sábado, 13 de agosto de 2011

AGRESSÃO IMPERIALISTA À LÍBIA: TERRENO LIVRE À BARBÁRIE


“Em cerca de quatro de meses de guerra contra a Líbia, a OTAN já bombardeou 1600 objetivos civis, provocando número de mortos difícil de determinar, mas que já andará próximo dos dois milhares, de acordo com os dados disponíveis. Somente na segunda-feira (08), nos arredores da cidade de Zliten, pelo menos 85 pessoas perderam a vida em dois bombardeios da Aliança Atlântica.

A OTAN confirmou a operação, mas negou que as vítimas sejam civis [sic], ao que o governo líbio respondeu com a divulgação de imagens de alguns dos corpos das 33 crianças, 32 mulheres e 20 homens que diz terem sido atingidos.

O ataque foi direcionado contra a aldeia de Majar e teria sido levado a cabo em duas fases. Numa primeira, foram lançadas três bombas, e numa segunda, quando a população foi ao local para socorrer os atingidos, foram lançadas outras tantas.

Nos últimos dias, Zlitan tem sido fustigada pelos bombardeios imperialistas. Sexta-feira da semana passada, pelo menos 32 pessoas morreram em mais uma investida. O “Conselho Nacional de Transição” e a OTAN reivindicaram a morte de um dos filhos do coronel Muammar Kahdafi nesse mesmo ataque, mas as autoridades de Trípoli desmentiram tais informações e garantiram que Kamis Al-Kahdafi está vivo.

Na cidade, informa o correspondente da Telesur, tudo tem sido alvo dos agressores: casas que, depois de bombardeadas, não evidenciam a presença de militares ou armamento, escolas onde ficam apenas escombros de mobiliário e material acadêmico, clínicas ou armazéns de alimentos.

Também a capital, Tripoli, não escapa à fúria imperialista. Na segunda-feira, pelo menos 15 mísseis caíram na metrópole em menos de 30 minutos, reportou Rolando Segura para exemplificar a intensificação da ofensiva, desta vez, desencadeada a partir do Mediterrâneo.

Somam-se a isso as cada vez maiores dificuldades dos habitantes em adquirirem combustível, fruto da sabotagem de um oleoduto pelos rebeldes. Água potável e eletricidade começam, igualmente, a ser um luxo.

TODO O TIPO DE ATROCIDADES

A “União Geral de Organizações da Sociedade Civil Líbia” revelou que está a investigar o sequestro de 103 crianças líbias na cidade de Misrata, atualmente sob controle dos amotinados. Em meados de julho, o ministro dos Assuntos Sociais líbio, Ibrahim Sharif, já havia denunciado o caso, acusando os rebeldes de terem levado para parte incerta os menores, supostamente com a ajuda de barcos turcos, franceses e italianos.

No rol de atrocidades cometidas desde que o eixo euro-norte-americano e alguns dos seus lacaios na região iniciaram a guerra contra a Líbia, destaca-se, ainda, o êxodo e a morte de imigrantes.

No final da semana passada, cerca de uma centena de refugiados sucumbiram à fome e à sede durante a travessia até à ilha italiana de Lampedusa. O trágico desfecho foi relatado por alguns dos sobreviventes, que testemunharam também que os corpos foram lançados ao mar.

As autoridades de Roma acusam a OTAN de não ter respondido ao apelo da guarda costeira transalpina para prestar auxílio de emergência a uma embarcação que transportava 400 refugiados. A Aliança Atlântica diz que vai apurar os fatos, mas o resultado deve ser o mesmo do incidente anterior.

Recorde-se que, em maio, um vaso de guerra francês a serviço da OTAN foi acusado de negar auxílio a um barco de refugiados: 61 dos 72 imigrantes acabaram por morrer.

O “Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados” (ACNUR), na Itália, estima que, desde março, pelo menos 1500 migrantes vindos da Líbia em embarcações tenham desaparecido durante a travessia do Mediterrâneo. A ACNUR diz, ainda, que já chegaram à Itália pelo menos 24 mil refugiados provenientes da nação agredida pelo imperialismo.”

FONTE: site “Avante!”, de Portugal. Transcrito no portal “Vermelho”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=161120&id_secao=9).

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