Por Fernando Brito
“Quem quiser saber a razão que fez o representante
do Brasil na direção do FMI colocar seu pescoço em risco e votar contra a
ampliação do plano de “ajuda” do FMI à Grécia, leia abaixo a matéria
publicada pelo “Opera Mundi” e entenda os motivos do economista Paulo Nogueira
Batista Jr. para isso. [O FMI e os grandes bancos internacionais estão querendo
salvar seu dinheiro e ainda ganhar com os extorsivos juros dos novos
empréstimos, mas levando a Grécia e seu povo para o desemprego, a miséria e o abismo]
A gente já tinha publicado
aqui as justificativas, sempre cavalheirescas, de Paulo
Nogueira Batista Jr.
Agora, publico os fatos, nem tão gentis, e muito
mais expressivos:
“DESEMPREGO NA GRÉCIA BATE NOVO RECORDE E CHEGA A
26,7%
Jovens de 15 a 24 anos são os principais afetados pela falta de
trabalho no país, imerso em uma crise sem precedentes
A
cada mês, a Grécia bate novamente um recorde. E não se trata de alguma marca
heroica, mas da mensal constatação da profunda crise econômica pela qual o país
passa. De acordo com a agência de estatísticas da Grécia (Elstat), a taxa de
desemprego subiu para 27,6% em maio — em abril foi de 27%. No mesmo período do
ano passado, o índice tinha sido de 23,8%.
Segundo os dados da Elstat, divulgados na quinta-feira [da semana
passada] (08/08), o desemprego entre as pessoas com idades entre 15 e 24 anos
aumentou acentuadamente para 64,9% em maio, de 57,5% abril. Dos 25 aos 34
anos, 37,7%, enquanto que dos 35 aos 44 anos a taxa é de 24,7%. A taxa de
maio é a maior desde que o Elstat começou a publicar dados mensais de
desemprego, em 2006.
Em comparação com os outros países da União Europeia, a Grécia
continua a apresentar a taxa mais alta. Logo atrás, vêm Espanha e Portugal, onde
os últimos dados mostraram diminuição do desemprego, apesar de o índice
permanecer alto. A taxa espanhola caiu para 26,3% em junho, de 26,4% em maio, e
a portuguesa caiu pela primeira vez em dois anos no segundo trimestre, para
16,4%.
Há seis anos em crise, o destino da economia da Grécia é
atualmente controlado pela ‘troika’ (FMI, UE e BCE), que impôs pacotes de “austeridade”
como condição para o repasse de bilionários empréstimos. Dentre as principais
medidas impopulares exigidas, estiveram a demissão de milhares de funcionários
públicos e a alteração da idade para aposentadoria. Para diversos
especialistas, o plano
do FMI para o país foi “desastroso”. O próprio órgão financeiro
admitiu, no primeiro semestre deste ano, que errou
no plano de austeridade.”
FONTE: escrito por Fernando
Brito em seu blog “Tijolaço” (http://www.tijolaco.com.br/index.php/por-que-o-brasileiro-votou-contra-o-plano-do-fmi-para-a-grecia/).
[Trechos entre colchetes acrescentados por este blog ‘democracia&política’].
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