quarta-feira, 17 de agosto de 2011
IRÃ, ISRAEL E A ENERGIA NUCLEAR
Comentário ao post “A PRIMEIRA USINA NUCLEAR DO IRÔ (do blog do Nassif)
Por Waldyr Kopezky
“Gente, estou em um universo paralelo? Minha realidade é diferente da de vocês?
Quem tem ogivas nucleares (entre 100 e 200, vendidas pelos próprios EUA, admitido à meia-boca -vide o livro/filme "A Soma de Todos os Medos"), não admite tê-las mas também não assina o TNP, quase vendeu OITO OGIVAS suas para um país belicoso e durante décadas isolado pela própria ONU (a África do Sul do regime de Apartheid dos anos 70, em denúncia feita pelo jornal britânico “The Guardian”) é ISRAEL!!!!
Israel já travou três grandes conflitos com seus vizinhos, a saber:
- A "guerra dos seis dias" (1967), quando Israel obteve grandes “conquistas” [invasões à força] sobre o Egito, Síria e Jordânia -ampliando [ilegalmente] ainda mais seu território.
- No ano de 1973, eclodiu a "guerra do Yom Kippur", com Egito e Síria tentando recuperar os territórios perdidos para Israel [invadidos e tomados por Israel] em 1967.
- A terceira guerra (se é que pode ser considerada como tal) começou em 1982 e ganhou o nome de "guerra do Líbano" -foi a invasão do território libanês por israelenses formando a Faixa de Segurança, que dura até hoje, com a invasão das colinas sírias de Golã desde 1967.
Isso sem contar os inúmeros enfrentamentos com palestinos, jordanianos, turcos etc. Agora, vejamos a história do Irã -que nunca atacou ninguém, assinou o Tratado de Não-proliferação de Armas Nucleares e diz que só quer a usina nuclear para fins pacíficos:
- Um governo parlamentarista, democrático e laico, liderado por Mohamed Mossadeq (então primeiro-ministro do Irã) é apontado pelo jornalista inglês Robert Fisk como o único a buscar uma gestão democrática no país, no início dos anos 50. Mossadeq era popular por se opor à ampliação das concessões de exploração de petróleo à “Anglo-Iranian Oil Company”, mais tarde rebatizada como “British Petroleum”, o que lhe custou o poder. Foi deposto em um golpe de Estado patrocinado pelos Estados Unidos e pela Inglaterra para levar o Xá Reza Pahlavi de volta ao poder em 1953. O regime imposto pelo Xá foi uma ditadura de 26 anos, tão sangrenta quanto a de Saddam, reinventada diversas vezes para se manter, incluindo tortura e prisões políticas durante todo o período. Mas manteve as concessões de exploração de petróleo às multis inglesas e americanas.
- Em 1979, o Xá é derrubado pelos xiitas (muçulmanos radicais), que rompem com os governos estrangeiros que deram apoio à ditadura de Pahlevi. Os EUA reagem a isso, e dão guarida ao ditador Pahlevi em Nova York. Ocorre, então, a invasão da embaixada americana em Teerã por fundamentalistas xiitas, em protesto contra a ida de Reza Pahlevi a Nova York, em novembro de 1979. Os funcionários são tomados como reféns e o governo de transição de Bani-Sadr é incapaz de promover solução negociada. Em abril de 1980, tropas americanas tentam um resgate, mas a operação fracassa (morre toda a força militar enviada). Isso causa grande desgaste ao presidente Jimmy Carter (ele não consegue a reeleição) e reforça a ala do clero xiita no governo iraniano. Em janeiro de 1981, após 444 dias de cativeiro, os reféns são libertados por meio de gestões diplomáticas da Argélia.
- Os EUA financiam o Iraque numa guerra contra o Irã, em 1982 -dura oito anos e termina inconclusa (nenhum dos dois vence). Isso só fortaleceu um regime teocrático e nacionalista, mas que, ainda assim, é voltado para seus assuntos internos, sem projeções ou tentáculos externos mais evidentes. (link: http://www.revistaforum.com.br/conteudo/detalhe_materia.php?codMateria=2579)
Resumindo: em que pese a “belicosidade” síria e egípcia “forçando Israel a travar guerras” [sic] nos anos 70 e 80, quem tem sido ameaçado e pressionado é o Irã, nas últimas décadas. E eles nem tem a bomba -se tivessem, não acham que EUA e Israel já teriam feito um carnaval com as evidências?”
