Do portal “Conversa Afiada” do jornalista Paulo Henrique Amorim (PHA)
“Quem deu emprego resolve o resto !
De Delfim Netto, no jornal “Valor”, o PiG (*) cheiroso, e a Urubóloga:
O GOVERNO SE MOVEU
Por Antonio Delfim Netto, professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento.
“O atual pessimismo (da Urubóloga – PHA) não encontra correspondência nos dados da conjuntura social e econômica. Com relação à política fiscal, é claro que ela continua expansiva, mas a relação dívida bruta/Produto Interno Bruto é ligeiramente menor do que 60% e os déficits fiscais dos últimos anos têm ficado abaixo de 3% do PIB. A situação não é confortável, mas está longe de representar uma tragédia.
Com relação à taxa de inflação, parece que o Banco Central deixou de aceitar passivamente a dominância fiscal. Instituiu seu próprio indicador de “déficit estrutural” para balizar a taxa de juros e dá claros sinais de que, se não for ajudado por uma política fiscal adequada, vai elevá-la até onde achar necessário. A observação de julho (IPCA de 0,03%) confirmou o que o governo sempre disse: nunca houve qualquer ameaça de perda de controle da taxa de inflação acumulada em 12 meses (como bradava a urubologia – PHA). Ela retornou ao teto da “banda” e, mais importante, houve redução do índice de difusão.
(…)
Os recentes ajustes na política cambial mostram que as autoridades acordaram para o problema criado pelo estímulo espetacular ao aumento dos salários nominais desde 2003 (muito acima da produtividade do trabalho) (para a felicidade geral dos trabalhadores brasileiros – PHA) combinado com uma desastrosa política de valorização cambial promovida pela maior taxa de juro real do universo (construída, tijolo a tijolo, nos sombrios oito anos do FHC – PHA) .
Até muito recentemente, a taxa de câmbio real do Brasil foi a mais valorizada do mundo. Colhemos os seus efeitos na acumulação de um déficit em conta corrente de mais de US$ 250 bilhões entre 2009 e 2013! É o resultado não intencional (não intencional, Gustavo Franco? – PHA) da política equivocada de valorizar o câmbio no combate à inflação, que destruiu (menos, professor, menos – PHA) o nosso sofisticado setor industrial.
Mas há boas notícias. Pelos recentes pronunciamentos do ministro da Fazenda, Guido Mantega, é visível que o governo está mudando.
Absorveu:
1) a desagradável ideia de que empréstimo interno do Tesouro não é recurso novo e que não há mais espaço para ação fiscal. O que lhe resta é cooptar o setor privado com leilões bem projetados para a realização dos investimentos em infraestrutura;
2) que não há mais condição de usar expedientes imaginosos na luta contra a inflação. Ela é o resultado indesejado da sua própria ação; e
3) que uma política realista de câmbio é um dos caminhos para a indispensável reconstrução industrial. É visível a melhora na interlocução entre o governo e o setor privado de infraestrutura.
Não é possível deixar de reconhecer, por outro lado, que todo aquele passivo teve como compensação um substancial ativo: a construção de uma sociedade mais civilizada e mais igualitária.
(É o que demonstram os dados do PNUD sobre a queda vertiginosa da desigualdade entre municípios – o que isso significa o amigo navegante pode ler na entrevista com Marcelo Neri – PHA)
É tempo, portanto, de dissipar as desconfianças e as incertezas implícitas na relação conflituosa entre o governo e o setor privado, que hoje é o principal ingrediente do sistemático adiamento dos investimentos. O governo deu o primeiro passo. É a vez do setor privado.”
Em tempo: Delfim não se referiu à situação de quase-pleno emprego que se verifica hoje no Brasil. Nunca, nem antes de 2002 – quando o FHC, no último dia de Governo, mudou os cálculos sobre emprego do IBGE, como um alçapão para o Governo Lula que entrava – se registraram taxas tão baixas de desemprego e um numero tão alto de brasileiros com carteira assinada. PHA
Em tempo2: como diz o prefeito Haddad sobre as manifestações: o brasileiro está muito bem da porta de casa pra dentro. Precisa resolver os problemas da porta de casa pra fora.
Em tempo3: um bom slogan para a Dilma em 2014: quem garantiu o emprego resolve o resto !
Em tempo4: Padilha vem aí de jaleco branco.”
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista”.
FONTE: do portal “Conversa Afiada” do jornalista Paulo Henrique Amorim (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2013/08/13/o-pessimismo-e-uma-fraude/). [Imagem do google adicionada por este blog 'democracia&política'].
