segunda-feira, 5 de agosto de 2013

FHC/PSDB EXPÕE O ÓDIO A LULA E AO BRASIL

"Um safado, preguiçoso que explora os que vivem no mato" – que ódio, meu ! 

Do portal “Conversa Afiada”

“Da pág. 16 da edição nacional do Globo (daquela empresa que não paga à Receita), artigo do Farol de Alexandria – aquele que iluminava a Antiguidade e se desfez num terremoto chamado “Lula” – tem o título “Cartas na Mesa” (originalíssimo !, aliás).

Naquele estilo besuntado de colesterol, que levou o "New York Times" a dispensá-lo, ele se propõe a dar um “basta à corrupção” e “a falsas manias de grandeza”.

O Tartufo esquece que governou o Brasil – “um mato” … – durante oito sombrios anos, e que presidiu a Privataria.

Depois de avisar que “saí do Brasil”- ele esteve sempre fora do Brasil, agora, na Avenue Foche – diz que Lula, “líder supremo” do “lulo-petismo”, “como Macunaima aconselhou a presidenta a fazer oposição a si mesma”.

Agora Imortal, da Academia das Letras (porque, se fosse dos Números, lá não entrava) ele se deu a recorrer à literatura.

Deu-se mal.

Porque expressou um ódio insuperável ao Lula, que o superou, e ao Brasil, que o ignora.

Perceba, amigo navegante, o despeito e o menosprezo com que ele se refere à liderança do Lula e seus liderados (os habitantes do mato …).

Sobre Macunaíma:

Preguiçoso, egoísta, safado, inteligente, capaz de exercer influência sobre todos à sua volta.”

Assim é Macunaíma, o Imperador do Mato

MACUNAÍMA O HERÓI SEM NENHUM CARÁTER (Mario de Andrade, 1928 Capitulo 1):

No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: If. Ai! que preguiça!. . . e não dizia mais nada.”

Ficava no canto da ma loca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. E também espertava quando a família ia tomar banho no rio, todos juntos e nus. Passava o tempo do banho dando mergulho, e as mulheres soltavam gritos gozados por causa dos guaimuns diz que habitando a água doce por lá. No mucambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara. (…) Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar. Nas conversas das mulheres no pino do dia o assunto eram sempre as peraltagens do herói. As mulheres se riam muito simpatizadas, falando que “espinho que pinica, de pequeno já traz ponta”, e numa pagelança Rei Nagô fez um discurso e avisou que o herói era inteligente.

Nem bem teve seis anos deram água num chocalho pra ele e Macunaíma principiou falando como todos
.” (…)

Paulo Henrique Amorim (com Mario de Andrade, que seria fã do Farol…)

Na foto, Lula, no papel de Grande Otelo, na obra de FHC

FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu portal “Conversa afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/08/04/fhc-expoe-o-odio-a-lula-e-ao-brasil/) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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