CONVERSA COM A PRESIDENTA
PLANO
ESTRATÉGICO DE FRONTEIRAS
“Priscila
Villela, Mestranda em Relações Internacionais, 24 anos, São Paulo-SP –Eu gostaria de saber o quanto o Plano Estratégico
de Fronteiras foi motivado e é direcionado ao combate ao tráfico internacional
de drogas e se o tráfico é uma ameaça externa à segurança do Brasil.
Presidenta – Priscila,
o tráfico de drogas é um problema de dimensões internacionais, que afeta países
do mundo inteiro. O ‘Plano Estratégico de Fronteiras’ visa prevenir e combater
crimes transfronteiriços como o tráfico de drogas, desarticulando redes ilegais
na divisa com dez países vizinhos e atuando sempre em cooperação com eles. O
Plano é realizado por meio da ‘Operação
Ágata’, de natureza pontual e que tem como principal elemento a surpresa,
que é liderada pelo Ministério da Defesa e mobiliza as Forças Armadas e forças
civis de segurança; e da ‘Operação
Sentinela’, de caráter permanente, coordenada pelo Ministério da Justiça,
que reúne as polícias Federal, Rodoviária Federal e a Força Nacional de
Segurança. Também participam das duas operações outros órgãos de governos
locais e federal, inclusive a Receita Federal. As duas operações utilizam
tecnologias de ponta, como os cinco modernos scanners da Polícia Rodoviária
Federal utilizados na ‘Operação Sentinela’,
instalados em veículos, que localizam drogas e armas escondidas mesmo em
caminhões e carros em movimento. Nas sete operações ‘Ágata’, foram vistoriados
598.231 mil veículos, 25 mil embarcações, 222 aviões, destruídas cinco pistas
clandestinas, apreendidas 772 embarcações, 20 toneladas de explosivos e 37 de
entorpecentes. Com o ‘Plano Estratégico de Fronteiras’, o
governo federal trabalha para que Estados e municípios tenham melhores
condições de garantir mais segurança à população em todo o Brasil.
INVESTIMENTOS
EM EDUCAÇÃO
Nós
vamos mesmo aumentar os investimentos na educação com os royalties do petróleo?
Resposta- Sim, o
Congresso Nacional aprovou nossa proposta para investir as riquezas do petróleo
em educação. Agradeço aos parlamentares por essa vitória histórica da educação
brasileira. Nossa proposta foi aperfeiçoada pelos parlamentares, e a nova lei
destinará 75% dos royalties do petróleo para a educação e
os 25% restantes para a saúde. Também destinará 50% do ‘Fundo Social’
para a educação. Nenhum país do mundo tornou-se desenvolvido sem investir muito
em educação. É a educação que vai emancipar o nosso povo da pobreza e levar o
país à economia do conhecimento, ao domínio das inovações necessárias ao avanço
de nossa economia. Estamos concretizando os pactos nacionais por mais recursos
para a educação e por melhoria na saúde, que lançamos em junho, junto aos
governadores e prefeitos das capitais, e aos demais poderes. Os ‘royalties’ são
uma compensação financeira – entre 10% e
15% do valor da produção – que as empresas pagam aos governos federal,
estaduais e municipais pela exploração do petróleo. A parte dos ‘royalties’ do
governo federal irá para educação e saúde, juntamente com metade do ‘Fundo
Social’, que criamos em 2010 para receber os recursos do petróleo do pré-sal. A
outra metade do Fundo ficará guardada, como uma poupança para as futuras
gerações. Apenas a parte dos ‘royalties’ do petróleo já
descoberto trará R$ 112 bilhões para a educação e a saúde nos próximos dez
anos. Desse total, quase R$ 2 bilhões já entram no orçamento de 2014,
subindo para R$ 3 bilhões em 2015, quase R$ 6 bilhões em 2016, chegando a R$ 20
bilhões em 2020. Esse valor crescerá com a exploração de novas áreas, como o ‘Campo
de Libra’, na camada do pré-sal, que licitaremos em outubro. Para ‘Libra’,
estima-se uma produção entre 8 e 12 bilhões de barris de petróleo, equivalente
a quase todo o petróleo que acumulamos em cem anos. ‘Libra’ contribuirá para
que o saldo do Fundo esteja entre R$ 360 a R$ 736 bilhões nos próximos 35 anos. Quando
o petróleo desse campo acabar, o Fundo continuará rendendo dinheiro para a
educação e a saúde. Educação de qualidade inclui ações que já estamos desenvolvendo,
como a construção de seis mil creches até 2014, alfabetização na idade certa,
escola em tempo integral, já presente em quase 50 mil escolas públicas,
melhores salários para os professores, formação de cientistas, tecnólogos,
inovação e cursos no exterior, como é o caso do ‘Ciência sem Fronteiras’. Essas ações serão intensificadas com a
riqueza gerada pelo petróleo.”
FONTE: Blog do Planalto [http://www2.planalto.gov.br/imprensa/conversa-com-a-presidenta/document.2013-08-20.2710530636) e (http://blog.planalto.gov.br/em-coluna-dilma-fala-sobre-o-plano-estrategico-de-fronteiras-e-investimentos-em-educacao/].
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