sexta-feira, 2 de agosto de 2013

DESCOBERTO! VANDALISMO NO ITAMARATY FOI LIDERADO POR MEMBRO DA “REDE” DE MARINA

Do “Brasil 247”

VANDALISMO NO ITAMARATY FOI LIDERADO POR “MARINEIRO”

“Um membro da Comissão Executiva Nacional da “Rede Sustentabilidade”, partido que a ex-senadora Marina Silva tenta criar para disputar a presidência da República, em 2014, foi um dos líderes dos atos de vandalismo que chocaram o País no dia 20 de junho, quando o Itamaraty foi depredado; seu nome é Pedro Piccolo Contesini.

"O que me resta é dizer a verdade, como estou fazendo aqui, e reconhecer meus atos. Peço desculpas sinceras a todos os companheiros e companheiras da ‘Rede’. Reafirmo que continuarei sendo um “enredado” convicto, persistente e esperançoso", disse o vândalo fisgado pela rede da polícia

Um protesto que chocou o Brasil e o mundo, no dia 20 de junho, quando manifestantes depredaram e tentaram atear fogo no Palácio do Itamaraty, uma das obras-primas de Oscar Niemeyer, teve o dedo [bra
ços e barra de ferro] de um integrante da Comissão Executiva Nacional da “Rede Sustentabilidade”, partido que a ex-senadora Marina Silva tenta criar para concorrer ao Palácio do Planalto em 2014. Seu nome é Pedro Piccolo Contesini. 

Identificado pela Polícia Civil do Distrito Federal, ele tentou se defender em seu Facebook. "Não cometi crime", disse. Leia abaixo:

“Hoje, na nota do Correio Braziliense (Na rede da investigação) é dito que "mais três manifestantes foram identificados pela Polícia Civil do DF como responsáveis pela depredação do Palácio Itamaraty, em 20 de Junho". A nota cita meu nome e afirma que apareço em imagens "com pedaços de madeira usados para quebrar as vidraças do prédio tombado".

O que tenho a dizer sobre isto:

Não cometi crime

20 de junho deste ano, uma quinta-feira, dia da maior das manifestações acontecidas em Brasília, dentro do ciclo de protestos de rua naquele período, em todo o país. Três dias antes houvera outra, aquela na qual os manifestantes subiram nas cúpulas do Congresso. Participei das duas. Na do dia 20, com mais de 60 mil pessoas tomando a Esplanada, havia um contingente policial muito maior e mais agressivo, com a presença da tropa de choque. Ao contrário da anterior, a estratégia repressiva era de impedir a qualquer custo que as pessoas novamente subissem sobre o Congresso ou passassem para a Praça dos Três Poderes, onde fica o Palácio do Planalto.

Primeiro foi o uso do spray de pimenta, em seguida muitas bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para todos os lados. A tensão foi num crescendo e o único lugar que parecia mais desguarnecido de tropas era o Palácio do Itamaraty, para onde a PM praticamente empurrou
[sic] uma parte dos manifestantes, ao continuar a jogar bombas sobre o gramado diante do Congresso. O ar estava tomado de gás, os olhos ardiam. Tirei a camiseta e coloquei no rosto para me proteger [sic].. E também corri para o lado do Itamaraty.

Esse foi o contexto de um dia no qual cometi muitos erros, mas só pude ter plena consciência deles retrospectivamente. O primeiro foi usar na manifestação a camiseta da ‘Rede Sustentabilidade’, que eu vestia porque vinha de uma atividade de coleta de assinaturas para a formação do partido. Havia entre nós uma avaliação de que a ‘Rede’ deveria, como instituição, manter-se afastada das ruas, para evitar qualquer acusação equivocada (ou manipulada) de que queríamos nos aproveitar dos protestos, uma vez que, de várias maneiras, eles se identificavam muito com nossa trajetória e preocupações. Ficara acertado que os membros da ‘Rede’ que quisessem participar deveriam fazê-lo como cidadãos, em caráter individual. No dia 20, eu me orgulhava ingenuamente de estar com a camiseta, mas em nenhum momento me passou pela cabeça o que estava por vir e que poderia ser danoso à ‘Rede’, algo sob medida para ser explorado por pessoas de má-fé.

