PETROBRAS SOBE 9%: FICOU CARO APOSTAR CONTRA O PAÍS
"A disparada nas ações da Petrobras na quinta-feira, com alta de 9%, revela que ficou cada vez mais caro apostar na crise e contra o Brasil. As ações dispararam com a perspectiva de publicação do balanço pelo novo presidente, Aldemir Bendine. Os papéis também são influenciados pela decisão da Shell, que, quarta-feira, anunciou a compra de US$ 70 bilhões do BG Group; "O Brasil é o país mais excitante para o mercado de petróleo no mundo", disse Ben van Beurden, executivo-chefe da Shell. "A Petrobras está de pé, a Petrobras limpou o que tinha de limpar, tirou aqueles que tinha de tirar lá de dentro, que se aproveitaram de suas posições para enriquecer os seus próprios bolsos. A Petrobras continua de pé", disse Dilma, na quinta-feira.
Do "Brasil 247"
Ficou caro apostar contra o Brasil e, especialmente, contra a Petrobras. Na quinta-feira, as ações da empresa subiram 9% diante da perspectiva de publicação do balanço. Em quinze dias, a alta já se aproxima de 35%.
Com isso, a empresa, agora comandada por Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil, retoma a normalidade, conforme anunciou, na quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff.
"A Petrobras está de pé, a Petrobras limpou o que tinha de limpar, tirou aqueles que tinha de tirar lá de dentro, que se aproveitaram de suas posições para enriquecer os seus próprios bolsos. A Petrobras continua de pé", disse ela.
A alta das ações é também influenciada pela decisão da Shell de pagar US$ 70 bilhões pelo controle do BG Group, com foco no Brasil. Com a aquisição, a Shell pretende se tornar a maior parceria da Petrobras e saltar de uma produção, no Brasil, de 52 mil barris/dia para cerca de 550 mil barris/dia.
"O Brasil é o país mais excitante para o mercado de petróleo no mundo", disse quarta-feira Ben van Beurden, executivo-chefe da Shell (saiba mais aqui).
Com isso, a empresa, agora comandada por Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil, retoma a normalidade, conforme anunciou, na quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff.
"A Petrobras está de pé, a Petrobras limpou o que tinha de limpar, tirou aqueles que tinha de tirar lá de dentro, que se aproveitaram de suas posições para enriquecer os seus próprios bolsos. A Petrobras continua de pé", disse ela.
A alta das ações é também influenciada pela decisão da Shell de pagar US$ 70 bilhões pelo controle do BG Group, com foco no Brasil. Com a aquisição, a Shell pretende se tornar a maior parceria da Petrobras e saltar de uma produção, no Brasil, de 52 mil barris/dia para cerca de 550 mil barris/dia.
"O Brasil é o país mais excitante para o mercado de petróleo no mundo", disse quarta-feira Ben van Beurden, executivo-chefe da Shell (saiba mais aqui).
Leia, abaixo, reportagem do portal "Infomoney" sobre o pregão de quinta-feira:
Petrobras dispara 9% com "short squeeze" e bate maior nível do ano com rumores de balanço
Por Rodrigo Tolotti Umpieres
SÃO PAULO - Apesar do Ibovespa variar entre leves perdas e ganhos na quinta-feira (9), as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) chamaram atenção liderando os ganhos do índice ao subirem quase 9%. O desempenho ocorreu após notícia da agência [norte-americana de notícias] "Reuters", na noite de quarta-feira, afirmar que a estatal irá votar o balanço auditado de 2014 no próximo dia 17, o que aumentou a expectativa sobre a divulgação do resultado já na próxima semana.
Com essa esperança pelo balanço, operadores afirmam que os papéis da companhia petrolífera sofreram um "short squeeze" no pregão. Tal movimento ocorre quando existe muita demanda por ativos de aluguel, mas pouca oferta, ou se o limite de ações para aluguel já tiver batido o limiar permitido pela BM&FBovespa. Dessa maneira, o investidor que realiza venda a descoberto (quando se está apostando em uma queda dos ativos) se vê tendo que comprar ações para liquidar sua operação na Bolsa, o que acarreta na disparada das ações.
As ações ordinárias da estatal tiveram ganhos de 9,28%, cotadas a R$ 11,54, enquanto os papéis preferenciais avançaram 9,06%, para R$ 11,56 - maior patamar desde 5 de dezembro do ano passado. Com isso, a companhia teve um ganho de valor de mercado de R$ 12,671 bilhões em relação ao último pregão. O volume movimentado pelos ativos também foi grande: os papéis ON superaram a média de 21 dias de R$ 159,9 milhões e chegaram a R$ 262,8 milhões, enquanto as ações PN movimentaram R$ 876,6 milhões, ante média de R$ 529,6 milhões.
