José Mujica
“A ferida mais grave que o Mercosul (Mercado Comum do Sul) recebeu, em sua história, foi o golpe de Estado parlamentário sumaríssimo que aconteceu no Paraguai”, sentenciou ontem, quinta-feira (12), o presidente uruguaio José Mujica.
“As vezes, existe certa legalidade que cobre hipocrisia”, advertiu o chefe de Estado em referência ao caráter de constitucionalidade que se quis imprimir ao juízo politico contra o presidente Lugo.
O mandatário uruguaio qualificou de “arrogância pejorativa” a atitude do “punhado de senadores paraguaios” por depreciar a mediação dos chanceleres da União de Nações Sul-americanas (Unasul) “que apenas pediam garantias de um devido processo para o presidente Fernando Lugo, simplesmente porque nem um ladrão de galinhas se processa dessa forma tão sumarissima como se fez no Paraguai”.
No programa de rádio “Fala o Presidente”, defendeu a expulsão do Paraguai do Mercosul. O presidente do Uruguai também acusou o Senado paraguaio de praticar “formas reiteradamente espúrias” e de tratar pejorativamente, durante cinco anos, ao povo venezuelano “que cumpriu todas as etapas e todos os pedidos para ingressar no Mercosul”.
“Não podíamos nos fazer de distraídos”, disse Mujica após ratificar a aplicação da clausula da fé democrática Usuhaia I, "que oportunamente havia sido aprovada por todo o Mercosul”.
Lembrou que foram rejeitadas as sansões econômicas, porque afetariam a vida do povo paraguaio e isso parece intolerável."
FONTE: Agência Venezuelana de Notícias. Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=188376&id_secao=7).
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