“Quem deu emprego resolve o resto !
De Delfim Netto, no jornal “Valor”, o PiG (*) cheiroso, e a Urubóloga:
O GOVERNO SE MOVEU
Por Antonio Delfim Netto, professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento.
“O atual pessimismo (da Urubóloga – PHA) não encontra correspondência nos dados da conjuntura social e econômica. Com relação à política fiscal, é claro que ela continua expansiva, mas a relação dívida bruta/Produto Interno Bruto é ligeiramente menor do que 60% e os déficits fiscais dos últimos anos têm ficado abaixo de 3% do PIB. A situação não é confortável, mas está longe de representar uma tragédia.
Com relação à taxa de inflação, parece que o Banco Central deixou de aceitar passivamente a dominância fiscal. Instituiu seu próprio indicador de “déficit estrutural” para balizar a taxa de juros e dá claros sinais de que, se não for ajudado por uma política fiscal adequada, vai elevá-la até onde achar necessário. A observação de julho (IPCA de 0,03%) confirmou o que o governo sempre disse: nunca houve qualquer ameaça de perda de controle da taxa de inflação acumulada em 12 meses (como bradava a urubologia – PHA). Ela retornou ao teto da “banda” e, mais importante, houve redução do índice de difusão.
(…)
Os recentes ajustes na política cambial mostram que as autoridades acordaram para o problema criado pelo estímulo espetacular ao aumento dos salários nominais desde 2003 (muito acima da produtividade do trabalho) (para a felicidade geral dos trabalhadores brasileiros – PHA) combinado com uma desastrosa política de valorização cambial promovida pela maior taxa de juro real do universo (construída, tijolo a tijolo, nos sombrios oito anos do FHC – PHA) .
Até muito recentemente, a taxa de câmbio real do Brasil foi a mais valorizada do mundo. Colhemos os seus efeitos na acumulação de um déficit em conta corrente de mais de US$ 250 bilhões entre 2009 e 2013! É o resultado não intencional (não intencional, Gustavo Franco? – PHA) da política equivocada de valorizar o câmbio no combate à inflação, que destruiu (menos, professor, menos – PHA) o nosso sofisticado setor industrial.
Mas há boas notícias. Pelos recentes pronunciamentos do ministro da Fazenda, Guido Mantega, é visível que o governo está mudando.
Absorveu:
1) a desagradável ideia de que empréstimo interno do Tesouro não é recurso novo e que não há mais espaço para ação fiscal. O que lhe resta é cooptar o setor privado com leilões bem projetados para a realização dos investimentos em infraestrutura;
2) que não há mais condição de usar expedientes imaginosos na luta contra a inflação. Ela é o resultado indesejado da sua própria ação; e
3) que uma política realista de câmbio é um dos caminhos para a indispensável reconstrução industrial. É visível a melhora na interlocução entre o governo e o setor privado de infraestrutura.
Não é possível deixar de reconhecer, por outro lado, que todo aquele passivo teve como compensação um substancial ativo: a construção de uma sociedade mais civilizada e mais igualitária.
(É o que demonstram os dados do PNUD sobre a queda vertiginosa da desigualdade entre municípios – o que isso significa o amigo navegante pode ler na entrevista com Marcelo Neri – PHA)
É tempo, portanto, de dissipar as desconfianças e as incertezas implícitas na relação conflituosa entre o governo e o setor privado, que hoje é o principal ingrediente do sistemático adiamento dos investimentos. O governo deu o primeiro passo. É a vez do setor privado.”
Em tempo: Delfim não se referiu à situação de quase-pleno emprego que se verifica hoje no Brasil. Nunca, nem antes de 2002 – quando o FHC, no último dia de Governo, mudou os cálculos sobre emprego do IBGE, como um alçapão para o Governo Lula que entrava – se registraram taxas tão baixas de desemprego e um numero tão alto de brasileiros com carteira assinada. PHA
Em tempo2: como diz o prefeito Haddad sobre as manifestações: o brasileiro está muito bem da porta de casa pra dentro. Precisa resolver os problemas da porta de casa pra fora.
Em tempo3: um bom slogan para a Dilma em 2014: quem garantiu o emprego resolve o resto !
Em tempo4: Padilha vem aí de jaleco branco.”
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista”.
FONTE: do portal “Conversa Afiada” do jornalista Paulo Henrique Amorim (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2013/08/13/o-pessimismo-e-uma-fraude/). [Imagem do google adicionada por este blog 'democracia&política'].
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