Na noite de quarta-feira, a "Reuters", citando um conselheiro da Petrobras, disse que a estatal provavelmente analisará e, possivelmente, votará no dia 17 de abril as demonstrações financeiras auditadas da companhia, que estão atrasadas por causa do escândalo de corrupção investigado pela "Lava Jato".
Porém, a Petrobras enviou uma nota quinta-feira para a agência e afirmou que "não há data definida para a divulgação". Em e-mail, a petroleira reafirmou que continua trabalhando para divulgar os resultados financeiros "o mais breve possível".
Além disso, de acordo com a agência, o encontro deve ser o último de vários membros do conselho, que está passando por mudanças desde a saída de Graça Foster da presidência da empresa. O mandato de dois conselheiros representantes de minoritários e do representante dos trabalhadores também está no fim, disse a fonte.
A auditora PwC (PricewaterhouseCoopers) se recusou, em novembro, a aprovar as contas da empresa com a preocupação de que o esquema de corrupção em contratos da petroleira, que envolveu desvio de dinheiro para empreiteiras, políticos, partidos e ex-executivos, teria inflado valores de ativos da companhia.
Caso não apresente os resultados em determinados prazos, a Petrobras pode enfrentar uma execução de dívidas de mais de US$ 50 bilhões em títulos. A companhia tem até o final de abril para publicar seu balanço anual auditado. Após essa data, segundo a própria Petrobras, a empresa teria de 30 a 60 dias, dependendo de contratos de dívidas, para cumprir essa obrigação."[...]
Petrobras dispara 9% com "short squeeze" e bate maior nível do ano com rumores de balanço
Por Rodrigo Tolotti Umpieres
SÃO PAULO - Apesar do Ibovespa variar entre leves perdas e ganhos na quinta-feira (9), as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) chamaram atenção liderando os ganhos do índice ao subirem quase 9%. O desempenho ocorreu após notícia da agência [norte-americana de notícias] "Reuters", na noite de quarta-feira, afirmar que a estatal irá votar o balanço auditado de 2014 no próximo dia 17, o que aumentou a expectativa sobre a divulgação do resultado já na próxima semana.
Com essa esperança pelo balanço, operadores afirmam que os papéis da companhia petrolífera sofreram um "short squeeze" no pregão. Tal movimento ocorre quando existe muita demanda por ativos de aluguel, mas pouca oferta, ou se o limite de ações para aluguel já tiver batido o limiar permitido pela BM&FBovespa. Dessa maneira, o investidor que realiza venda a descoberto (quando se está apostando em uma queda dos ativos) se vê tendo que comprar ações para liquidar sua operação na Bolsa, o que acarreta na disparada das ações.
As ações ordinárias da estatal tiveram ganhos de 9,28%, cotadas a R$ 11,54, enquanto os papéis preferenciais avançaram 9,06%, para R$ 11,56 - maior patamar desde 5 de dezembro do ano passado. Com isso, a companhia teve um ganho de valor de mercado de R$ 12,671 bilhões em relação ao último pregão. O volume movimentado pelos ativos também foi grande: os papéis ON superaram a média de 21 dias de R$ 159,9 milhões e chegaram a R$ 262,8 milhões, enquanto as ações PN movimentaram R$ 876,6 milhões, ante média de R$ 529,6 milhões.
Na noite de quarta-feira, a "Reuters", citando um conselheiro da Petrobras, disse que a estatal provavelmente analisará e, possivelmente, votará no dia 17 de abril as demonstrações financeiras auditadas da companhia, que estão atrasadas por causa do escândalo de corrupção investigado pela "Lava Jato".
Porém, a Petrobras enviou uma nota quinta-feira para a agência e afirmou que "não há data definida para a divulgação". Em e-mail, a petroleira reafirmou que continua trabalhando para divulgar os resultados financeiros "o mais breve possível".
Além disso, de acordo com a agência, o encontro deve ser o último de vários membros do conselho, que está passando por mudanças desde a saída de Graça Foster da presidência da empresa. O mandato de dois conselheiros representantes de minoritários e do representante dos trabalhadores também está no fim, disse a fonte.
A auditora PwC (PricewaterhouseCoopers) se recusou, em novembro, a aprovar as contas da empresa com a preocupação de que o esquema de corrupção em contratos da petroleira, que envolveu desvio de dinheiro para empreiteiras, políticos, partidos e ex-executivos, teria inflado valores de ativos da companhia.
Caso não apresente os resultados em determinados prazos, a Petrobras pode enfrentar uma execução de dívidas de mais de US$ 50 bilhões em títulos. A companhia tem até o final de abril para publicar seu balanço anual auditado. Após essa data, segundo a própria Petrobras, a empresa teria de 30 a 60 dias, dependendo de contratos de dívidas, para cumprir essa obrigação."[...]
FONTE: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/176560/Petrobras-sobe-9-ficou-caro-apostar-contra-o-Pa%C3%ADs.htm).[Título acrescentado por este blog].
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