segunda-feira, 9 de julho de 2012

PROJETO DO SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO


MARINHA DO BRASIL - DIRETORIA-GERAL DO MATERIAL DA MARINHA

COORDENADORIA-GERAL DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE SUBMARINO COM PROPULSÃO NUCLEAR

MARINHA DO BRASIL INICIA PROJETO DO SUBMARINO DE PROPULSÃO NUCLEAR

[Leia abaixo, logo a seguir, o excelente artigo de Fernanda Corrêa: “Projeto do Submarino Nuclear Brasileiro:
ciência, tecnologia, cerceamento e soberania nacional”
]

“No dia 6 de julho, às 10h30, foi realizada a cerimônia de início do “Projeto do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro”, no auditório principal do “Centro Tecnológico da Marinha” em São Paulo (CTMSP). Com as presenças do Comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto; do Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Arthur Pires Ramos; e do Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, Almirante-de-Esquadra (Refº) José Alberto Accioly Fragelli, o evento marcou importante etapa do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), em que será desenvolvido o primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro.

No evento, também foi inaugurado o Escritório Técnico de Projetos em São Paulo, que foi especialmente equipado com avançados recursos de Tecnologia da Informação (TI) e uma sala de videoconferência, visando atender às necessidades que um projeto dessa magnitude demanda.

O Programa, que está inserido no escopo de contrato firmado entre a Marinha e a empresa francesa DCNS, exceto a parte nuclear da planta de propulsão, engloba, ainda, a construção de um estaleiro e base naval, na região de Itaguaí (RJ), e quatro submarinos convencionais. Entre os benefícios para o país, estão o fortalecimento da indústria nacional e o aprimoramento da qualificação técnica de profissionais brasileiros que trabalharão no PROSUB, garantindo ao Brasil a capacidade de desenvolver e construir seus próprios submarinos no futuro, de forma independente.

Este ano, o PROSUB já deu importante passo em sua parte nuclear com a inauguração da primeira das quatro fábricas da “Unidade Produtora de Hexafluoreto de Urânio” (USEXA) e do “Centro de Instrução e Adestramento Nuclear ARAMAR” (CIANA), em Sorocaba (SP), que representaram o domínio do ciclo do combustível nuclear para o país. Atualmente, apenas cinco países - China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia - detêm esse domínio tecnológico. Com esse empreendimento, o Brasil passa a integrar a seleta lista, uma vez que o reator nuclear e a propulsão do SN-BR serão desenvolvidos no país.

PROJETO DO SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO

O trabalho de Projeto, que foi iniciado no dia 6 de julho, percorrerá um longo caminho. Serão três anos para alcançar o projeto básico do submarino de propulsão nuclear, para então ter início a fase do projeto detalhado, simultaneamente com a construção do submarino, em 2016, no estaleiro da Marinha que está sendo construído na cidade de Itaguaí.

Considerado um dos mais complexos meios navais já idealizados pelo homem, o submarino de propulsão nuclear possui significativas vantagens táticas e estratégicas. Seu reator nuclear, por ser fonte quase inesgotável de energia, confere-lhe enorme autonomia, podendo desenvolver velocidades elevadas por longos períodos de navegação, ampliando significativamente sua mobilidade e permitindo-lhe patrulhar áreas mais extensas dos oceanos. Além disso, por operar ininterruptamente mergulhado, em completa independência do ar atmosférico, esse tipo de submarino é praticamente indetectável, inclusive por satélites.

O “Submarino Nuclear Brasileiro” (SN-BR) será totalmente projetado e construído no Brasil, empregando os mesmos métodos, técnicas e processos de construção desenvolvidos pelos franceses. Parte significativa dos equipamentos desenvolvidos para os quatro submarinos convencionais, de propulsão diesel-elétrica, será aproveitada no SN-BR. Estima-se que cada um dos submarinos a ser produzido no Brasil contará com mais de 36 mil itens a serem fabricados aqui, por mais de 100 empresas brasileiras. Entre esses equipamentos, estão válvulas de casco, motores elétricos, sistema de combate, bombas hidráulicas, quadros elétricos, sistemas de controle e baterias de grande porte, dentre outros. O processo de capacitação da indústria de defesa nacional, envolvendo transferência de tecnologia e expressiva nacionalização de equipamentos, possibilitará que a qualificação alcançada pelos profissionais brasileiros possa ser utilizada em diversos outros segmentos da indústria nacional.

O “Programa de Desenvolvimento de Submarinos” irá gerar, durante as obras de construção em andamento, mais de 9 mil empregos diretos e outros 27 mil indiretos. Para o período de construção dos submarinos, projeta-se, na área de construção naval militar, a criação de cerca de 2 mil empregos diretos e 8 mil indiretos permanentes, com utilização expressiva de mão-de-obra local.

“Nam et ipsa scientia potestas est” [saber é poder]

PROJETO DO SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO:
CIÊNCIA, TECNOLOGIA, CERCEAMENTO E SOBERANIA NACIONAL

Por Fernanda Corrêa, historiadora, estrategista e pesquisadora do
Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense

“Hoje, 6 de julho de 2012, realiza-se no ‘Centro Tecnológico da Marinha’ em São Paulo (CTMSP), a Aula Magna que marca o início do ‘Projeto do Submarino de Propulsão Nuclear Brasileiro’. Presentes na cerimônia, o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Arthur Pires Ramos, o Diretor do CTMSP, Vice-Almirante Carlos Passos Bezerril, o Coordenador-Geral do PROSUB, Almirante-de-Esquadra José Alberto Accioly Fragelli, do Vice-Presidente Executivo da DCNS, Bernard Planchais, e demais autoridades.

O projeto do submarino nuclear brasileiro remonta a década de 1970, durante a gestão de Ernesto Geisel (1974-1979). Coube ao engenheiro nuclear recém chegado do ‘Instituto de Tecnologia de Massachusetts’ (MIT), nos Estados Unidos, CC Othon Luiz Pinheiro da Silva, em março de 1979, pôr em prática o projeto do submarino nuclear brasileiro. Como primeira constatação das dificuldades para viabilizar o projeto, a Marinha do Brasil (MB) chegou à conclusão de que, sem o domínio do ciclo do combustível nuclear, não teria como dar o próximo passo: construir o reator nuclear para propulsão naval.

Em périplo de, aproximadamente, 20 anos, a MB dominou o ciclo do combustível nuclear e pôde dar início à construção do reator nuclear que será comportado no submarino.

Pergunta: por que o Brasil assinou um Acordo Militar com a França, em 7 de setembro de 2009, para aquisição de submarinos convencionais e nuclear, condicionando a compra à transferência de tecnologia estratégica?

Com a aquisição dos submarinos da classe Oberon, a MB aprendeu com os ingleses a operar submarinos. Com a aquisição dos submarinos alemãs modelo IKL, a MB aprendeu a construir submarinos. A partir de então, a maior dificuldade da MB em dominar as etapas no desenvolvimento de submarinos passou a ser a de projetá-los.

Há várias formas de obter tecnologia, seja por desenvolvimento autônomo, importação de cérebros, cooperação tecnológica internacional e transferência de tecnologia.

O Brasil optou por buscar parcerias tecnológicas que estivessem, naquele momento, construindo submarinos convencionais e nucleares. Seguindo um processo de eliminação, restaram como opções a Rússia e a França. Nesse processo seletivo, a MB analisou as seguintes considerações: capacidade para desenvolver tecnologia própria, emprego de métodos e processos familiarizados com os empregados no Ocidente e de mais fácil absorção pelos técnicos e engenheiros brasileiros, ter fornecedor e ter comprador de material de defesa e, principal e contratualmente, aceitar transferir tecnologia de projeto de submarinos convencionais e nucleares. 

