sexta-feira, 12 de agosto de 2011
MULHER PÚBLICA
Por Lustosa da Costa
“A mídia brasileira não sabe o que fazer em seu machismo, para diminuir a presidente da República Dilma Rousseff. Fracassou quando espalhou, urbe e orbi, que ela seria um "poste", pau mandado do antecessor presidente Lula. Ao verificar que ela não é uma mulherzinha submissa e secundária, passou a acusá-la de ser ríspida e dura demais na relação com os subordinados.
Percebeu que a chefe do governo começava a ocupar, na História, o papel de mulher pública, altiva e ativa, e aí tenta espalhar que ela não pune os suspeitos de desvio de dinheiros públicos.
PENA DE MORTE?
O que querem os meios de comunicação? Que ela faça o que com os que são acusados de corrupção, mesmo sem provas? Que sejam fuzilados e a família obrigada a indenizar os cursos do fuzilamento? Que tenham as mãos cortadas? Não sei, nem os sábios jornalistas dizem.
A presidente demite. O Ministério Público acusa. Se a Justiça não condena, ou se as penas da lei são lenientes, isso não depende dela, que é presidente da República, eleita pela maioria do povo brasileiro para o exercício de gestão democrática. Se estão com saudades do AI-5, a gente até entende, porque a imprensa pediu a ditadura e a apoiou em toda a linha. Achar, porém, que ela, noutros tempos, noutras condições, vá agir como general-presidente, constitui evidente exagero que ninguém quer, ninguém aceita.
POPULARIDADE
O certo é que as atitudes firmes da presidente da República lhe asseguram prestígio perante a sociedade pública, popularidade refletida no resultado das pesquisas de opinião pública.”
FONTE: notas de Lustosa da Costa em sua coluna no Diário do Nordeste (http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1024850&coluna=1).
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