Participo de movimentos sociais e manifestações locais desde que entrei na UNB, em 2006. Também participei das manifestações na Rio+20, na Cúpula dos Povos e outras em prol de direitos humanos e do meio ambiente. Mas nunca havia participado de protestos do porte e do alcance temático e político dos que ocorreram no mês de junho no Brasil e em Brasília. E nunca de nenhum que atraísse um aparato policial tão grande e violento como no dia 20.

A manifestação do dia 17 ocorrera sem depredações ou violência, principalmente porque a PM não reagiu ao acesso de manifestantes ao teto do Congresso. Fiquei extasiado, pois há muito tempo não se via, no Brasil, um fenômeno deste tipo, em que a população saía às ruas em peso clamando por causas que iam de melhores serviços públicos até a refundação da política.

No dia 20, o clima foi totalmente outro. Já começara com a declaração de confronto de autoridades policiais, segundo as quais todas as pessoas que descessem na Rodoviária seriam revistadas. A tensão aumentava na medida em que, a cada movimento da massa de manifestantes em direção ao Congresso ou aos acessos à Praça dos Três Poderes, a polícia reagia violentamente. Até o momento em que nova investida da PM provocou certa reação de pânico em uma parte dos manifestantes foi em direção ao Itamaraty. Fui junto. Sem nenhuma intenção de depredar nada, mas tomado de raiva e sob intensa pressão.

Quando cheguei ao corredor estreito que dá entrada para o prédio, já havia ali muitas pessoas concentradas e começava o quebra-quebra. Vários manifestantes jogavam diferentes objetos contra as vidraças. Vi uma barra de ferro no chão e a agarrei, inicialmente com a intenção de me defender
[sic], caso as coisas piorassem por ali. Depois, com as emoções à flor da pele, a pressionei algumas vezes contra diferentes pontos de uma estrutura também de ferro do próprio prédio e em seguida a joguei. Não quebrei nada! [sic].




Fiquei ali por mais alguns minutos e retornei ao gramado da Esplanada, onde fui atingido na perna por uma bomba atirada pela polícia, que deixou um edema de uns 15 cm e uma cicatriz que ainda tenho. Quando cheguei em casa, mais calmo, tive a clara percepção de ter errado, mas fiquei aliviado por não ter, afinal, causado nenhum dano a um prédio público e, além disso, tombado como patrimônio nacional [Oh!...].
Quando a polícia começou a procurar os participantes do quebra-quebra, fui identificado em fotos nas quais estava com a barra de ferro nas mãos, mas em nenhuma delas estou quebrando nada [Hum...]. 

No dia 24 de julho, por volta das 15 horas, enquanto trabalhava no processamento de documentos na sede da ‘Rede’ em Brasília, fui chamado para fora da sala por uma mulher e um homem que se apresentaram como sendo da Polícia Civil. Disseram que eu deveria acompanhá-los para prestar um depoimento sobre as manifestações no Itamaraty. Pedi para ir no final da tarde, quando terminasse meu trabalho. Responderam que era melhor ir naquele momento para “evitar constrangimentos”. No caminho perguntei se não deveria chamar um advogado e me disseram que seria desnecessário.

Fui conduzido à 5ª Delegacia da Polícia Civil, onde falei com o delegado encarregado de investigações extraordinárias. Eu estava bastante tenso, já que nunca estive numa situação semelhante. Depois descobri que eu deveria ter ido apenas com uma intimação formal e acompanhado de advogado.

O delegado me inquiriu com uma câmera gravando. Perguntei mais uma vez se não precisaria de presença de um advogado e ele me reiterou que não. Disse que fazia parte de uma policia republicana e que a relação entre nós ali seria de confiança e que seria honesto comigo, esperando reciprocidade. Relatei fielmente, respondendo a suas perguntas, o que fui fazer na manifestação, a que horas cheguei, o percurso da manifestação e o meu. Mostrou-me fotos das ações no Itamaraty e admiti que estava lá e que escondia o rosto.

