quarta-feira, 27 de agosto de 2014

QUE CRISE NO BRASIL É ESSA QUE TANTO APREGOAM?



Para Guido Mantega, "Brasil se saiu bem em comparação com as crises do passado""

Construímos uma economia resistente", diz Mantega

Que crise é essa com quase pleno emprego, com valorização da Bolsa [de Valores] há mais de seis meses e com estabilização cambial, entre outros atributos?”, declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na segunda-feira (25), enfatizando que é “inadequado” falar que a economia brasileira passa por uma crise ou mesmo está estagnada.

"Construímos uma economia mais resistente a intempéries, com menos ônus para a população", disse ele durante a premiação a empresários promovida pelo jornal "Valor Econômico", em São Paulo. Para o ministro, já existem indícios de que a economia voltará a crescer na segunda metade do ano.

Após a desaceleração do segundo trimestre, já está sendo detectada neste segundo semestre a recuperação do nível de atividade. Nestas circunstâncias, podemos falar em crescimento moderado”, avaliou. “É inadequado falar em estagnação, em recessão e, muito menos, em crise da economia brasileira”.

Segundo Mantega, a recuperação foi possível depois da desaceleração da inflação que permitiu que o Banco Central afrouxasse a política monetária. “Com a inflação em queda livre e o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] tendo chegado a praticamente zero em julho, iniciou-se a descompressão da política monetária”. O IPCA de julho foi 0,01%.

Mantega acredita que o país teve bom desempenho e superou o momento adverso causado, principalmente, pela crise internacional. “Não se pode negligenciar o fato de que vivenciando uma crise internacional tão grave quanto a de 1929 e o Brasil tenha se saído tão bem em comparação com as crises do passado”, analisou.

Apostamos na queda dos juros, na redução de tributos, mantivemos o câmbio flutuante evitando o excesso de valorização do Real”, enfatizou ele, ressaltando que o governo não abriu mão do sistema de metas de inflação e da sustentabilidade macroeconômica. “Temos cumprido à risca as metas de inflação, pois não ultrapassamos o limite superior da meta nenhuma vez nos últimos dez anos”, frisou."

FONTE: da Agência Brasil. Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/248364-2).

COMPLEMENTAÇÃO

Brasil cresce com redução das desigualdades, diz Tombini nos EUA

"Após décadas de vulnerabilidade a choques externos, o Brasil construiu um robusto amortecedor de liquidez externa, resultante de uma acumulação de reservas internacionais que somam mais de U$380 bilhões atualmente. A afirmação foi feita no sábado (23), pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em discurso durante a conferência anual de Jackson Hole, nos Estados Unidos.

Alexandre Tombini ressaltou que a política monetária do Brasil tem sido exitosa em operar em meio aos desafios do atual ambiente financeiro mundial.

Segundo Tombini, importantes reformas econômicas têm sido implementadas no País nos últimos 20 anos, como a nova legislação referente a falências bancárias e a criação de novos instrumentos de crédito e de redução dos riscos legais. O presidente do BC citou ainda a abertura para o comércio exterior e para investimento estrangeiro, o estabelecimento de câmbio flutuante e medidas de responsabilidade fiscal, entre outras.

Ao mesmo tempo, enfatizou Alexandre Tombini, o Brasil fez consideráveis progressos na redução da desigualdade na última década, por meio de programas específicos contra a pobreza e de políticas que elevaram o poder de compra do salário mínimo em termos reais e expandiram a rede de proteção social ao cidadão.

Na última década, o Brasil experimentou crescimento econômico com desigualdade cada vez menor, disse Tombini, lembrando que cerca de um quinto da população, ou 40 milhões de pessoas, ascenderam à classe média neste período.

Educação e emprego

O acesso à educação também melhorou substancialmente, acrescentou ele. O investimento na educação tem impulsionado uma expansão relativamente rápida nos anos de escolaridade. E, neste período, a taxa de desemprego chegou a cerca da metade.

Essa corrente foi brevemente interrompida na altura da crise financeira global de 2009, mas foi retomada de tal forma que o desemprego brasileiro está hoje em uma baixa histórica, enfatizou o presidente do Banco Central.

Ele acrescentou que o baixo desemprego no Brasil está sendo acompanhado também de um aumento nos empregos formais (com carteira assinada) e por redução dos empregos informais, de menor qualidade.

Alexandre Tombini ressaltou ainda que a política monetária do Brasil tem sido exitosa em operar em meio aos desafios do atual ambiente financeiro mundial. “A despeito da inflação persistente, que vem dos preços dos serviços combinados com choques de adversidades nos alimentos, a política monetária tem sido capaz de manter a inflação sob controle. A inflação do consumo no Brasil tem permanecido dentro da faixa de tolerância das nossas metas por dez anos seguidos”, lembrou."

FONTE: da redação do portal "Vermelho" em Brasília, com informações do Banco Central  (http://www.vermelho.org.br/noticia/248300-2)

Nenhum comentário: