Fernando Brito responde, desde já, à campanha eleitoral das "obras inacabadas".
Como se sabe, nos bons tempos do Príncipe da Privataria, era o FMI quem dizia qual obra era "adequada" e qual não era.
Obra de saneamento ou construir metrô, por exemplo, o FMI não deixou o FHC fazer e o FHC tirou os sapatos.
Não é isso, governador Alckmin? – clique aqui para ir ao vídeo em que a Dilma lembra daquele momento de glória do PSDB (como é que ele vai governar ?).
Por isso, amigo navegante, é imprescindível ir ao post do "Tijolaço", que coloca os trilhos nos "is" da Norte-Sul, antes que o "Fantástico" faça uma daquelas lambanças que fez no rio São Francisco:
"A EFICIÊNCIA DA INÉRCIA
Caro e raro leitor deste blog, poderia auxiliar-me citando uma obra "estruturante" de vulto construída nos governos Fernando Henrique? Não lembra?
Espiche a memória para o período Itamar, Collor, Sarney…
Ah, neste aí houve a Ferrovia Norte-Sul…
Houve, nada…
Só dez anos depois, já no período FHC, completou-se o primeiro trecho da obra, de apenas 215 km, de Açailândia a Porto Franco. Lula, sozinho, fez mais 550 km até Palmas e Dilma está fazendo mais 1.536 km, entre a capital do Tocantins e Anápolis (90% de 881 km concluídos) e daí a Estrela d´Oeste, em São Paulo, onde as obras estão com 45% de realização.
Menciono esse caso porque, não tenham dúvidas, esse será um dos pontos mais explorados pela mídia, daqui até as eleições: obras atrasadas, por conta de uma pretensa "incapacidade do governo".
Mas também poderia falar de rodovias, refinarias, obras portuárias, energia elétrica, construção naval…
Os competentíssimos administradores [demotucanos] que não fizeram nada vão encher a boca para falar da incompetência da administração, numa conversa recorrente que vem desde sempre.
Claro que se vai pinçar, aqui e ali, situações de atrasos, impasses e até má execução. Numa simples reforma doméstica, quantas vezes a gente não tem de agir para resolver algo que está encruado ou foi feito de maneira errada?
Mas os mesmos que não fizeram coisa alguma, senão vender – e mal – o que este país já havia feito em matéria de infraestrutura, vão encher a boca para dizer que "está muito lento" o que eles nem sequer começaram.
Quem não faz nada, nunca está atrasado, não é?
Até em situações obviamente demoradas, como a exploração de um petróleo que está sete quilômetros abaixo do nível do mar, não cansam de dizer que isso "só será para daqui a cinco ou seis anos". Não importa que, no mundo, a média de prazo para a produção, em condições parecidas, leve uma década para se iniciar, por cara e complexa que é.
Claro que isso vai ter pouca eficácia, porque, mesmo com problemas, a grande maioria dos projetos está madura e, dentro em pouco, poderão ser entregues, total ou parcialmente.
E aí a crítica será às "inaugurações eleitoreiras".
Atropelados pela realidade, os nossos "engenheiros de obras não-feitas" vão reclamar sempre.
Mas vão ter de murchar as orelhas, como já andam tendo de fazer com as "obras da Copa que não vão ficar prontas".
E aí, sem outra alternativa, vão ter de apelar para os black blocs.
Os das máscaras negras, da tela colorida e do papel pintado."
Clique aqui para ler "Dudu desmonta a partilha. E prega ‘pau nos juros’ !".
E aqui para ler "A fraude da ‘nova política’. O PSB e PSDB vão governar ?".
FONTE: escrito por Fernando Brito no blog "Tijolaço" e transcrito e comentado no portal "Conversa Afiada" (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2013/10/27/ferrovia-norte-sul-fhc-vs-lulilma/).
Um comentário:
”Alternativa tecnicamente melhor entre Anápolis-GO e Panorama-SP de expansão e trajeto da ferrovia Norte Sul EF-151.”
1ª fase Interligar a ferrovia N/S em GO com a FCA existente passando pelas cidades de Araguari, Uberlândia, Uberaba-MG que hoje se encontram operando somente em bitola métrica, com a implantação de bitola mista, até o ponto que se encontram com a bitola larga em Campinas-SP.
2ª fase Interligar em linha paralela com a N/S passando por Anápolis, Itumbiara-GO, Monte Alegre de Minas, Prata e Frutal-MG e adentrando pelo centro norte de SP na cidade de Colômbia, e seguindo por Barretos, Bebedouro, Jaboticabal, até Araraquara -SP, por uma ferrovia existente já em bitola 1,6 m, ambos os trajetos (fases) como função de linhas troncos.
Fica aí já definida uma potencial rota para trens regionais de passageiros de médio e longo percurso São Paulo - Brasília, passando por muitas destas cidades citadas entre outras, além de um trajeto coerente para cargas, (dupla função) com o fator de sazonalidade igual a zero.
Ligação MG com o porto da Bahia via Pirapóra, utilizando parte de trechos desativados no passado pela RFFSA.
Ramal de ligação do município de Lucas do Rio Verde-MT a Uruaçu-GO interligando com a N/S.
Ramal de ligação de Bacarena / Belém-PA a Açailândia / São Luís-MA ~450 km interligando com a N/S, para navegação de cabotagem EF-151.
Ligação de Porto Murtinho-MS a Panorama-SP ~750km e a partir daí interligando com a N/S, pelo interior de São Paulo até Colômbia por ferrovia existente com a N/S, EF-151.
Não coloquei como prioridade 0ª fase a urgência da entrada em operação do trecho pronto da N/S que de tão obvio se torna um absurdo estas providencias.
A maior parte destas propostas é a de se utilizar ao máximo os trechos ferroviários existentes que se encontram desativados ou subutilizados, e os trechos novos complementares se limitam a;
1-Ligação fer. N/S Anápolis / Itumbiara-GO Colômbia-SP ~380 km.
2-Ramal de ligação do município de Lucas do Rio Verde-MT a Uruaçu-GO interligando com a N/S.
3-Ramal de ligação de Bacarena-PA ao Açailândia-MA ~450km para navegação de cabotagem interligando com a N/S.
4-Ligação de Porto Murtinho-MS a Panorama-SP ~750km interligando com a N/S, EF-267 pelo interior de São Paulo por ferrovia existente, que já se encontram interligadas com a N/S em Araraquara.
Notas:
Iª Com estas propostas ficam suprimidos os trechos Anápolis-GO / Estrela do Oeste –SP ~2255 km e Estrela do Oeste / Panorama-SP ~ 160 km.
IIª Define a cidade de Panorama-SP de onde deve partir rumo ao Rio Grande do Sul da continuação da fer. N/S.
Este texto se complementa com o "Como conseguir 700 km de ferrovia a custo mínimo" de Paulo Roberto Filomeno
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