A CHINA ESTÁ FURIOSA!
Editorial do “China Daily”, Pequim, sob o título original “No excuse for strikes”. Traduzido pelo “pessoal da Vila Vudu” e postado no blog “Redecastorphoto”
“Com os EUA e seus aliados ocidentais já tendo declarado que acreditam que o governo sírio teria usado armas químicas nos arredores de Damasco, crescem as especulações de que os EUA atacarão militarmente a Síria.
Contudo, sem base legal sólida, qualquer intervenção militar na Síria terá graves consequências para a segurança regional e viola as normas que governam as relações internacionais.
Ao culpar o governo sírio antes de os inspetores de armas químicas da ONU terem completado suas investigações independentes e terem chegado a conclusões críveis e autênticas, os EUA agem como juiz, júri e carrasco.
Ataques militares contra potências estrangeiras só exacerbarão a crise e podem ter consequências não previstas e não desejadas.
Protestos de quarta-feira (28/8/2013) no centro de Londres contra o ataque à Síria [Ontem (29), o Parlamento britânico veio a desautorizar o ataque]
Mesmo os que não sejam fãs do regime de Bashar al-Assad devem questionar por que o regime usaria armas químicas, num momento em que as forças do regime acabam de impor dura derrota à oposição, e é bem claro que usar aquele tipo de arma seria, na prática, suicídio.
A comunidade internacional deve exercitar a paciência, em vez de deixar-se arrastar pelo rabo pela inteligência dos EUA, a qual, afinal, já mentiu ao mundo, quando disse que Saddam Hussein teria armas de destruição em massa.
Ação militar sem autorização da ONU só agravará a situação na Síria e trabalhará contra a paz e a estabilidade na região. A Síria convertida em outra Líbia, ou, mesmo, em outro Iraque, é a última coisa que a maior parte da população mundial deseja ver.
Há dez anos, os EUA e seus aliados atropelaram a ONU e orquestraram troca forçada de regime no Iraque, sob o pretexto [mentiroso] de que o regime teria armas de destruição em massa. Não se deve permitir que aconteça outra vez.
Em 19/3/2003 às 5:35 - hora local - com bombardeiros Stealth e mísseis Tomahawk os EUA, liderando a coalizão na brutal campanha "Choque e Pavor" contra o povo iraquiano, bombardearam Bagdá. O ataque começou contra alvos no sul do Iraque.[repito, sob o falso pretexto de que o Iraque possuía armas atômicas e químicas. Mesmo tendo causado mais de um milhão de mortes, direta e indiretamente, os EUA e seus aliados até hoje não se desculparam perante o mundo, nem indenizaram os prejuízos humanos e materiais que causaram aos iraquianos]
Desde o início da crise síria, há dois anos, o ocidente chefiado pelos EUA manobra sem parar a favor de uma mudança de regime no país, por bem ou por mal. Agora, parece que têm crescente interesse em aplicar imediatamente o modelo Kosovo.
As manobras de países ocidentais conseguiram não só aumentar a violência na Síria como também semearam a discórdia entre os membros da comunidade internacional e fez crescer as dificuldades para os que dedicam seus esforços a encontrar solução pacífica para a crise.
Antes que a crise evolua para pior, é mais que hora de os EUA aprenderem as lições de seus próprios erros passados e de conterem seus planos selvagens de intervenção militar em mais um país.”
FONTE: editorial do “China Daily”, Pequim, sob o título original “No excuse for strikes”. Traduzido pelo “pessoal da Vila Vudu” e postado por Castor Filho no blog “Redecastorphoto”
(http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/08/china-nada-justifica-os-ataques.html). [Trechos entre colchetes em azul acrescentados por este blog 'democracia&política'].
Editorial do “China Daily”, Pequim, sob o título original “No excuse for strikes”. Traduzido pelo “pessoal da Vila Vudu” e postado no blog “Redecastorphoto”
“Com os EUA e seus aliados ocidentais já tendo declarado que acreditam que o governo sírio teria usado armas químicas nos arredores de Damasco, crescem as especulações de que os EUA atacarão militarmente a Síria.
Contudo, sem base legal sólida, qualquer intervenção militar na Síria terá graves consequências para a segurança regional e viola as normas que governam as relações internacionais.
Ao culpar o governo sírio antes de os inspetores de armas químicas da ONU terem completado suas investigações independentes e terem chegado a conclusões críveis e autênticas, os EUA agem como juiz, júri e carrasco.
Ataques militares contra potências estrangeiras só exacerbarão a crise e podem ter consequências não previstas e não desejadas.
Protestos de quarta-feira (28/8/2013) no centro de Londres contra o ataque à Síria [Ontem (29), o Parlamento britânico veio a desautorizar o ataque]
Mesmo os que não sejam fãs do regime de Bashar al-Assad devem questionar por que o regime usaria armas químicas, num momento em que as forças do regime acabam de impor dura derrota à oposição, e é bem claro que usar aquele tipo de arma seria, na prática, suicídio.
A comunidade internacional deve exercitar a paciência, em vez de deixar-se arrastar pelo rabo pela inteligência dos EUA, a qual, afinal, já mentiu ao mundo, quando disse que Saddam Hussein teria armas de destruição em massa.
Ação militar sem autorização da ONU só agravará a situação na Síria e trabalhará contra a paz e a estabilidade na região. A Síria convertida em outra Líbia, ou, mesmo, em outro Iraque, é a última coisa que a maior parte da população mundial deseja ver.
Há dez anos, os EUA e seus aliados atropelaram a ONU e orquestraram troca forçada de regime no Iraque, sob o pretexto [mentiroso] de que o regime teria armas de destruição em massa. Não se deve permitir que aconteça outra vez.
Em 19/3/2003 às 5:35 - hora local - com bombardeiros Stealth e mísseis Tomahawk os EUA, liderando a coalizão na brutal campanha "Choque e Pavor" contra o povo iraquiano, bombardearam Bagdá. O ataque começou contra alvos no sul do Iraque.[repito, sob o falso pretexto de que o Iraque possuía armas atômicas e químicas. Mesmo tendo causado mais de um milhão de mortes, direta e indiretamente, os EUA e seus aliados até hoje não se desculparam perante o mundo, nem indenizaram os prejuízos humanos e materiais que causaram aos iraquianos]
Desde o início da crise síria, há dois anos, o ocidente chefiado pelos EUA manobra sem parar a favor de uma mudança de regime no país, por bem ou por mal. Agora, parece que têm crescente interesse em aplicar imediatamente o modelo Kosovo.
As manobras de países ocidentais conseguiram não só aumentar a violência na Síria como também semearam a discórdia entre os membros da comunidade internacional e fez crescer as dificuldades para os que dedicam seus esforços a encontrar solução pacífica para a crise.
Antes que a crise evolua para pior, é mais que hora de os EUA aprenderem as lições de seus próprios erros passados e de conterem seus planos selvagens de intervenção militar em mais um país.”
FONTE: editorial do “China Daily”, Pequim, sob o título original “No excuse for strikes”. Traduzido pelo “pessoal da Vila Vudu” e postado por Castor Filho no blog “Redecastorphoto”
(http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/08/china-nada-justifica-os-ataques.html). [Trechos entre colchetes em azul acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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