AS "INTERCORRÊNCIAS" DE AYRES BRITTO NO MENSALÃO TUCANO
Do “Congresso em Foco”
Ministros afirmam ao “Congresso em
Foco” “não se recordar do segundo adiamento do valerioduto do PSDB”. Gilmar
Mendes diz ser normal um processo [que trate de crimes da direita] ser anunciado e depois “adiado por falta de
tempo”.
Por Eduardo Militão
O ex-presidente do Supremo Tribunal
Federal Carlos Ayres Britto disse que o calendário do mensalão do PT foi uma
das muitas “intercorrências” para adiar o valerioduto do PSDB. “Qual foi a intercorrência? O mensalão. Nós fizemos o calendário da AP
470 e fizemos uma pauta temática para ganhar um pouco de tempo enquanto não
viesse o julgamento do mensalão. Uma pauta com processos de maior relevância”,
disse ele à reportagem. “Com essa
definição, não houve mais condições de julgar esse processo [do PSDB]”,
continuou.
O julgamento do mensalão “mineiro” [assim chamado de "mineiro" pela grande mídia para esconder e não pronunciar negativamente o idolatrado PSDB e dispersar a culpa dos crimes tucanos sobre toda a população de Minas Gerais] foi
adiado duas vezes em maio do ano passado, umas delas após um aviso antes do
lanche dos ministros, revela vídeo publicado pelo “Congresso em Foco” [veja aqui, ou na complementação após esta postagem]. Duas
semanas depois, em 6 de junho de 2012, o STF definiria o calendário do
valerioduto do PT. Nas últimas semanas de agosto, o ‘site’ questionou os
ministros que participaram desses julgamentos se houve algum eventual pedido de
adiamento do mensalão ‘mineiro’ [sic] em razão da definição de calendário do
outro mensalão. “Nenhum deles disse se
recordar dos fatos” na sessão de 23 de maio.
Em entrevista à reportagem, Ayres
Britto disse que, provavelmente, não obteve “condições” [?] de pautar o
processo na volta do intervalo.
De acordo com o ex-ministro, “desde
o começo”, o processo do valerioduto "mineiro" [sic] sofreu “intercorrências”
[da Globo?], como “pedidos de ‘colegas’ para não julgar” [!!!], ministros ausentes,
sugestão para julgar em conjunto com outros processos. Ele apresentou seu voto
para julgamento em 2005, mas o caso só foi ao plenário sete anos depois [!!!],
em 2012, já na sua gestão.
Parece com o ex-PGR Roberto Gurgel
Britto afirma que colocar o
valerioduto do PSDB em votação naquela sessão de 23 de maio de 2012 – depois do lanche, mesmo com o seu aviso
prévio – poderia “causar atritos” [!?!] entre os ministros. “Se eu não levei, é porque seria temerário colocar em votação, do ponto
de vista de um dissenso [político-partidário, certamente] mais sério, e comprometendo uma pauta
temática”, afirmou. “Sou uma pessoa
atenciosa, eu converso com os ministros, ninguém vai me negar essa qualidade de
buscar a todo instante o consenso.”
A pauta temática era um conjunto de
processos de impacto social que Ayres Britto concordou com os ministros para
julgarem durante sua gestão antes do julgamento do mensalão do PT, que consumiu
seis meses de trabalho do Supremo. Entre os projetos, estavam cotas sociais e
questões indígenas.
“SEM LEMBRANÇAS”
Ministros do Supremo ouvidos
pelo “Congresso em Foco” nas
últimas semanas disseram “não se recordar
dos adiamentos do mensalão
mineiro” [sic]
nas sessões de 16 e 23 de maio de 2012.
Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa
fingem que dormem quando se trata de julgar crimes tucanos?
Em conversa com a reportagem semana
[passada], o ministro Gilmar Mendes destacou que, em 16 de maio, pediu o
primeiro adiamento do mensalão “mineiro” [sic] para haver quórum completo no
tribunal. Assessores de seu gabinete disseram que, em 23 de maio, o intervalo
foi um pouco mais demorado que o normal, o que pode ter comprometido a leitura
do longo voto de Ayres Britto e, assim, ter levado o ministro a chamar outro
processo na volta do lanche. “Então, não
deve ter tido mais chances [de colocar em julgamento]”, completou Gilmar
Mendes. “Isso não é incomum”,
avaliou.
