quarta-feira, 7 de agosto de 2013

QUEDA NA CESTA BÁSICA FURA PESSIMISMO DE INFLAÇÃO


Do jornal “Brasil 247”

“Apostas na explosão da inflação perdem feio; preço da cesta básica cai 8,86% em Brasília, 7,06% em Porto Alegre e 3,82% em São Paulo; sazonalidade comprovada; apuração é do DIEESE; peso no índice de inflação será negativo; ministro da Fazenda, Guido Mantega tem momento de alívio; vai ser preciso aumentar mais os juros [SELIC] agora? [como sempre insistem "o mercado" e a mídia?]

As apostas na explosão da inflação renderam dividendos políticos e meses de apostas na mídia tradicional, mas perdem feio para todos os índices mais recentes. Na terça-feira 6, o DIEESE divulgou um dos mais importantes: a variação no preço da cesta básica em julho, composta por 36 itens alimentares. Foi negativo em 18 capitais. Com quedas bastante acentuadas. Em Brasília, por exemplo, o recuo foi de 8,86%, mas também em São Paulo houve declínio expressivo, de 3,82%; disparadas ocorreram em capitais nordestinas, como Aracaju (17,30%) e João Pessoa (15,85%).

Abaixo, notícia da "Agência Brasil" a respeito:

PREÇO DA CESTA BÁSICA CAI NAS 18 CAPITAIS PESQUISADAS PELO DIEESE

O preço da cesta básica caiu em julho nas 18 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). A última vez em que houve recuo no preço em todas as localidades acompanhadas pelo órgão foi em maio de 2007, quando o levantamento era feito em 16 cidades (não participavam Manaus e Campo Grande).

As retrações mais significativas foram registradas em Brasília (-8,86%), Florianópolis (-7,61%), Porto Alegre (-7,06%) e Goiânia (-7%). As menores variações ocorreram em Salvador (-0,18%), Vitória (-1,55%) e Manaus (-1,82%). A cidade de São Paulo continuou a ser a capital com o maior valor (R$ 327,44) para os gêneros alimentícios de primeira necessidade, apesar do recuo de 3,82% ocorrido no mês passado no custo da cesta paulistana. A capital do Espírito Santo (Vitória) vem em segundo lugar com R$ 310,73, seguida por Manaus (R$ 310,52) e Porto Alegre (R$ 305,91). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 239,36), Salvador (R$ 259,73) e Campo Grande (R$ 264,87).

Segundo o DIEESE, o menor salário pago em julho para atender às despesas de uma família deveria ser R$ 2.750,83, ou seja, 4,06 vezes o mínimo em vigor (R$ 678,00). Para chegar a esse valor, o DIEESE leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser capaz de suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em junho, o mínimo necessário era maior e equivalia a R$ 2.860,21, ou 4,22 vezes o piso vigente. Já em julho de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.519,97, o que representava 4,05 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).

Entre janeiro e julho deste ano, somente em Florianópolis a variação acumulada do preço da cesta básica apresentou queda (-2,08%). Nas demais 17 localidades, houve alta, com os maiores aumentos verificados no Nordeste – região que atravessa período de forte seca: Aracaju (17,30%), João Pessoa (15,85%), Salvador (14,36%), Natal (13,34%) e Recife (12,46%). Belo Horizonte (0,89%), Goiânia (2,34%), Curitiba e Brasília (ambas com 3,08%) apresentaram as menores variações acumuladas.”



FONTE: jornal “Brasil 247”  (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/110809/Queda-na-cesta-b%C3%A1sica-fura-pessimismo-de-infla%C3%A7%C3%A3o.htm).[Tabela obtida no Blog do Planalto].

COMPLEMENTAÇÃO

MANTEGA DIZ QUE IPCA DE JULHO MOSTRA QUE INFLAÇÃO SEMPRE ESTEVE SOB CONTROLE

[OBS deste blog: o IPCA acumula taxa de 3,18% no ano. No acumulado de 12 meses, o IPCA registrou taxa de 6,27% e voltou a ficar abaixo do teto da meta de inflação do governo, que é de 6,5%.].

Por Daniel Lima, repórter da Agência Brasil

“O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou “muito bom” o resultado, em julho, do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Segundo ele, o indicador mostra que a inflação sempre esteve sob controle. Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que no mês passado o IPCA ficou em 0,03% em comparação a junho.

O que nós estamos vendo é que a inflação baixou mesmo. Nós tivemos a cesta básica ontem caindo ao seu menor nível há muito tempo e o IPCA próximo de zero [hoje]. Portanto, isso significa que a inflação sempre esteve sob controle e agora voltou para o patamar normal desta época do ano.”, disse Mantega.

O ministro destacou que isso não significa uma redução no índice nos próximos meses, devido à sazonalidade normal do período. “Voltará a subir um pouco nos próximos meses porque todo ano acontece isso. Então, estou antecipando antes que alguém diga: ah! A inflação vai voltar. Claro, a inflação tem uma sazonalidade e ela está tendo um comportamento normal agora no país”, acrescentou.

Mantega disse ainda que a expectativa da equipe econômica é de que a inflação de 2013 seja menor do que a registrada no ano passado. “Não sei. Provavelmente, sim [será menor]", completou.

FONTE (da COMPLEMENTAÇÃO): reportagem de Daniel Lima, repórter da Agência Brasil (edição: Graça Adjuto) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-07/mantega-diz-que-ipca-de-julho-mostra-que-inflacao-sempre-esteve-sob-controle).

Nenhum comentário: