OBSESSÃO PELO PODER
Por RIBAMAR FONSECA
"Observando-se a busca, incessante e desesperada, por algo que possa servir de base para o impeachment da Presidenta não se consegue vislumbrar nenhum indicio de preocupação com o país.
Afinal, o que quer a oposição? A resposta é simples: o poder. Única e exclusivamente o poder. Observando-se a busca, incessante e desesperada, por algo que possa servir de base para o impeachment da Presidenta não se consegue vislumbrar nenhum indicio de preocupação com o país. Até porque tudo o que precisa ser feito de mais urgente, para dissipar as nuvens negras geradas pela crise econômica que paira sobre o mundo, está sendo feito: o reajuste da economia e o combate à corrupção. Na verdade, nunca se combateu tanto a corrupção no Brasil, em toda a sua história, como no governo da presidenta Dilma Rousseff.
Os oposicionistas, no entanto – leia-se: os derrotados nas eleições presidenciais – não aprovam nada da iniciativa do governo, mesmo que os objetivos sejam a melhoria da vida do país e do seu povo. Ou seja: para eles, pouco importa os interesses da população, especialmente dos 54 milhões de brasileiros que deram a vitória à candidata petista, desde que conquistem o poder. Mais surpreendente, porém, é o comportamento de integrantes da base aliada no Congresso Nacional, inclusive de petistas: o que eles pensam que estão ganhando dando apoio a essa oposição sistemática? Será que imaginam ter espaço num eventual governo tucano?
O fato é que se tornou bastante visível, até mesmo para o brasileiro mais distraído, o processo em marcha para apear Dilma do Palácio do Planalto, contando para isso com o inescrupuloso apoio da grande mídia e de setores do poder judiciário, do Ministério Público e do próprio governo. O pessoal que conduz a Operação Lava-Jato, sob a batuta do juiz Sergio Moro, procura tenazmente, através das delações premiadas, alguma acusação formal à presidenta Dilma Rousseff, de modo a fornecer à oposição a base legal de que precisa para formalizar o pedido de impeachment. Certamente por isso, os presos, em especial o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor Paulo Roberto Costa, volta e meia são compelidos a prestar novo depoimento. Afinal, eles ainda não disseram tudo o que sabem?
Os tucanos, em especial o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, estão de tal modo obcecados pelo poder que sequer se preocuparam com os prejuízos ao país provocados por declarações negativas no exterior. FHC foi a Nova York falar mal do Brasil num encontro de empresários destinado a atrair investimentos para o país, sem dúvida uma atitude vergonhosa para um ex-presidente, que deveria, no mínimo, zelar pela imagem da sua nação, mesmo sendo oponente da atual governante. Prejudicou, inclusive, expectativas do governador tucano Geraldo Alkmin sobre possíveis investimentos em São Paulo.
Aliás, o comportamento antinacionalista de FHC, o maior entreguista que já governou o país, não é novidade: quando presidente, recomendou aos investidores estrangeiros, junto com Armínio Fraga, que não investissem um dólar em Minas Gerais, na época governado por Itamar Franco. Motivo: Itamar decretara a moratória das dívidas com a União. No encontro dos Estados Unidos, organizado por João Dória Jr, que convidou apenas políticos tucanos, o ex-presidente recebeu o título de "Personalidade do Ano". O que foi mesmo que ele fez para merecer o título? E quem foi que o escolheu? Ninguém sabe, mas sem dúvida a homenagem deve ter feito um bem enorme à sua vaidade.
FHC, no entanto, não foi o único a ter o ego massageado nestes dias: o juiz Sérgio Moro também foi celebrado em São Paulo, como personalidade, ao comparecer ao lançamento de um livro na capital paulista. Houve até quem o saudasse como candidato à Presidência da República. Aliás, quem tiver aspirações presidenciais o melhor caminho para tentar chegar ao Palácio do Planalto não é mais o comando de um partido político, mas a conquista de um cargo, com poderes, em que possa revelar atitudes oposicionistas, de preferência penalizando pessoas ligadas ao governo. E parece que o Judiciário está se transformando nesse caminho, já trilhado pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, também festejado como presidenciável.
Resta saber apenas se a grande mídia, que transformou os magistrados em celebridades e estimula as suas candidaturas, manterá a mesma posição em 2018, quando os tucanos estarão novamente no páreo, seja com Aécio ou Alkmin, os quais têm contado com o seu apoio. Terão de dividir o espaço com os Everaldos e Fidelix da vida, que não têm a menor possibilidade nem de chegar à calçada do Palácio do Planalto, mas são importantes como coadjuvantes da oposição, repetindo como papagaio o que dizem as principais lideranças oposicionistas. Os magistrados-candidatos, no entanto, devem atentar para o fato de que a partir da homologação da sua candidatura deixarão de ser pedra e se transformarão em vidraça. Será que conseguirão manter a pose?"
FONTE: escrito por RIBAMAR FONSECA no portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/181188/Obsess%C3%A3o-pelo-poder.htm).
Por RIBAMAR FONSECA
"Observando-se a busca, incessante e desesperada, por algo que possa servir de base para o impeachment da Presidenta não se consegue vislumbrar nenhum indicio de preocupação com o país.
Afinal, o que quer a oposição? A resposta é simples: o poder. Única e exclusivamente o poder. Observando-se a busca, incessante e desesperada, por algo que possa servir de base para o impeachment da Presidenta não se consegue vislumbrar nenhum indicio de preocupação com o país. Até porque tudo o que precisa ser feito de mais urgente, para dissipar as nuvens negras geradas pela crise econômica que paira sobre o mundo, está sendo feito: o reajuste da economia e o combate à corrupção. Na verdade, nunca se combateu tanto a corrupção no Brasil, em toda a sua história, como no governo da presidenta Dilma Rousseff.
Os oposicionistas, no entanto – leia-se: os derrotados nas eleições presidenciais – não aprovam nada da iniciativa do governo, mesmo que os objetivos sejam a melhoria da vida do país e do seu povo. Ou seja: para eles, pouco importa os interesses da população, especialmente dos 54 milhões de brasileiros que deram a vitória à candidata petista, desde que conquistem o poder. Mais surpreendente, porém, é o comportamento de integrantes da base aliada no Congresso Nacional, inclusive de petistas: o que eles pensam que estão ganhando dando apoio a essa oposição sistemática? Será que imaginam ter espaço num eventual governo tucano?
O fato é que se tornou bastante visível, até mesmo para o brasileiro mais distraído, o processo em marcha para apear Dilma do Palácio do Planalto, contando para isso com o inescrupuloso apoio da grande mídia e de setores do poder judiciário, do Ministério Público e do próprio governo. O pessoal que conduz a Operação Lava-Jato, sob a batuta do juiz Sergio Moro, procura tenazmente, através das delações premiadas, alguma acusação formal à presidenta Dilma Rousseff, de modo a fornecer à oposição a base legal de que precisa para formalizar o pedido de impeachment. Certamente por isso, os presos, em especial o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor Paulo Roberto Costa, volta e meia são compelidos a prestar novo depoimento. Afinal, eles ainda não disseram tudo o que sabem?
Os tucanos, em especial o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, estão de tal modo obcecados pelo poder que sequer se preocuparam com os prejuízos ao país provocados por declarações negativas no exterior. FHC foi a Nova York falar mal do Brasil num encontro de empresários destinado a atrair investimentos para o país, sem dúvida uma atitude vergonhosa para um ex-presidente, que deveria, no mínimo, zelar pela imagem da sua nação, mesmo sendo oponente da atual governante. Prejudicou, inclusive, expectativas do governador tucano Geraldo Alkmin sobre possíveis investimentos em São Paulo.
Aliás, o comportamento antinacionalista de FHC, o maior entreguista que já governou o país, não é novidade: quando presidente, recomendou aos investidores estrangeiros, junto com Armínio Fraga, que não investissem um dólar em Minas Gerais, na época governado por Itamar Franco. Motivo: Itamar decretara a moratória das dívidas com a União. No encontro dos Estados Unidos, organizado por João Dória Jr, que convidou apenas políticos tucanos, o ex-presidente recebeu o título de "Personalidade do Ano". O que foi mesmo que ele fez para merecer o título? E quem foi que o escolheu? Ninguém sabe, mas sem dúvida a homenagem deve ter feito um bem enorme à sua vaidade.
FHC, no entanto, não foi o único a ter o ego massageado nestes dias: o juiz Sérgio Moro também foi celebrado em São Paulo, como personalidade, ao comparecer ao lançamento de um livro na capital paulista. Houve até quem o saudasse como candidato à Presidência da República. Aliás, quem tiver aspirações presidenciais o melhor caminho para tentar chegar ao Palácio do Planalto não é mais o comando de um partido político, mas a conquista de um cargo, com poderes, em que possa revelar atitudes oposicionistas, de preferência penalizando pessoas ligadas ao governo. E parece que o Judiciário está se transformando nesse caminho, já trilhado pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, também festejado como presidenciável.
Resta saber apenas se a grande mídia, que transformou os magistrados em celebridades e estimula as suas candidaturas, manterá a mesma posição em 2018, quando os tucanos estarão novamente no páreo, seja com Aécio ou Alkmin, os quais têm contado com o seu apoio. Terão de dividir o espaço com os Everaldos e Fidelix da vida, que não têm a menor possibilidade nem de chegar à calçada do Palácio do Planalto, mas são importantes como coadjuvantes da oposição, repetindo como papagaio o que dizem as principais lideranças oposicionistas. Os magistrados-candidatos, no entanto, devem atentar para o fato de que a partir da homologação da sua candidatura deixarão de ser pedra e se transformarão em vidraça. Será que conseguirão manter a pose?"
FONTE: escrito por RIBAMAR FONSECA no portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/181188/Obsess%C3%A3o-pelo-poder.htm).
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