Governo FHC recebeu R$ 1 bilhão de propina da Petrobras, diz Cerveró
"O vazamento só ocorreu após busca em gabinete do senador petista Delcídio Amaral, onde documentos citando o ex-presidente tucano foram apreendidos. Cerveró ainda cita o envolvimento do ex-presidente argentino Carlos Menem.
Do "Jornal GGN"
O ex-Diretor da área Internacional da Petrobras e um dos primeiros delatores da Operação Lava Jato, Nestor Cerveró, disse que uma das negociações envolveu uma propina de US$ 100 milhões [o equivalente a R$ 1,033 bilhão em valores atualizados] ao governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
As informações são parte de um resumo do depoimento que Cerveró prestou ao MPF antes de fechar seu acordo de delação premiada. [Como tudo na Lava-Jato relativo ao PSDB é cercado de rigorosíssimo sigilo, nunca vazam, essas informações só] vieram à tona [fora do controle do Juiz Moro,] com o mandado de busca e apreensão no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MS) no dia 25 de novembro - entre os documentos, estava esse resumo.
O acordo de delação premiada de Cerveró com os procuradores foi acertado no dia 18 de novembro, no nível de última instância, nas investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) para os detentores de foro privilegiado, e não com a equipe do juiz de primeira instância do Paraná, Sergio Moro.
O vazamento de que a venda da petrolífera "Pérez Companc" envolveu propina ao governo PSDB/FHC de US$ 100 milhões, o equivalente a R$ 1,033 bilhão em valores atualizados, ocorreu somente após a apreensão de investigadores no gabinete do senador petista Delcídio Amaral, ex-líder do governo no Senado. À época, suspeitava-se que o parlamentar estava tentando impedir o acordo de Cerveró, obstruindo investigações e com o oferecimento de dinheiro para a família do ex-diretor da estatal. Delcídio continua detido em Brasília.
O documento ainda inclui o envolvimento de Oscar Vicente, principal operador do ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-1999), que teria se beneficiado com US$ 6 milhões.
"A venda da 'Pérez Companc' envolveu uma propina ao Governo PSDB/FHC de US$ 100 milhões, conforme informações dos diretores da 'Pérez Companc' e de Oscar Vicente, principal operador de Menem e, durante os primeiros anos de nossa gestão, permaneceu como diretor da Petrobrás na Argentina", disse Cerveró.
"Cada diretor da 'Perez Compancq' recebeu 1 milhão de dólares como prêmio pela venda da empresa, e Oscar Vicente 6 milhões. Nos juntamos a 'Perez Compancq' com a 'Petrobras Argentina' e criamos a PESA (Petrobras Energia S/A) na Argentina", contou o ex-diretor já condenado na Lava Jato.
De fato, a estatal sob o comando do presidente Francisco Gros comprou 58,62% das ações da "Pérez Companc" e 47,1% da "Fundação Pérez Companc", em outubro de 2002, representando um total de US$ 1,027 bilhão de remessa para a então maior empresa petrolífera independente da América Latina.
Em fevereiro do ano passado, Fernando Henrique Cardoso disse [hipócrita e cinicamente] que "a corrupção da Petrobras começou com o PT". "Trata-se de um processo sistemático que envolve os governos da presidente Dilma (que ademais foi presidente do Conselho de Administração da empresa e ministra de Minas e Energia) e do ex-presidente Lula. Foram eles ou seus representantes na Petrobras que nomearam os diretores da empresa ora acusados de, em conluio com empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do partido, de desviar recursos em benefício próprio ou para cofres partidários", havia afirmado FHC.
Agora, FHC defendeu que declarações "vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobrás já falecido (Francisco Gros), sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação".
FONTE: do "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/governo-fhc-recebeu-r-1-bilhao-de-propina-da-petrobras-diz-cervero).[Título e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
COMPLEMENTAÇÃO 1
CERVERÓ APONTA PROPINA DE US$ 100 MILHÕES NA ERA PSDB/FHC
"O ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou a investigadores da Lava Jato que a compra da empresa argentina Pérez Companc (PeCom) pela Petrobras, por US$ 1,02 bilhão, em julho de 2002, "envolveu uma propina ao governo PSDB/FHC de US$ 100 milhões", segundo reportagem do jornal "Valor". A afirmação consta em documento apreendido no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Antes filiado ao PSDB, Delcídio disse em depoimento que assumiu o cargo na estatal "atendendo a convite do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso". Em nota, o ex-presidente tucano disse que as afirmações são "vagas" e, "sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação"
Do "Brasil 247"
"O ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou a investigadores da Lava Jato que a compra da empresa argentina Pérez Companc (PeCom) pela Petrobras, por US$ 1,02 bilhão, em julho de 2002, "envolveu uma propina ao governo PSDB/FHC de US$ 100 milhões", segundo reportagem do jornal "Valor". A afirmação consta em documento apreendido no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Antes filiado ao PSDB, Delcídio disse em depoimento que assumiu o cargo na estatal "atendendo a convite do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso". Em nota, o ex-presidente tucano disse que as afirmações são "vagas" e, "sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação"
Do "Brasil 247"
O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou a investigadores da Lava Jato que a compra da empresa argentina "Pérez Companc" (PeCom) pela Petrobras, por US$ 1,02 bilhão, em julho de 2002, "envolveu uma propina ao governo PSDB/FHC de US$ 100 milhões" [o equivalente a R$ 1,033 bilhão em valores atualizados].
A afirmação, segundo reportagem de André Guilherme Vieira, do jornal "Valor", consta em documento apreendido no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), também preso na operação. A Polícia Federal (PF) investiga como ele teve acesso ao material secreto da investigação [porque o julgavam seguro, pois tudo que incrimine o PSDB é guardado sob rigorosíssimo sigilo, a sete-chaves].
Delcídio, que à época da diretoria da Petrobras era filiado ao PSDB, antes do PT, disse em depoimento que assumiu o cargo na estatal "atendendo a convite do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o qual lhe foi transmitido por Rodolpho Tourinho, que à época estava à frente do Ministério de Minas e Energia e era presidente do conselho de administração da Petrobras".
Em nota, o ex-presidente tucano disse que as afirmações são "vagas" e, "sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação" (leia mais)."
FONTE da complementação 1: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/212754/Cerver%C3%B3-aponta-propina-de-US$-100-mi-na-era-FHC.htm). [Trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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