelar que não houve o empréstimo e que Jobim havia apresentado, quanto ao equipamento que teria sido emprestado, catálogos de empresas vendedoras de equipamentos de segurança. Catálogos que eram distribuídos em lojas de shopping center.

Como se percebe, a dupla Mendes-Jobim seria qualificada, numa Comissão Apuratória e pelos antecedentes mendazes com trânsito em julgado, como suspeita de não falar a verdade.

Com efeito, Mendes, agora, sustenta ter encontrado Lula no escritório de advocacia de Nelson Jobim.

Como dizia Carl Gustav Jung, mestre da psicanálise, coincidências não existem. Sobre isso, Jobim afirmou que o encontro no seu escritório de advocacia foi uma coincidência, pois foi visitado por Lula quando Gilmar Mendes estava por lá.

Lula aparecer de surpresa no escritório de Jobim não dá para acreditar. E o que fazia um ministro do STF num escritório de advocacia?

Para Mendes, o ex-presidente Lula "o pressionou para adiar o julgamento do Mensalão e insinuou saber da sua presença em Berlim na companhia de Demóstenes Torres" [e de Cachoeira, segundo notícias já publicadas]. Não bastasse a insinuação, Lula teria assegurado que tal fato não seria apurado, pelo seu poder de mando, pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Em outras palavras, não entraria na apuração a suspeita de encontro em Berlim sob patrocínio financeiro de Carlinhos Cachoeira.

Jobim diz à revista “Veja” que não ouviu essa parte da conversa. Talvez (imagina este colunista depois de conversas com a sua caneta-falante) tenha Jobim desligado o seu invisível aparelho de surdez ou ingressado no banheiro. Ou, talvez, esteja Jobim reservando-se para uma eventual convocação, como testemunha, à CPMI ou a juízo. Nesse ínterim, pode até “pintar” um ministério para Jobim, apesar de já ter sido defenestrado pela presidente Dilma.

O "grampo sem áudio" que vitimou Paulo Lacerda e a ABIN envolveu Mendes, Jobim, Demóstenes e a “Veja” (a revista transcreveu a conversa interceptada entre Mendes-Demóstenes, mas não exibiu o áudio). Como favorecido pelo escândalo aparecia o banqueiro Daniel Dantas, solto por liminares de Gilmar que contrariavam até súmula do STF.

Agora, a história do encontro casual (para a revista o encontro foi a pedido de Lula) e a chantagem envolvem Jobim, Mendes, a “Veja” e Lula.

A quem interessa essa história ainda não está claro. Como pano de fundo, a “Veja” coloca o “Mensalão”. O certo é que Jobim, Mendes e Lula estiveram num mesmo escritório no mês de abril passado.

Pano rápido. Lula, que não é ingênuo e parece frequentar qualquer lugar, pode ter caído numa armadilha, com Jobim funcionando como testemunha-chave. Prefiro a conclusão da minha caneta-falante, “pelos envolvidos, e num episódio típico de bas-fond francês de quinta categoria, não existem balas perdidas” (inocentes).

FONTE: escrito por Wálter Fanganiello Maierovitch, jurista e membro das Academia Paulista de História e Ac. Paulista de Letras Jurídicas; desembargador aposentado do TJ-SP. Colunista de CartaCapital, comentarista na CBN e assessor internacional para EU. Publicado no portal “Terra Magazine”  (http://terramagazine.terra.com.br/semfronteiras/blog/2012/05/27/gilmar-mendes-tenta-atingir-lula-e-jobim-vira-testemunha/). [Título e entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política']

COMPLEMENTAÇÃO


LULA DIZ QUE REPORTAGEM DA VEJA É INVERÍDICA

Reportagem de Daniel Mello, repórter da Agência Brasil

“São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou ontem (28) de “inverídica” a versão apresentada pela revista “Veja” da conversa que teve no último dia 26 de abril com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Segundo a reportagem publicada nesta semana [pela “Veja”], “Lula pediu a Gilmar para ajudar a adiar o julgamento dos acusados no esquema do mensalão”.

Meu sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, por meio de nota publicada pelo Instituto Lula sobre a reportagem. Lula confirmou, no entanto, que se encontrou com Mendes no escritório do seu ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim.