Entretanto, o ministro disse
ao “Congresso em Foco” não se
recordar de alguma conversa sobre o assunto no intervalo, quando houve o
segundo adiamento. “Não me lembrava nem
da minha participação ali. São tantos os assuntos”, comentou Gilmar Mendes.
O ministro perguntou se a ação cível do mensalão “mineiro” [sic], aberto em
2003, ainda continua no Supremo à espera de julgamento. “E ela continua aqui?”, questionou [cínica e debochadamente?] o
ex-presidente do STF. Para continuar a andar, a ação aguarda julgamento há oito
anos!... [E a tal “celeridade”, tonitruada furiosamente por Joaquim Barbosa,
com apoio e repercussão da grande mídia, no caso do “mensalão” do PT?]
Joaquim Barbosa, “o justiceiro célere”
AVESSO A ESSAS CONVERSAS
O ministro Marco Aurélio, que foi
contra o primeiro adiamento do mensalão “mineiro” [sic], também “não se recordou da segunda postergação do
julgamento”, depois do lanche. “Eu
não trato de processo no intervalo. Eu sou avesso a essas conversas”,
afirmou ele ao site.
“Não admito que me falem, nem eu falo com
os colegas”, disse Marco Aurélio. “Não
tenho o domínio do que ‘teria havido’ para não chamarem o processo.”
A reportagem questionou à assessoria
de Joaquim Barbosa o que aconteceu no intervalo de 23 de maio. Segundo os
assessores do presidente do STF, nada. “Em julho, veio o recesso e, depois, o
plenário ficou concentrado no julgamento da AP 470. E com a aposentadoria do
Britto, a PET 3067 ficou sem relator, até 26 de junho deste ano, quando o
Barroso foi nomeado. Cabe a ele pedir dia para julgamento.”
Marco Aurélio afirma que só o
próprio Britto poderia esclarecer os fatos. Dias Toffoli fez a mesma avaliação,
informou sua assessoria. Toffoli também afirmou “não se lembrar do que
aconteceu” naquela sessão específica para adiar o processo de improbidade do
valerioduto do PSDB [amnésia típica muito recorrente nos ministros do STF e no PGR]...
Celso de Mello também “não se
recordou” dos fatos. A assessoria do ministro Joaquim Barbosa foi procurada,
mas não obteve os esclarecimentos necessários até o fechamento desta reportagem.
Sem comentários
A assessoria de Rosa Weber disse que
ela não se manifesta sobre processos fora de sua relatoria. Ricardo Lewandowski
disse à reportagem, por meio de assessores, que não comentaria uma decisão [político-partidária?]
de Ayres Britto de não trazer o caso a julgamento depois do lanche.
Luiz Fux, Cármen Lúcia e seus
assessores não prestaram esclarecimentos ao “Congresso em
Foco”. O ex-ministro Cézar Peluso não foi localizado. Luís
Roberto Barroso, o novo relator do caso, disse que ainda não estudou o mensalão
“mineiro” [sic]. Teori Zavascki não era ministro do Supremo em maio de 2012.”
FONTE: do “Congresso em Foco”. Transcrito
no portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-intercorrencias-de-ayres-britto-no-mensalao-tucano).
COMPLEMENTAÇÃO
IMPERDÍVEL!
VÍDEO MOSTRA BRITTO ADIANDO JULGAMENTO DO MENSALÃO TUCANO
Enviado por Miguel do Rosário
“O mensalão tucano aconteceu antes do mensalão
petista, e uma investigação sobre ele ajudaria a esclarecer vários pontos
obscuros do que aconteceria mais tarde. A lógica mandava, portanto, que o
julgamento do ‘caixa 2’ da campanha de Eduardo Azeredo ocorresse antes. Mas
predominou outra lógica, a política [partidária], sob orientação da mídia. E o
presidente Ayres Britto obedeceu caninamente às orientações de seus patrões, a
família Marinho.
O vídeo abaixo, preparado pelo site “Congresso em Foco”, revela
os adiamentos sucessivos de Britto, com apoio de outros ministros, do
julgamento do mensalão tucano.
Note a calma de Joaquim Barbosa, que em certo
momento diz que “tanto faz” para ele adiar ou julgar imediatamente. Tão
diferente do Barbosa furiosamente apressado que estamos vendo agora, não?"
[...]
FONTE da complementação: trecho de postagem do blog
“Cafezinho” (http://www.ocafezinho.com/2013/08/26/imperdivel-video-mostra-britto-adiando-julgamento-do-mensalao-tucano/).
[Título, imagens do Google, suas legendas, aspas e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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