O fato de a França exportar submarinos convencionais da classe Scorpène para o Chile, a Malásia e a Índia e, principalmente, aceitar as condições de transferência de tecnologia exigidas pelo Brasil a tornou parceira ideal para a realização dos objetivos políticos e militares brasileiros. E assim, nesse contexto, a França, desde 2010, está ensinando técnicos e engenheiros da MB e de empresas brasileiras partícipes a projetar submarinos.

Submarino Scorpène, base do futuro Submarino Brasileiro de Propulsão nuclear. Foto - DCNS

Em 16 de setembro de 2010, na cidade francesa de Lorient, a estatal DCNS inaugurou a “Escola de Projeto de Submarinos”, construída, especialmente, para cooperar com a MB na absorção de conhecimento científico e tecnológico de projeto de submarinos. Nessa escola, já estão sendo formados grupos de engenheiros da MB e de empresas brasileiras envolvidas que, retornando ao Brasil, serão responsáveis pela disseminação do conhecimento científico e tecnológico absorvido. Importante ressaltar o valor dessa absorção e disseminação do conhecimento na formação de comunidade científica altamente qualificada e coesa. A título de comparação e exemplificação, graças a comunidade científica semelhante, formada pela MB no “Centro Experimental Aramar”, ao longo da década de 1980, que, na década seguinte, ao ser transferida a equipe e o conhecimento lá desenvolvidos, as “Indústrias Nucleares do Brasil” (INB) puderam absorver esse conhecimento e desenvolver e produzir combustível nuclear para os reatores nucleares brasileiros.

O primeiro submarino convencional da classe Scorpène já está sendo construído nas instalações da DCNS, em Cherbourg, na França. A expectativa é que esse primeiro submarino tenha sua construção concluída no estaleiro de submarinos, em Itaguaí, município do Rio de Janeiro, o qual também ainda está sendo construído por meio de consórcio entre a DCNS e a empresa privada brasileira Odebrecht.

O PROSUB é constituído por quatro submarinos convencionais e um nuclear. A principal missão da DCNS é auxiliar a MB a projetar o casco resistente do futuro submarino de propulsão nuclear brasileiro, o qual será construído no futuro estaleiro de submarinos em Itaguaí.

Embora a MB esteja, tecnicamente, satisfeita com os seus submarinos [alemães] modelo IKL, essa força cedeu preferência no fechamento dos contratos com os franceses em função do casco hidrodinâmico do projeto francês derivar do submarino nuclear classe Rubis. Assim, além do modelo do casco do submarino convencional francês se destacar pela relativa facilidade de transição para o nuclear, todos os submarinos da classe Rubis em operação da Marinha francesa empregam tecnologias que são utilizadas nos submarinos nucleares franceses, como o sistema de combate SUBTICS, sensores, armamentos, sistema de controle da plataforma etc, os quais também terão seus conhecimentos absorvidos pelos cientistas, técnicos e engenheiros brasileiros.

Como mencionado, exceto o primeiro, os demais submarinos serão construídos no Brasil. A expectativa é que o índice de nacionalização seja elevado. O Ministério da Defesa (MD) abriu concorrência para que empresas nacionais se candidatassem nos itens a ser nacionalizados. Coube à DCNS avaliar e selecionar as empresas que se candidataram e à MB coube acompanhar e supervisionar todo esse processo de seleção.

Se por um lado 2009 foi ano generoso para o setor naval do “Programa Nuclear Brasileiro” (PNB), para o setor de saúde que também se beneficia desse Programa não foi. Por acomodação e falta de visão estratégica, o Governo brasileiro sentiu o impacto e as consequências que a dependência e o cerceamento tecnológico nuclear geraram para a sociedade e para os cofres públicos. Nesse ano, a empresa canadense MDS Nordion que fornecia tecnécio para os institutos de pesquisas da CNEN, sem aviso prévio e alegando problemas no reator, cortou o suprimento desse radiofármaco. Semanalmente, o IPEN fornece geradores de tecnécio para aproximadamente 300 clínicas e hospitais em todo o Brasil. Além dos poucos países que fornecem esste radiofármaco não atenderem a demanda internacional, o seu preço aumentou em 200%. Como solução paliativa, o Ministério da Saúde resolveu importar o tecnécio da Argentina, da África do Sul e de Israel. Como solução definitiva, o Ministério da Saúde decidiu envolver o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e, em comum acordo com a Argentina, puseram em prática o plano de construir um reator de pesquisa chamado de multipropósito (RMB), um para cada país.

