quinta-feira, 2 de julho de 2015

OCDE: EM 9 ANOS (2024) O BRASIL SERÁ O MAIOR EXPORTADOR AGRÍCOLA MUNDIAL




Lembram da “ferrovia sem grão” da F"olha"? Olhem que mico pagaram…

Por Fernando Brito

"Segundo a agência [espanhola de notícias] EFE,
reproduzida pelo portal G1, “o Brasil assumirá a liderança das exportações mundiais do setor agrícola em 2024, consolidando assim os avanços que o setor registrou no país nos últimos anos, afirmaram na quarta-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento da Europa (OCDE) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A continuação do crescimento da safra até 2024 será baseada na melhora da produtividade e da expansão das lavouras, destacaram as duas entidades em um capítulo dedicado ao Brasil no relatório anual de Perspectivas Agrícolas.

Mas a renda do país com [a exportação] dessa produção vai se manter estável ou até cair, segundo as mesmas previsões.

Uma das razões é boa: o aumento do consumo interno, o que representa melhores padrões alimentares para o brasileiro.

A outra, ruim: os baixos preços das commodities agrícolas no mercado mundial, um fenômeno histórico de dominação colonial, que sempre consistiu em comprar barato da colônia, enquanto a metrópole vendia caro seus manufaturados.

Curiosamente, porém, neste caso o país mais tecnologicamente desenvolvido do mundo, os EUA, tem interesses e “desinteresses” que nos podem afetar.

Porque os EUA vão perder justamente para nós a posição de maior produtor agrícola mundial.

Mas, ao contrário do que acontece conosco, eles não se desesperam por déficits comerciais, porque produzem o verde mais lucrativo do mundo, o dólar.

Como é o padrão de riqueza mundial e, calcula-se, dois terços da moeda emitida por lá circulam ou estão entesourados no exterior – e, portanto, não contam como expansão monetária – podem cobri-lo com emissões e endividamento que se torna mera contabilidade.

Exatamente como acontece com o petróleo, forçam o rebaixamento dos preços internacionais dos preços agrícolas.

Como faziam com o petróleo até os anos 70, quando a Opep pôs fim – parcial – à festa.

É fácil falar que os produtos agrícolas têm “baixo valor agregado”, deixando de considerar o que consomem de terra, água, sol (energia) e meio-ambiente. Se eles não abrem mão de dar subsídios à agricultura (cerca de US$ 13 bilhões) é porque sabem, há muito tempo, que comida é tão estratégica quanto energia e exércitos.

Aqui, uma elite burra e botocuda não entende por que o país deve investir em infraestrutura para a produção agrícola, que demanda insumos cada vez mais raros e caros como os que se listou antes e que, embora subam e desçam ao sabor de crises internacionais, têm uma tendência histórica de alta.

Como a baboseira da Folha contra o “faraônico” projeto de escoamento de grãos do Brasil Central.

E isso porque não se fez, até hoje, em nome das carências alimentares do planeta, uma “Opec”, Organização dos Países Exportadores de Comida."

FONTE: escrito por Fernando Brito no seu blog "Tijolaço"  (http://tijolaco.com.br/blog/?p=27995).

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