O comunicado divulgado pela assessoria do ex-presidente diz ainda que “a autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público”.

A “Veja” diz que “Lula sugeriu a Mendes que se ajudasse a adiar o julgamento, [Mendes] seria blindado” na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. A comissão apura um esquema de corrupção que seria comandado pelo empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. [surgiram notícias de “articulações” Cachoeira-Demóstenes-Gilmar Mendes (como no caso da CELG) e de encontros deles em Berlim]

Para reforçar que nunca interferiu no Judiciário ou no Ministério Público, Lula ressaltou que reconduziu Antonio Fernando de Souza para a Procuradoria-Geral da República, mesmo após apresentar a denúncia do Mensalão. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”.

FONTE DA COMPLEMENTAÇÃO: Reportagem de Daniel Mello, repórter da Agência Brasil (edição de Rivadavia Severo)  (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-05-28/lula-diz-que-reportagem-da-veja-e-inveridica) [Trecho entre colchetes adicionado por este blog ‘democraacia&política’].

DILMA DESTACA OS RESULTADOS DO “BRASIL SEM MISÉRIA”, QUE COMPLETA 1 ANO


“A presidenta Dilma Rousseff fez, segunda-feira (28), no programa de rádio ‘Café com a Presidenta’, um balanço das ações do ‘Plano Brasil sem Miséria’, que completa um ano esta semana. Segundo ela, o maior esforço foi feito para encontrar famílias com direitos a receber benefícios e cadastrá-las no ‘Bolsa Família’. Com a ‘Busca Ativa’, passaram a receber o benefício quase 700 mil famílias, que vivem no semiárido, nas grandes cidades e até nas florestas.

Essas pessoas que não recebiam benefício nenhum do Estado agora estão cadastradas e recebendo o ‘Bolsa Família’. Muitos desses brasileiros e brasileiras não tinham nem documento. Sabemos que ainda existem mais brasileiros fora do cadastro do ‘Bolsa Família’, mas nós não vamos descansar enquanto não chegarmos a todos eles”, disse.

A presidenta destacou a ação do “Brasil sem Miséria” voltada para as crianças, que é o “Brasil Carinhoso”, lançada no início deste mês. A ação visa a tirar todas as crianças de até seis anos de idade da extrema pobreza.

Para que isso seja possível, cada pessoa da família dessas crianças vai receber, no mínimo, R$ 70,00. Também vamos abrir, cada vez mais, vagas em creches para as crianças do ‘Bolsa Família’. Assim, nossas crianças serão protegidas, porque terão acesso a creches”.

PRONATEC

Na qualificação profissional, destacou a presidenta, o “Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego” (PRONATEC) está oferecendo cursos de qualificação para quem recebe o “Bolsa Família”. Já são 89 mil trabalhadores matriculados em cursos como de jardineiro, de mecânico, de pintor e vários outros. Cerca de 70% das vagas, explicou, são preenchidas por mulheres, inclusive em atividades tradicionalmente dominadas pelos homens.

A população pobre do Brasil é batalhadora e quer continuar trabalhando e crescendo junto com o nosso país. São cursos gratuitos para uma população que tem baixa escolaridade, mas que quer estudar, quer aprender uma profissão e quer conseguir um emprego melhor”.

SECA NO NORDESTE

Dilma ressaltou, ainda, as ações do governo para enfrentar os efeitos da seca no Nordeste. Para 250 mil agricultores familiares, o governo tem levado assistência técnica, sementes, recursos e o “Programa de Aquisição de Alimentos”. Também foram feitas 111 mil cisternas, além do programa “Água para todos”, que tem ajudado às famílias que vivem nas regiões mais áridas e sofrem com a seca.

Estamos levando, também, para essa região do país, ações emergenciais como o ‘Bolsa Estiagem’, o ‘Garantia-Safra’ e a distribuição de água com os caminhões-pipa. Além disso, o governo federal está ajudando os estados e municípios a distribuir água através dos caminhões-pipa”.

FONTE: blog do Planalto  (http://blog.planalto.gov.br/dilma-destaca-os-resultados-do-brasil-sem-miseria-que-completa-1-ano/).