quinta-feira, 15 de agosto de 2013

POR QUE O BRASILEIRO DO FMI VOTOU CONTRA O PLANO PARA A GRÉCIA?

Por Fernando Brito

“Quem quiser saber a razão que fez o representante do Brasil na direção do FMI colocar seu pescoço em risco e votar contra a ampliação do plano de “ajuda” do FMI à Grécia, leia abaixo a matéria publicada pelo “Opera Mundi” e entenda os motivos do economista Paulo Nogueira Batista Jr. para isso. [O FMI e os grandes bancos internacionais estão querendo salvar seu dinheiro e ainda ganhar com os extorsivos juros dos novos empréstimos, mas levando a Grécia e seu povo para o desemprego, a miséria e o abismo]

A gente já tinha publicado aqui as justificativas, sempre cavalheirescas, de Paulo Nogueira Batista Jr.

Agora, publico os fatos, nem tão gentis, e muito mais expressivos:

“DESEMPREGO NA GRÉCIA BATE NOVO RECORDE E CHEGA A 26,7%

 

Jovens de 15 a 24 anos são os principais afetados pela falta de trabalho no país, imerso em uma crise sem precedentes

A cada mês, a Grécia bate novamente um recorde. E não se trata de alguma marca heroica, mas da mensal constatação da profunda crise econômica pela qual o país passa. De acordo com a agência de estatísticas da Grécia (Elstat), a taxa de desemprego subiu para 27,6% em maio — em abril foi de 27%. No mesmo período do ano passado, o índice tinha sido de 23,8%.

Segundo os dados da Elstat, divulgados na quinta-feira [da semana passada] (08/08), o desemprego entre as pessoas com idades entre 15 e 24 anos aumentou acentuadamente para 64,9% em maio, de 57,5% abril. Dos 25 aos 34 anos, 37,7%, enquanto que dos 35 aos 44 anos a taxa é de 24,7%. A taxa de maio é a maior desde que o Elstat começou a publicar dados mensais de desemprego, em 2006. 

Em comparação com os outros países da União Europeia, a Grécia continua a apresentar a taxa mais alta. Logo atrás, vêm Espanha e Portugal, onde os últimos dados mostraram diminuição do desemprego, apesar de o índice permanecer alto. A taxa espanhola caiu para 26,3% em junho, de 26,4% em maio, e a portuguesa caiu pela primeira vez em dois anos no segundo trimestre, para 16,4%.

Há seis anos em crise, o destino da economia da Grécia é atualmente controlado pela ‘troika’ (FMI, UE e BCE), que impôs pacotes de “austeridade” como condição para o repasse de bilionários empréstimos. Dentre as principais medidas impopulares exigidas, estiveram a demissão de milhares de funcionários públicos e a alteração da idade para aposentadoria. Para diversos especialistas, o plano do FMI para o país foi “desastroso”. O próprio órgão financeiro admitiu, no primeiro semestre deste ano, que errou no plano de austeridade.”


FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog “Tijolaço”  (http://www.tijolaco.com.br/index.php/por-que-o-brasileiro-votou-contra-o-plano-do-fmi-para-a-grecia/). [Trechos entre colchetes acrescentados por este blog ‘democracia&política’].

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