Secretário-Geral da ONU, Ban Ki Moon, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em coletiva de imprensa, durante a visita de Ban a Israel.
Gilad Atzmon: "É hora de retirar de Israel seu arsenal nuclear"
"Os israelenses não estão muito impressionados com Hassan Rohani, o novo presidente do Irã. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou à delegação israelense que boicotasse o discurso de Rohani na Assembleia Geral das Nações Unidas, na semana passada, e depois classificou a intervenção do presidente persa como "um discurso cínico que estava cheio de hipocrisia". Entretanto, Israel parece estar sozinho desta vez.
Por Gilad Atzmon*
Tanto os Estados Unidos quanto outras nações ocidentais têm dado uma recepção cálida ao novo presidente iraniano na ONU. Mas terá Rohani apresentado alguma mudança radical? Fez novas promessas? De forma alguma.
Assim como seu predecessor, Rohani deixou claro que não vai renunciar ao seu direito de continuar desenvolvendo energia. Como fez Mahmud Ahmadinejad, ele afirmou que "as armas nucleares e outras de destruição massiva não têm lugar na doutrina de segurança e defesa do Irã, e contradizem nossas convicções religiosas e éticas fundamentais. Nossos interesses nacionais exigem que eliminemos qualquer inquietude razoável sobre o programa nuclear do Irã, de fins pacíficos".
Da mesma forma, o presidente sugeriu que o mundo deve reconhecer o direito fundamental do Irã de levar a cabo todas as etapas do seu ciclo de combustível nuclear. Em resumo, o Irã segue adiante com seu projeto. E isto é, de fato, uma boa notícia.
Então, o que mudou realmente? Só uma coisa, suponho. As nações parecem ter mudado seu apetite. E, de alguma forma, têm a coragem suficiente de admitir isso por si próprios.
Devido a um intenso lobby judeu e à "natureza submissa" [$$$$] dos políticos ocidentais contemporâneos, muitos governos do Ocidente não se atrevem a criticar Israel. Temem claramente Netanyahu e a sua rede de "gorilas de 800 libras". Através da bondade para com o "inimigo" de Israel, nossos políticos débeis lograram encontrar uma forma de entregar uma mensagem a Tel Aviv.
A acolhida a Rohani na ONU foi uma mensagem clara ao regime israelense e ao seu lobby de apoio: "cuidado, estamos cansando aos poucos das suas políticas sujas e de nos empurrar para as guerras".
Israel e seu lobby atuarão de forma mais desagradável. Usarão todos os truques que têm na manga para fechar a janela de diálogo e reconciliação. Israel está condenado a provocar uma tragédia sobre si mesmo e sobra a região. Nem Deus será capaz de salvar seu povo de si próprio.
Entretanto, há algo que a Organização das Nações Unidas (ONU) pode fazer: despossuir Israel de seu arsenal químico, biológico e nuclear. Posso ver como essa demanda vai sendo gestada, e me encantaria vê-la materializada em breve."
FONTE: escrito por Gilad Atzmon, ativista político, músico e autor israelense. Publicado no "HispanTV" e transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=225670&id_secao=9).
Gilad Atzmon: "É hora de retirar de Israel seu arsenal nuclear"
"Os israelenses não estão muito impressionados com Hassan Rohani, o novo presidente do Irã. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou à delegação israelense que boicotasse o discurso de Rohani na Assembleia Geral das Nações Unidas, na semana passada, e depois classificou a intervenção do presidente persa como "um discurso cínico que estava cheio de hipocrisia". Entretanto, Israel parece estar sozinho desta vez.
Por Gilad Atzmon*
Tanto os Estados Unidos quanto outras nações ocidentais têm dado uma recepção cálida ao novo presidente iraniano na ONU. Mas terá Rohani apresentado alguma mudança radical? Fez novas promessas? De forma alguma.
Assim como seu predecessor, Rohani deixou claro que não vai renunciar ao seu direito de continuar desenvolvendo energia. Como fez Mahmud Ahmadinejad, ele afirmou que "as armas nucleares e outras de destruição massiva não têm lugar na doutrina de segurança e defesa do Irã, e contradizem nossas convicções religiosas e éticas fundamentais. Nossos interesses nacionais exigem que eliminemos qualquer inquietude razoável sobre o programa nuclear do Irã, de fins pacíficos".
Da mesma forma, o presidente sugeriu que o mundo deve reconhecer o direito fundamental do Irã de levar a cabo todas as etapas do seu ciclo de combustível nuclear. Em resumo, o Irã segue adiante com seu projeto. E isto é, de fato, uma boa notícia.
Então, o que mudou realmente? Só uma coisa, suponho. As nações parecem ter mudado seu apetite. E, de alguma forma, têm a coragem suficiente de admitir isso por si próprios.
Devido a um intenso lobby judeu e à "natureza submissa" [$$$$] dos políticos ocidentais contemporâneos, muitos governos do Ocidente não se atrevem a criticar Israel. Temem claramente Netanyahu e a sua rede de "gorilas de 800 libras". Através da bondade para com o "inimigo" de Israel, nossos políticos débeis lograram encontrar uma forma de entregar uma mensagem a Tel Aviv.
A acolhida a Rohani na ONU foi uma mensagem clara ao regime israelense e ao seu lobby de apoio: "cuidado, estamos cansando aos poucos das suas políticas sujas e de nos empurrar para as guerras".
Israel e seu lobby atuarão de forma mais desagradável. Usarão todos os truques que têm na manga para fechar a janela de diálogo e reconciliação. Israel está condenado a provocar uma tragédia sobre si mesmo e sobra a região. Nem Deus será capaz de salvar seu povo de si próprio.
Entretanto, há algo que a Organização das Nações Unidas (ONU) pode fazer: despossuir Israel de seu arsenal químico, biológico e nuclear. Posso ver como essa demanda vai sendo gestada, e me encantaria vê-la materializada em breve."
FONTE: escrito por Gilad Atzmon, ativista político, músico e autor israelense. Publicado no "HispanTV" e transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=225670&id_secao=9).
Nenhum comentário:
Postar um comentário