FONTE: portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/ira-israel-e-a-energia-nuclear#more) [imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog].
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6 comentários:
Essa situação relativa a Israel, que é o verdadeiro estado belicoso, marginal, porque não assinou o TNP, logo, não sofre sanções, nem é fiscalizado pela AIEA, deve ser trazida sempra à baila. Ao contrário o Irã, assinou o TNP, o protocolo adicional e está, permanentemente, sob fiscalização da Agência Internacional de Energia Atômica ou AIEA. As grandes potências são mesmo surrealistas! Israel é o verdadeiro estado antissemita, porque pode dar início a um verdadeiro Holocausto contra os árabes, que são semitas e, em particular, contra os palestinos, o que já faz cronicamente. Como já li por aí, com ou sem democracia no restante do Oriente Médio, com ou sem bombas atômicas islâmicas, Israel jamais permitirá que um outro país da região lhe faça sombra, daí a necessidade da beligerância permanente.
Fluxo,
Parece-me que você está integralmente certo.
Maria Tereza
típico blog esquerdista da américa latrina. é tão estúpido q parece paródia, mas como a imbecilidade humana não tem limites...
fluxo, q apelido apropriado! beba bastante água para não se desidratar e depois q melhorar, iogurte para restabelecer a flora intestinal
abcde,
Obrigada pela visita ao blog. Não tenho capacidade, nem a pretensão de agradar a todos. Porém, gostaria de que você, em vez de
somente agredir com palavras o blog e seus leitores, apresentasse sua argumentação que sustenta os xingamentos.
Por exemplo, explique-nos que Israel não desenvolve e não possui armamentos atômicos. Que Israel não invadiu militarmente e ocupou ilegalmente terras palestinas, sírias, jordanianas, libanesas. Que por isso não foi desaprovado pela ONU.
Que Israel não deseja, nem pressiona os EUA para já atacar o Irã por temer que, eventualmente, no futuro, o Irã possa vir a pretender a também desenvolver armas atômicas. Seriam informações inéditas e interessantes para mim e para o mundo.
Maria Tereza
Interessante, "abcde", a sua visão do meu apelido. Quando o escolhi, realmente não pensei sob esse aspecto, que é real, mas sob o aspecto de que da impermanência de todas as coisas, de tudo o que existe, inclusive e, principalmente, eu e você, que, temporariamente, estamos aqui, e somos testemunhas de muitos acontecimentos, sobre os quais pouco podemos interferir ou evitá-los, contudo, posso me manifestar a respeito deles, da mesma maneira que senti e me posicionei quando povos que se autodenominavam ser uma raça superior tentaram exterminar povos ditos inferiores. Alguns destes "povos inferiores" se acreditavam, imagine "abcde", eleitos por Deus. Ora, se uma coisa fosse verdadeira - a primeira -, se houvesse uma raça superior, esta, por ordem natural das coisas, teria sido a vencedora e a outra - segunda - que se dizia um "povo eleito", não teria sido tão humilhada, levada a quase extinção, o que não ocorreu devido a fraternidade e a colaboração de muitos, milhões, que deram até a sua própria vida para que isto não ocorresse. Ironicamente, o que se passa: hoje, um dos povos quase extintos da face da Terra tem o poder de extinguir outros povos e até mesmo levar à extinção a vida na Terra, e aí, como não tenho ingerência alguma sobre o poder que assim decide, me indigno e me posiciono, da mesma forma que em relação aos quase extintos de outrora. Contudo, o fluxo dá muitas voltas. Ontem, foi daquela maneira; hoje, é desta, e ainda poderá mudar. Se o meu problema, "abcde", fosse da ordem que você expõe, o tratamento seria muito fácil, até porque o próprio fluxo faz parte da cura. Se aquilo que chamamos civilização desaparecer, pouca diferença fará no contexto cósmico e aí as pretensas raças superiores e povos eleitos retornarão ao seio da Criação para, quem sabe, começar tudo de novo. Este é o Fluxo que imaginei.
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