O arraste tecnológico advindo dessa construção, além de beneficiar a medicina nuclear, beneficiará outros setores, como o de engenharia de alimentos, o de energia, a indústria e o setor naval. Sua implantação permitirá agregar pesquisadores de diversas áreas, possibilitando a criação de um núcleo de conhecimento capacitado, integrado e coeso. Foi visando esses benefícios que a MB cedeu parte de seu terreno, ao lado do “Centro Experimental Aramar”, em Iperó, interior do estado de São Paulo, para que o MCT construísse o RMB. Esse reator, além de realizar testes de irradiação de materiais e combustíveis nucleares, tem caráter estratégico, pois, contribuirá na produção de tecnécio-99, radiofármaco gerado por aceleradores de partículas feitos de molibdênio, metal raro, ultrarresistente, que suporta temperaturas elevadas e resiste à corrosão. Como as reservas oficiais de molibdênio são insignificantes, o Brasil é extremamente dependente da importação de produtos gerados a partir desse metal para o suprimento de suas necessidades. Dados de 2007 do “Departamento Nacional de Produção Mineral” acusaram que as importações brasileiras de molibdênio totalizaram cerca de 10.415 toneladas, o que significou gasto de US$ 301,64 milhões. Só a China possui três das seis maiores minas de molibdênio do mundo e os EUA detêm as outras três das seis maiores minas em operação. A produção de molibdênio na América Latina se concentra nas minas chilenas e algumas poucas peruanas.

O RMB garantirá a autossuficiência e a independência tecnológica na produção do molibdênio. Além dessas questões, há intrinsecamente nesse processo uma questão de soberania nacional, à medida que o casco resistente dos submarinos, em especial, os de origem ocidental, são constituídos por liga metálica composta por níquel, cobre e molibdênio (HY-80). Isso permite que os submarinos convencionais e nucleares possam mergulhar ainda mais fundo, cumprindo a finalidade de não serem detectados por forças hostis sem comprometer o casco resistente.

Há países, como o Japão, que restringem severamente a exportação de aços que possam ser aplicados com fins militares. Um boicote conjunto de fornecedores internacionais de aços estratégicos significaria o estrangulamento de qualquer programa militar que dependesse da importação dessas ligas metálicas. Alguns especialistas afirmam que o Brasil, nas décadas de 1980 e 1990, só assinou os contratos para a aquisição de submarinos modelo IKL mediante o comprometimento alemão em fornecer o molibdênio para a construção dos cascos resistentes dos 4 submarinos convencionais que foram construídos em território brasileiro. Se essa afirmação é verdadeira ou não, o fato é que, a MB se beneficiará demasiadamente com a construção do RMB. Independentemente de haver o comprometimento da França nesse novo Acordo Militar, o fato é que, ao transferir a tecnologia de projeto, os cientistas, técnicos e engenheiros brasileiros adaptarão os conhecimentos absorvidos na Escola de Projeto, na França, nos submarinos que serão construídos em território nacional. Isso permitirá, inclusive, que os brasileiros possam escolher as ligas metálicas que melhor atendam aos interesses estratégicos da empreitada, à medida que já existem submarinos utilizando novos tipos de ligas metálicas, com menores custos e com soldabilidade muito superior que os da série HY, permitindo, assim, redução de até 50% nos custos totais de construção das embarcações navais. As ligas metálicas oriundas da família HSLA-80 são exemplo disso. Nos EUA, por exemplo, já se utiliza esse tipo de liga metálica na construção de algumas classes de submarinos.