Após a inquirição, o delegado informou que o processo seguiria para a Polícia Federal, onde seria produzido um inquérito a ser enviado ao Ministério Público, que decidiria pela abertura, ou não, de processo judicial. Depois disso, assinei um termo de depoimento após ser mais uma vez ouvido por outro delegado. Declarei ainda qual era meu estado emocional e que não ocasionei nenhuma depredação ao prédio do Itamaraty. Finalmente, que agi por vontade própria, não tendo sido levado ou orientado a nada, por nenhuma pessoa ou organização.

Hoje vejo com clareza os excessos que cometi e o risco a que submeti a ‘Rede’, de ser caluniada ou passar a ser objeto de insinuações de ter algo a ver com os quebra-quebras durante as manifestações. Seria algo impensável, pois a linha política da ‘Rede’ vai em outra direção, sem nenhuma afinidade com soluções violentas, venham de que lado vierem. Estou arrependido, errei politicamente, mas em nenhum momento cometi crime.

O que me resta é dizer a verdade, como estou fazendo aqui, e reconhecer meus atos. Peço desculpas sinceras a todos os companheiros e companheiras da Rede. Reafirmo que continuarei sendo um “enredado” convicto, persistente e esperançoso.”

[Sic!!!]

FONTE: jornal “Brasil 247”   (http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/110355/Vandalismo-no-Itamaraty-foi-liderado-por-marineiro.htm). [Imagens do google e pequenos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].


COMPLEMENTAÇÃO


"O Correio Braziliense mostra na edição desta sexta feira (02) as imagens usadas para identificação de Pedro Piccolo Contesini, 27 anos, suspeito de participar da depredação do Palácio Itamaraty, em 20 de junho. Em um primeiro momento, ele aparece caminhando entre manifestantes com um megafone nas mãos e a blusa da Rede Sustentabilidade, partido que Marina Silva tenta criar para concorrer às eleições de 2014. Na sequência, o jovem, com o rosto coberto pela mesma camiseta, surge com uma barra de ferro, de cerca de dois metros. Em seguida, ele joga o objeto em direção ao prédio. Na última foto, Contesini presta depoimento, e a polícia apresenta a blusa pela qual ele foi reconhecido.

Identificado pela Polícia Civil como um dos sete manifestantes envolvidos no ato de vandalismo, o membro da Comissão Executiva Nacional Provisória da Rede se defendeu na internet. Deles, três foram indiciados, um está em prisão domiciliar e vai responder o processo em liberdade. Segundo o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Jorge Xavier, as imagens se encontram com a Polícia Federal, responsável pela condução do caso. “Nossa parte está concluída, temos imagem dos sete. Quem tinha que ser identificado naquele momento, foi identificado. O material agora está com a Polícia Federal e não vamos nos envolver mais nas investigações.”

Por meio do perfil pessoal no Facebook, Contesini confessou ter participado da manifestação com a camiseta do partido da Marina e de ter pressionado a barra contra uma estrutura de vidro do Itamaraty , e disse ainda:. “A tensão foi crescendo, e o único lugar que parecia mais desguarnecido de tropas era o Palácio Itamaraty, para onde a PM praticamente empurrou uma parte dos manifestantes, ao continuar a jogar bombas sobre o gramado diante do Congresso. Esse foi o contexto de um dia no qual cometi muitos erros, mas só pude ter plena consciência deles retrospectivamente”, alegou.

Sobre o ato de vandalismo, ele declara que estava tomado de raiva e sob intensa pressão, mas que não depredou o prédio, cujos reparos custaram R$ 18,5 mil, e só pressionou a barra contra uma estrutura de vidro do Palácio,

Hoje, vejo com clareza os excessos que cometi e o risco a que submeti a Rede" , disse ele.

A Rede Sustentabilidade, procurada pelo jornal Correio na quarta-feira e ontem, manteve o posicionamento de apenas divulgar uma nota e não prestar esclarecimentos. No e-mail, a assessoria revela que Contesini informou, antes de o caso ser anunciado pela mídia, sobre a possível abertura de inquérito. As informações são do Correio Braziliense."

FONTE DA COMPLEMENTAÇÃO: blog "Os amigos do Presidente Lula" (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2013/08/manifestante-que-depredou-o-itamaraty-e.html).

Nenhum comentário: