quinta-feira, 10 de junho de 2010

BRASIL REJEITA PEDIDO DOS EUA SOBRE IRÃ

[Mesmo após a ‘molecagem’ feita pelos EUA e França com o Brasil], Washington quer que governo brasileiro mantenha "papel moderador" após a aprovação de sanções

Marco Aurélio Garcia diz a assessor de Obama que novas punições invalidam qualquer esforço diplomático

CLÓVIS ROSSI

O governo brasileiro rejeitou sugestão americana para que mantivesse um "papel moderador" sobre o Irã.

"Não há hipótese de papel moderador se as sanções ao Irã forem votadas", respondeu Marco Aurélio Garcia, assessor diplomático do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao general Jim Jones, assessor de Segurança Nacional de Barack Obama, em telefonema [anteontem, antes da aprovação das sanções pelo Conselho de Segurança]. (...)

MÃO DUPLA

(...) Washington trabalha com o que chama de via dupla, ou seja, pressões (na forma das sanções) e negociações. Não considera que uma exclua a outra. Acredita, ao contrário, que a aprovação de sanções possa levar Teerã a negociar.

Nesse ponto, há uma total divergência entre EUA e Brasil. "Estão totalmente equivocados os que pensam que podem levar o Irã à mesa de negociações por meio da imposição de sanções", diz Marco Aurélio.

Parece ter razão, a julgar pelo que disse [anteontem] em Istambul Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã: "Se os EUA e seus aliados pensam que podem erguer o bastão das sanções e depois sentar e negociar conosco, estão seriamente equivocados". (...)

FONTE: trechos da reportagem de CLÓVIS ROSSI publicada na Folha de São Paulo [entre colchetes colocados por este blog].

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