Percebe-se, assim, que, não foi à toa que a MB cedeu seu terreno, ao lado de Aramar para que o MCT construísse o RMB, garantindo benefícios científicos e tecnológicos na irradiação de material e combustível nuclear para o reator de propulsão naval e burlando o cerco tecnológico dos países que mantêm a estrutura “realista” [sic] do sistema internacional.

A conclusão que se pode chegar com este texto é que, graças a sua participação no RMB, a MB tornará possível o sonho de projetar, construir e operar o submarino nuclear brasileiro, reduzirá as vulnerabilidades científicas e tecnológicas, contribuirá com a consolidação das políticas de cooperação e integração na América do Sul e fortalecerá a soberania do Estado nas águas jurisdicionais brasileiras.”

5 comentários:

Probus disse...

UM, ÚNICO, SOZINHO, SOLITÁRIO... tadinho dele... tadinho de nóis... É como bem diz o Paulo Henrique Amorim: Bomba Atômica Brasileira já!!!!

Esse projeto da MARINHA é, aparentemente, ótimo, mas, é um engôdo. Quando teremos uma "FROTA" na "ATIVA" de submarinos à Propulsão NUCLEAR??? Pelo cronograma e, se Netuno e Iemanjá ajudarem em 2040 teremos uns 10...

Eu sou mais os OLHOS da FAB, o P-3AM Orion.
Mas, confesso, eu NUNCA entendi como o JUNITI compra aeronaves USADAS por US$ 45 milhões de dólares, a METADE do CUSTO de uma aeronave NOVA... Será que o "irmãozinho" do SINISTRO MINISTRO, ALOIZIO MERCADANTE, o CORONEL OLIVA MERCADANTE, está por trás de mais esta imundice????
E, ainda, o verdadeiro custo pertencerá ao tempo, quando as limitações estruturais e a falta de peças impuserem restrições para uma disponibilidade reduzida de aeronaves no mercado.
São os "bons" e "patrióticos" negócios "nacionalistas" que os LESA PÁTRIA fazem secularmente em terras tupiniquins.

Compra de OPORTUNIDADE, já!!!!

Unknown disse...

Probus,
Pelo que tenho lido, os 12 P-3M Orion (9+3 para suprimento) foram adquiridos por cerca de US$ 12 milhões o conjunto. Estavam estocados em deserto nos EUA. Os demais custos foram devidos ao novo "recheio" especificado pela FAB, à modernização realizada na Espanha/França para a missão antissubmarino.
Maria Tereza

Probus disse...

Maria Tereza, pense comigo:

Uma aeronave P-3M Orion por(cerca de) US$ 1,3 milhões?? Não. Faça as contas.
Ele é um BOM guardião(o P-3), portanto, ele não é esse preço(Us$ 1,3 milhões). Ele é um Anti-Submarino e leva armamento PESADO. Só um míssil Anti-Submarino ou Anti-Navio já custa Us$ 1 milhão de dólares.

E, cada célula dessa só durará 15 anos.

Unknown disse...

Probus,
O que eu comentei é fato. As carcaças do P-3M foram compradas por esse preço (da ordem de US$ 1 milhão/cada) porque eram versões antigas, já desativadas da US Navy, porém bem estocadas em deserto nos EUA. Após comprar as carcaças, a FAB especificou e contratou as grandes modificações que tornaram o avião muito bom e moderno para missões de patrulhamento marítimo e antissubmarino. Com essa modernização contratada na CASA espanhola, logicamente o custo unitário se elevou, porém ainda bem mais baixo do que seria despendido com aquisição de aeronaves totalmente novas.
Maria Tereza

Probus disse...

Porque pagar US$ 45 milhões de dólares para modernizar uma célula que só permanecerá 15 anos na ATIVA??