terça-feira, 26 de agosto de 2014

MIN. SAÚDE RESPONDE A ATAQUE DA "VEJA" CONTRA O "MAIS MÉDICOS"




Ministério da Saúde contesta abordagem de revista sobre cooperação para o "Mais Médicos":

"A revista 'Veja' erra, pela segunda semana consecutiva, ao tratar da relação de cooperação do Brasil, OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde; da OMS/ONU) e o governo de Cuba.

Os recursos orçamentários destinados ao "Mais Médicos" independem da origem do profissional. Trata-se de valor estipulado por edital e representa o número de participantes oferecidos.

Basta analisar que, em todos os cinco ciclos de inscrição para o programa, respeitamos sempre a prioridade para os médicos brasileiros. As vagas não escolhidas pelos brasileiros foram oferecidas para médicos brasileiros formados no exterior e para intercambistas individuais, de diversas nacionalidades, sem diploma validado no Brasil. Somente após o cumprimento desse percurso as vagas foram preenchidas pelos médicos cubanos. Isso significa que, se 100% das vagas fossem preenchidas pelas inscrições individuais, não existiria termo de cooperação com a OPAS e muito menos o repasse de recursos para trazer médicos cubanos.

A realidade é que apenas 12% das vagas foram preenchidas nessas duas primeiras etapas. Mas centenas de cidades ainda precisavam de médicos para atuar em sua rede de atenção básica e dar assistência adequada a sua população.

A solução foi optar pela cooperação com a OPAS, em um tipo de acordo semelhante ao firmado [pela organização] com outros 63 países.

O cálculo do novo termo, publicado no diário oficial de segunda-feira (18), obedeceu às mesmas condições fixadas pelo edital do Programa.

O novo termo manterá os 11.429 cubanos que atuam no Programa em mais de 3.500 cidades com histórica dificuldade para provimento e fixação de profissionais. Esses médicos representam quase 80% dos mais de 14,4 mil participantes do "Mais Médicos" e mais de 2.700 cidades são atendidas exclusivamente por eles.

Para superar a carência de profissionais no Brasil, além desse fornecimento considerado emergencial, ou seja, não permanente, o "Mais Médicos" também está expandindo e qualificando a graduação e a residência médica, com a criação de 11,5 mil vagas de graduação em medicina e 12,4 mil bolsas de residência médica. Também estão sendo revistas as diretrizes curriculares de medicina visando melhoria da formação do profissional médico para sua atuação na rede básica de saúde.

Com o foco na valorização desse importante pilar da saúde pública, capaz de resolver 80% dos agravos de saúde da população, o Ministério tem ampliado a cada ano os recursos destinados à atenção básica. Só neste ano, está previsto o repasse de R$ 20 bilhões. Esse incremento de investimentos já impacta positivamente na assistência à população.

O Ministério da Saúde também deixa registrado que não foi efetivamente procurado para a primeira reportagem do fim de semana (16 e 17 de agosto) e teve sua carta de resposta não publicada nessa edição."

FONTE:
Blog do Planalto  (http://blog.planalto.gov.br/ministerio-da-saude-contesta-abordagem-de-revista-sobre-cooperacao-para-o-mais-medicos/).

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